Capítulo 17

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Cristhian Grey

Anastácia  tem medo.
Sei que tem medo do que pode acontecer e não queria que ela tivesse.
É natural se resguardar quando algo muito fora do habitual acontece. No
geral, as pessoas avaliam, testam o terreno para saber se é confiável antes de encarar.
Não estou dando isso a Anastácia, ainda mais depois de tudo o que aconteceu
entre nós dois.
Não posso dar a ela tempo para me rejeitar como fez nos últimos dias, se
mantendo distante, mas também não estava esperando que estar em sua presença
tivesse o peso de transformar tão rápido meus pensamentos.
Admito que não consigo enxergar outra coisa senão sinceridade nos grandes e
adoráveis olhos verdes.
Ela é um presente que chegou quando eu estava no limite, jogado no meu
mundo de perversão.
Acredito que em algum lugar no meu coração, talvez profundo demais para
que tenha notado antes, havia um homem cansado da vida de sexo casual que levava,
dos jogos de prazer que talvez agora não me satisfaçam mais como eu esperava. E,
talvez, apenas talvez, Anastácia  seja aquela que será minha.
É muito cedo ainda para dizer isso, mas ela me faz sentir coisas que julguei
estarem extintas.
Admito que não estou cem por cento nesse negócio de romance, pois ainda
sou eu e estou acostumado demais a desconfiar de todas as mulheres que se
aproximam de mim.
Nas outras vezes alguma coisa me dizia que era bom demais para ser verdade,
porém, dessa vez não iria me sabotar.
— Quero você. — Não consigo soltá-la.
Sou fodidamente bom em ler as pessoas, meu pai me ensinou isso, e percebi o
quão transparente e sincera Anastácia  é em suas palavras.
Nenhuma mulher se compara a ela, pelo menos não nesse quesito.
Com Anastácia  tento ser carinhoso sem nem ao menos perceber. É diferente de
tudo o que senti nos últimos anos.
No primeiro momento em que a tive em meus braços, ansiei por um beijo
seu.
A verdade, é que ela não precisa fazer nada, pois estou pronto e cheio de
expectativas.
Tenho em meus braços uma garota especial, que agora é a minha esposa, e os
meus instintos que me guiam gritam para não a deixar escapar.

E se eu tenho algo importante a dizer, é que eles nunca falham.
— Cristhian , não sei o que dizer — ela fala me deixando inebriado com seu
cheiro de mulher.
O seu maldito perfume de rosas que me deixa louco.
A sensação da palma da sua mão em meu rosto, é muito boa. Seus dedos são
gentis acariciando meu queixo, em seguida vão até os fios do meu cabelo, os
escovando para trás.
Nossos olhares se prendem e não sei quem faz o primeiro movimento.
Quando percebo nossas bocas estão unidas e, para mim, é o paraíso.
Ela é o meu paraíso.
Minhas mãos voam para seu cabelo e a puxo ainda mais para mim, sedento,
louco de desejo.
Eu não me importo em parecer brusco demais.
Talvez, ela compreenda a demanda de um homem que anseia provar a sua
doçura...
Provar dela toda, de cada pedaço do seu corpo que me pertence.
Ela é minha querendo ou não, me aceitando ou não.
— Finalmente. — Mordisco seu lábio inferior, gemendo.
Minha boca toma a sua outra vez e agora o desejo transparece no jeito que a
saboreio, que a quero.
Estou louco que ela explore a minha também.
— Cristhian...
Ela precisa respirar, sei disso, mas como conseguirei me afastar?
O toque tímido da sua língua, me mata lentamente e a quero no ponto sem
volta, louca, entregue, ansiando por mais e mais.
Ela é tão doce, delicada, até gentil.
Faço um esforço sobre humano para me conter, sem sucesso.
O gemido que escapa dos meus lábios quando ela chupa minha língua beira
ao obsceno.
Não sei quanto tempo levei querendo Anastácia  novamente em minha cama, mas
agora, que provo dos seus lábios, tenho certeza que serei um viciado.
— Delícia! — incentivo descendo o beijo, mordendo seu pescoço, lambendo
em seguida para aliviar.
Ela também geme, me puxando outra vez, dando passagem livre para
explorá-la.
O carinho que faz em minha nuca lança um tiro de prazer por meu corpo.
Chupo sua língua e gememos juntos.
Quero trazer seu gosto para dentro de mim, depois torço que ela retribua e,
por Deus, ela faz.
Não quero soltá-la, na verdade, a quero sentada em meu colo para que possa
aliviar a dor entre as minhas pernas.

PRINCIPE DO PETRÓLEO  Onde histórias criam vida. Descubra agora