Capítulo 11

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Cristhian Grey

Anastácia  literalmente apagou em meus braços, dormindo profundamente.
Nesse momento, ela nem mesmo parece a mulher raivosa que me odeia
mais que tudo nesse mundo.
Eu passei dos limites com ela, isso eu admito.
Mas tê-la aqui, nos meus braços, dormindo com as bochechas vermelhas
de tanto beber tequila me faz ter um sentimento de proteção.
É como se ela tivesse nascido para que eu a protegesse.
Eu nunca tinha sentido esse tipo de sentimento por mulher alguma e essa
porra está me deixando confuso.
— Chegamos, chefe — o motorista fala me tirando dos meus pensamentos.
Ele abre a porta para que eu saia, o que se torna algo um pouco difícil já
que Anastácia  se agarra em mim.
— Precisa de ajuda, chefe?
Olho duro para ele que se afasta, sabendo que perguntou besteira.
— Eu corto as mãos do homem que ousar tocar na minha mulher. Sabe
muito bem que adoro cortar mãos.
Ele engole em seco e no mesmo instante percebo o quanto as minhas
palavras parecem ser possessivas.
Esse é o sentimento que possuo por Anastácia , possessividade.
— Desculpa, chefe.
— Saia da minha frente.
Ele sai e entro em casa.
Quando passo pela porta dou de cara com mamãe e papai, é como se os
dois estivessem me esperando.
— Pelo amor de Deus, o que aconteceu com ela, Cristhian ? — mamãe
pergunta preocupada se aproximando.
— Tequila. — É tudo o que me limito a responder e o meu pai sorri.
— Isso não tem graça, Oliver. Olha só como ela está vermelha. — Minha
mãe passa as mãos pelo cabelo de Anastácia .
— Vamos levá-la para o quarto de hóspedes, vou acordá-la e ajudá-la a
tomar um banho. Vai ajudar...
— Ela é minha mulher e vai ficar no meu quarto.
Mamãe me encara.
— Ela pode não gostar de acordar no seu quarto, meu filho, é melhor
evitarmos...
— Deixe os dois, Bruna, o seu filho sabe o que está fazendo.

Mamãe encara o meu pai com uma sobrancelha arqueada, sinal de que ele
está ferrado.
— Meu filho! Ele é só meu, Oliver? Que eu saiba essas atitudes dele foram
herdadas de você, meu amor.
— Está exagerando, Bruna. No fundo, quando eu tinha essas atitudes com
você, sei que adorava, apenas ficava se fazendo de difícil — papai fala risonho
querendo provocar a mamãe e pela cara dela consegue.
— Leve a Anastácia  para o meu quarto, Cristhian . Hoje ela dorme comigo, já o
seu pai pode dormir onde quiser.
Papai arregala os olhos e me meto na conversa.
— Vocês dois que se acertem. A minha esposa vai dormir comigo, na
minha cama. Boa noite para os dois. — Subo a escada enquanto escuto mamãe
reclamando com o meu pai.
Paro um instante, olho para os dois e vejo meu pai sorrir, puxar mamãe
para os seus braços e dar um beijo nela que se derrete toda.
Será que é realmente possível um amor como o deles acontecer duas vezes
nesse mundo?
Será que sou capaz de cultivar um amor assim?
Entro no meu quarto e coloco Anastácia  na cama que logo se vira de lado.
Mas, segundo as palavras da minha mãe, ela precisa de um banho para
melhorar.
Então, vamos para a tarefa mais difícil da vida, ver uma mulher nua e não
fazer nada.
Essa você vai me pagar, esposa.
Começo tirando seus sapatos.
Por que essa mulher insiste em usar saltos tão altos assim?
Como ela consegue andar com isso?
Depois tiro a blusa social que ela veste e meu pau ganha vida quando vejo
seus seios bem arrumados dentro do sutiã de renda.
Mas o meu inferno mesmo começa quando tiro a calça dela.
— Puta que pariu, Anastácia! Mas pra que porra você usa uma lingerie dessas
para ir a uma entrevista de emprego? — pergunto como se ela pudesse me ouvir.
A filha da mãe está usando uma lingerie branca de renda e a calcinha está
completamente enterrada em sua bunda, me deixando louco de tesão.
— Por que você está tirando a minha roupa? Estou morrendo de frio. —
Ela segura a minha mão, coloca em cima do seu peito e travo o maxilar. — Tão
quente e grande. — Ela acaricia a minha mão e eu respiro fundo.
— Anastácia, isso vai ter volta. Isso não se faz, é tortura demais para um
homem que está a mais de uma semana sem sexo.
Ela se vira, se aconchegando na cama só de calcinha e sutiã.
— Eu gostei de fazer sexo, quero fazer de novo, só falta achar um homem.
Eu quero um homem bem grande, com uma...

— Não precisa achar homem nenhum, Anastácia. Eu sou o seu marido e estou
bem aqui, disponível caso você queira fazer sexo.
Essa mulher só pode estar querendo brincar com fogo.
A sorte dela é estar completamente bêbada.
— Meu marido é um idiota, Jonas, não quero fazer sexo com ele. Você
deveria fazer sexo comigo.
Essa mulher vai me matar de tesão e de raiva.
— Anastácia! Você não sabe que merda que está falando, vamos para o
banheiro. Pode ficar de lingerie se quiser, depois chamo a minha mãe para te trocar.
— Ninguém toma banho de lingerie, você é doido? — Ela se senta na
cama, simplesmente tira o sutiã e depois a calcinha.
Caralho!
Ela está depiladinha, do jeitinho que eu gosto.
— Anastácia , Anastácia , quando eu te pegar de novo vai me pagar por estar me
fazendo passar por isso.
Ela não perde por esperar.
— Vamos logo, me ajuda, não consigo ficar em pé sozinha.
Antes de ajudá-la eu tiro a camisa e a calça.
Meu pau está tão duro que falta saltar para fora da cueca.
Eu nunca na minha vida me imaginei passando por isso.
— Vamos, eu ajudo você. — Passo a mão pela cintura dela e a ajudo se
levantar.
Ela gruda o corpo no meu e a levo para o banheiro em passos lentos.
— Chuveiro ou banheira? — pergunto para ver qual ela escolhe.
— Chuveiro.
Eu a levo para dentro do box e ligo a água quente, logo o vapor sobe e ela
parece ficar satisfeita com a água que cai em seu corpo.
— Essa água está deliciosa — ela fala passando as mãos pelo corpo.
Acompanho seus movimentos até que ela chega em suas pernas e só então
presto atenção nas cicatrizes que ela possui.
Só de olhar sei que parece que foram bem doloridas.
Não percebi isso na nossa primeira vez juntos, mas agora presto atenção
em cada uma e me lembro do que Alexander falou no hospital.
— Anastácia , o que aconteceu com a sua perna? Por que tem tantas cicatrizes?
Você sente dor?
Ela para congelada no lugar, me olha e não responde nada, é como se ela
estivesse aqui, mas sua mente não.
— Anastácia ! — chamo me aproximando mais dela, segurando em seus
ombros. — Anastácia , desculpa, eu não deveria ter perguntado nada. Não precisa
responder.
Ela me abraça forte e por um momento fico sem reação pela sua atitude
repentina, mas logo retribuo o gesto.

— Doeu tanto, tanto que por muitas vezes desejei a morte e por outras
tantas implorei para que me matassem, mas tudo o que escutava era que tinha que ser
forte. Mas eu não queria ser forte, queria morrer porque não suportava mais sentir
tanta dor.
Eu sinto um bolo se formar na minha garganta ao escutar o que ela fala.
Eu sei o que é sentir dor, mas nunca desejei a morte ao senti-la.
Eu passei por cada treinamento que os homens do meu pai passam e são
treinamentos pesados, tão pesados que muitos desistem antes mesmo de chegar na
metade.
— Não precisa falar mais nada, querida, não precisa. — Sinto que ela me
aperta mais, passando as mãos pelas minhas costas.
— Sempre me mandaram ser forte, eu sempre tive que ser forte, mas eu
não quero mais. Ser forte dói muito e eu já senti muita dor na minha vida. — Ela
soluça em meus braços e a seguro com força com seu corpo nu colado ao meu.
— Não precisa mais ser forte, querida, estou aqui para ser tudo o que você
precisa. Você é minha agora, Anastácia , e não sei se vai se lembrar de alguma coisa
amanhã, mas não vou abrir mão de você... Você será a minha senhora Grey ,
apenas e unicamente minha.

Continua...

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