CAPÍTULO 31

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Anastácia Grey

Depois de passar mais tempo do que deveria me admirando no espelho,
resolvo finalizar o look e sair de casa.
Mas quando chego na garagem do meu prédio, tenho outra grande surpresa,
uma Limosine com um homem muito lindo e elegante encostado nela, me esperando.
— Estava a ponto de ir até você e saber se estava viva. Vamos logo, sua
madrinha e Callie estão no carro esperando — meu padrinho fala sorrindo.
Engulo em seco ao escutar o nome da filha caçula da minha madrinha.
— Padrinho, o senhor tem certeza disso?
Ele me chama com a mão e quando fico na frente dele, me beija na testa.
— Eu já deveria ter feito isso há muito tempo, Anastácia , agora vamos entrar. —
Ele abre a porta da Limosine e entro primeiro.
Em seguida, ele entra logo atrás de mim, fechando a porta e sem perder
tempo o veículo é colocado em movimento.
Quando olho para frente, sou recebida por um lindo sorriso.
— Então você é a afilhada misteriosa que se casou com o meu irmão? Da
próxima vez que forem jogar poker e encher a cara em Las Vegas me convidem,
adoro um escândalo de vez em quando.
— Callie Grey! — minha madrinha chama o nome dela, a advertindo.
— O que foi? Eu só disse que quero ir junto da próxima vez.
— Pode ir parando, Callie, você já é perigosa demais sozinha, agora se
juntando com Anastácia  não sei se eu suportaria o que poderia acontecer — meu
padrinho fala.
— Isso só quer dizer uma coisa, papai, que ela era tudo o que estava faltando
na vida do insuportável do meu irmão. Já gosto de você, cunhada. Podemos
enlouquecer o príncipe do petróleo juntas. Anastácia  é o seu nome, não é mesmo? Eu vi
as notícias, mas só pude vir agora para casa.
— Muito prazer, Callie, sou a Anastácia  — falo sem jeito, estendendo a mão
para ela que segura.
— Eu teria apresentado se você não falasse demais — meu padrinho fala.
— O senhor deveria ter nos apresentado há muito tempo, papai, e não só
agora. Mas essa é uma conversa para depois, não é mesmo? É tudo o que o senhor
sempre fala.
Abaixo a cabeça constrangida pela situação.
— Anastácia , não me interprete mal, é que a surpresa foi grande — Callie fala.
— Eu entendo, não se preocupe comigo.
Ela me olha e sorri carinhosamente.

— Mamãe, a senhora tem que treiná-la, sabe disso não sabe?
Eu encaro a minha madrinha que sorri me olhando.
— Estou tentando, mas ela não colabora muito.
— Então, você é realmente das minhas, Anastácia . Mas me fala, o Alexander
ainda continua gostoso?
Meu padrinho se engasga e a minha madrinha sorri.
— Essa menina vai me matar, Bruna, e a culpa é sua.
Nesse momento, até eu mesmo sorrio.
Callie parece ser bem divertida.
— Minha culpa? Ela é a sua princesinha, querido, esqueceu disso?
— Minha princesinha não fala essas coisas.
— Fala sério, papai, a sua princesinha cresceu e gosta de fazer...
— Não termine essa frase, menina, ou vai me fazer infartar aqui.
— Eu gosto de fazer as minhas coisas sozinhas, papai. O que pensou que eu
falaria?
— Nada, Callie, nada, só mude de assunto, filha. Pelo amor de Deus, mude o
assunto — meu padrinho pede a filha que sorri.
— Tudo bem. Então, Anastácia , me conte, o meu irmão é bom de cama? Ele tem
cara de ser bem chato.
Eu arregalo os olhos com a pergunta direcionada a mim.
— Jesus Cristo, vou terminar essa noite no hospital tenho certeza.
Todos sorrimos da cara do meu padrinho.
Quando Callie pisca para mim, entendo que ela está fazendo isso para aliviar
o clima e, no fundo, agradeço a ela.
— Chegamos, chefe — o motorista anuncia.
— Graças a Deus! Vamos, meninas, hoje sou o homem mais sortudo do
mundo, pois vou estar estampando a capa de todas as notícias amanhã acompanhado
de três lindas e maravilhosas mulheres.
Callie revira os olhos e fala:
— Preparada, Anastácia ? A chuva de flashes vai ser grande em cima de nós.
— Eu sei e acho que nunca vou me acostumar com isso.
— Acostuma sim, querida, uma hora acostuma — meu padrinho fala e desce
primeiro.
Em seguida, desce a minha madrinha, Callie e por último eu.
Como Callie havia falado, uma multidão de fotógrafos está em frente ao
clube de festas que foi alugado para a festa do hospital.
Há anos o evento acontece nesse mesmo clube e como Alexander deixou bem
claro, isso já é uma tradição.
— Sorria, Anastácia , você é uma Grey  agora. Esse é o peso que vem com o
sobrenome e a gente é obrigada a carregar mesmo que não queira. — Callie me olha
e nesse momento vejo uma certa tristeza em seu olhar.
Ela sorri, se aproxima mais de mim e cruzamos os braços.

PRINCIPE DO PETRÓLEO  Onde histórias criam vida. Descubra agora