CAPÍTULO 37

673 78 7
                                    

Cristhian Grey

Uma fúria aterrorizante me consumiu e dominou cada um dos meus
pensamentos e emoções.
Em um piscar de olhos explodi, me tornando refém do meu lado obscuro,
cruel e perverso.
Sentia afundando os ossos da face do idiota do Jonas, o maldito abusador,
enquanto o socava.
Minha mulher não iria passar por aquilo, nem que para isso fosse preciso que
ela me visse como um monstro que, naquele momento, era o que me tornei.
Não conseguia parar, ou sequer diminuir a ira que me instigava a matá-lo.
O sangue salpicava em mim, meus punhos queimavam e ainda assim, não
conseguia parar.
Eu queria causar o maior dano ao filho da puta, ensinar a ele de uma vez por
todas que um dia a conta de suas atitudes iam chegar e que eu era um ótimo cobrador
de dívidas.
Talvez, agora ele pense melhor antes de tocar em qualquer mulher
contra a vontade dela.
Anastácia  me olha assustada, afinal esse era um lado meu que ela não conhecia e
eu queria muito que ela não conhecesse.
Mas se vamos ficar juntos, ela tem que ver tudo e saber quem é o marido
dela.
— Quem é você de verdade? — A voz dela sai trêmula e sei que está com
medo.
Ela está com medo de mim.
— Eu sou o seu marido, o mesmo que fez amor com você ontem à noite e
hoje pela manhã. O mesmo que declarou te amar mais que tudo nesse mundo e se
você realmente quiser me conhecer, te mostro tudo o que sou. Eu te mostro tudo,
meu amor.
Ela fica me encarando, com os olhos cheios de lágrimas, mas não me
aproximo dela, em vez disso volto para o quarto e entro no banheiro, lavando as
mãos. Em seguida, visto a calça, pois estava só de toalha quando escutei a voz de
Anastácia  na sala e saí feito louco.
Eu estava apenas de cueca quando espanquei o idiota.
Volto para a sala e a encontro sentada no sofá, com as pernas cruzadas.
Quando ela percebe a minha presença, pergunta sem me olhar:
— O que ele falou sobre você ter comprado o prédio é verdade?
Eu não tenho motivo para mentir mais para ela.

— Sim, é verdade.
— Os seguranças...
— É verdade também. Tudo o que ele falou é verdade.
Agora sim, ela me olha.
— Não parece estar arrependido.
— E não estou, fiz isso para a sua segurança e faria de novo se fosse preciso.
Eu sabia que qualquer dia desses esse idiota tentaria alguma coisa contra você e
estava certo. Não me arrependo de nada.
Ela fica me encarando e percebo que agora ela vai fazer a pergunta que
realmente importa.
— O tipo de mulher que você gosta...não precisa me explicar o que é porque
eu sei muito bem. Eu era virgem e intocada, mas não sou burra.
Eu travo o maxilar por ela saber o que é isso, mas como ela mesmo disse, não
é burra e não adianta mentir.
— Não me considero um dominador. Mas sim, Anastácia , gosto do jogo da
dominação. E ele se referiu a isso quando falou aquelas coisas.
Ela abaixa a cabeça, respirando fundo.
— Aquela mulher...
— Marina, sim, ela era minha submissa e tínhamos um contrato que foi
rompido.
— Há quanto tempo estavam juntos?
— Tempo demais, por isso ela não aceitou muito bem o nosso término, mas
eu não dei opção. Mesmo sem querer, ela foi obrigada a aceitar. Marina me conhece
bem, sabe como eu sou, ela viu várias facetas minhas e não tem coragem de ir contra
mim, muito menos contra você que é minha esposa. Deixei isso claro a ela. Mas
como eu também a conhecia bem, tratei de dar um jeito nela.
Ela volta a me olhar.
— O que fez com ela?
Sorrio da preocupação em seus olhos.
— Ela dizia me amar, querida, mas ela amava mesmo era o meu dinheiro,
então dei o que ela queria e a mandei para bem longe de nós. Ela não vai voltar.
Ela concorda com a cabeça e sei que por seus pensamentos devem estar
passando mil e uma coisas, mas não falo nada, dou a ela o tempo que precisa para
conseguir formular as perguntas que sei que quer fazer.
— Eu já tinha percebido que você parecia se controlar quando estávamos...
— Fazendo sexo? Não tenha vergonha de dizer isso em voz alta, Anastácia . Sim,
eu me controlo com você, mas faço isso porque é gostosa demais e temo te
machucar.
— Me mostre.
Por um momento, penso não ter escutado bem, mas vejo em seus olhos o que
ela quer.
— Anastácia , não precisa...

— Faça alguma coisa, quero saber como é.
— Meu anjo, você é inocente demais para isso, para esse mundo.
Ela se levanta, parecendo se sentir ofendida com o que falo.
— Faça, não sou tão fraca quanto todos pensam, sou sua mulher e quero
saber o que o meu marido gosta.
— E você vai saber, só não vai ser agora, meu amor.
— Cristhian ...
— Não, Anastácia! Agora não, vem aqui, vem, você deve estar assustada com
tudo isso que aconteceu.
Ela se aproxima e me abraça forte, então a acolho em meus braços, beijando
seu cabelo.
— Não quero que esconda mais nada de mim, sem mentiras e sem segredos.
— Tudo bem, amor, vamos ter muito tempo para conversarmos sobre tudo e
nos conhecermos melhor como você quer.
Ela concorda com a cabeça.
— Agora vá se trocar, vamos para a mansão, não quero mais você aqui.
Ela levanta a cabeça e me olha.
— Mas essa é a minha casa, eu não...
— Não, Anastácia, eu quero você perto de mim, agora, somos casados e vamos
morar juntos a partir de hoje, meu amor. Vamos para a mansão e depois organizamos
a sua mudança. Se não quiser morar lá, podemos ficar na minha cobertura ou então
posso comprar uma casa pra gente, o que você acha? — pergunto querendo saber a
opinião dela.
— Você decide isso. Eu não me importo com o lugar desde que eu esteja com
você.
Dou um beijo e ela suspira.
— Adoro quando você suspira por mim. Agora, vá se vestir que vou te
esperar aqui enquanto faço umas ligações.
— Tá bom.
Anastácia  se levanta e entra no quarto, então pego o celular e ligo para o
segurança que atende no segundo toque.
— Chefe!
— Onde ele está?
O segurança sorri e escuto um gemido de dor.
— Está aqui chamando pela mamãe.
Agora o sorriso sai dos meus lábios.
— Eu não vou poder acabar com a vida desse desgraçado, filho da puta. A
Anastácia  é um anjo e me odiaria se descobrisse uma coisa dessas, mas ensine a ele que
nunca mais deve se aproximar da minha mulher. Faça com que ele esqueça que ela
existe e o deixe ciente de que não terá a mesma chance numa próxima vez que pelo
bem dele, espero não acontecer. Ele ainda respira porque a minha mulher é
benevolente, mas eu não. Então não o mate.

— Certo, chefe.
Desligo a ligação e logo em seguida faço outra que também é logo atendida.
— Chefe!
— Prepare a minha cobertura, vou morar lá com a minha esposa. Hoje, passo
a noite na mansão, mas amanhã já quero tudo pronto.
— Pode deixar, chefe.
Desligo a ligação, vou para o quarto e termino de me vestir.
Não demora muito, Anastácia  sai do banheiro.
— Fez as ligações que precisava.
— Está tudo certo agora.
— Eu vou me vestir rapidinho.
— Não tenha pressa, eu espero.
Ela entra no closet e a espio pela brechinha que fica na porta.
Eu sou um filho da puta muito sortudo mesmo, tenho a mulher mais linda do
mundo ao meu lado e por muito pouco não a perdi.
Eu sei que vou ter que aprender a lidar com o meu temperamento e a minha
personalidade forte, se quiser que o meu casamento dê certo.
Anastácia , mesmo sendo sensível, não vai aceitar os meus deslizes sempre que
eu perder a cabeça com o meu maldito ciúme, ainda mais agora depois de tudo o que
ela descobriu.
Eu sei que aquela cabecinha tem muitas perguntas sendo formuladas para me
fazer, ela é curiosa e tenho que estar preparado.
— Estou pronta, vamos.
Olho para ela e a vejo lindamente arrumada, mas quando meus olhos pousam
em seus pés...
— Essa sua roupa ficaria muito mais linda em você, se calçasse um sapato
mais baixo — falo lembrando da cena que mamãe descreveu sobre o seu trágico
acidente.
— Meus padrinhos contaram tudo, não foi?
— Contaram sim, e me senti o pior de todos os homens.
Ela se aproxima e me abraça.
— Vamos deixar o passado no lugar dele, tudo bem? — Ela passa as mãos
pelo meu cabelo.
— Tudo bem. Agora, troca de sapato, amor, tenho medo de que você caia e
machuque a perna. E não pense que estou querendo mudar você e o seu jeito, pois,
para mim, você é linda de qualquer jeito. Eu só não quero que se machuque mais.
Ela sorri.
— Tudo bem, mas já vou logo adiantando que amo salto alto.
— Vamos ter tempo para mudar os seus gostos por sapatos altos.
Ela gargalha antes de voltar para o closet.
— Eu acho difícil, mas você pode tentar, meu amor. — Ela passa pela porta
rebolando a bunda gostosa apenas para me provocar e eu gosto.

Vai ser um prazer muito grande ensinar a minha mulher a fazer tudo
exatamente como gosto, sempre priorizando o seu prazer.

Continua....

Comentem e votem meus queridos para saber se estão gostando.

Beijos até a próxima.

PRINCIPE DO PETRÓLEO  Onde histórias criam vida. Descubra agora