Capítulo 24

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Cristhian Grey

Toda a minha atenção está em Anastácia se deitando em minha cama.
Quando foi que tive essa necessidade de dar atenção a uma única mulher?
Nunca, quer dizer, até agora.
Talvez, ela tenha percebido isso.
Sorrindo, constato sua respiração acelerando, pois diferente de ontem, hoje
ela está sóbria e está com receio do que possa vir a acontecer entre nós dois
dormindo juntos na mesma cama.
- Não vou fazer nada que não queira, querida. Pode ficar despreocupada
quanto a isso.
Ela ofega ao engolir em seco com o que falo.
- É claro que não vai acontecer nada. Na verdade, nem era para eu estar
aqui.
Eu me deito ao lado dela e ela passa os olhos pelo meu corpo.
Estou usando apenas a calça do pijama, inclusive estou sem cueca e o meu
pau é claro está duro feito rocha.
Não vou esconder dela todo o meu desejo.
- Boa noite, então.
Anastácia me quer na mesma intensidade e proporção que a quero, mas ela usa
demais a lógica e vou respeitar isso nela.
Só que não sou santo, estou longe disso.
Quando ela passa a língua pelos lábios é impossível conter o gemido, então
me aproximo mais e acaricio seus lábios úmidos com o meu polegar, com o desejo
quase me dominando.
- Você está bem?
- Como posso estar bem com você assim tão perto de mim? Eu também não
sou de ferro, Cristhian .
Quando entendo o que ela quer dizer quase dou um rugido de prazer.
Tudo nela leva a melhor e estou caindo rápido demais, mas não me importo
com isso.
- Ah, Anastácia , você tem ideia do quanto te desejo? Você não sai da porra da
minha cabeça, vinte e quatro horas por dia. Cada milésimo de segundo, penso em
você e isso está acabando comigo, querida.
- Cristhian ...
Observo seus olhos brilharem e neles vejo curiosidade, receio e entrega.
Por mais que Anastácia tente se manter distante, ela está aqui também,
compartilhando esse momento.

Ela também sente algo parecido ao que me engole segundo após segundo.
Foi rápido demais, mas foi mútuo.
Então, por que fugir do que estamos sentindo já que nenhum de nós dois pode
controlar?
Eu não quero fugir e não irei fazer isso.
- Por favor, me escute... - Seguro seu rosto entre as minhas mãos. - Sinto
como se você estivesse sob a minha pele. É como se tudo fosse certo entre nós dois.
- Balanço a cabeça porque há um certo desespero em meu tom de voz. - Anastácia,
quero você, mas não é apenas por capricho. Antes, talvez fosse, mas agora não mais,
algo mudou.
Ela arregala os olhos me encarando.
Porra!
Respiro fundo buscando forças.
Anastácia fodeu comigo!
- Eu não sei o que dizer, Cristhian .
- Eu te quero e quero muito - falo apressado quando ela se empertiga
como se quisesse sair da cama.
Sei que estou sendo insistente, mas ela já é minha mulher.
- Eu te quero como nunca quis alguém. Sei que sou um homem difícil, duro
e implacável, mas fique comigo. Não me rejeite, senhora Grey .
- Cristhian , espera. Não precisa me dizer essas coisas, você já sabe o que
penso e o que quero.
- A porra do tempo! É isso que você quer. E tudo o que não quero dar a
você é tempo, Anastácia . - Beijo seus lábios como se precisasse disso para organizar
as minhas ideias. - Sinto como se esperasse por você desde sempre, sei que está
acontecendo rápido demais e que fui um completo idiota, que te humilhei e te tratei
muito mal. Porém, não quero que isso seja algum tipo de barreira entre nós. Eu
compreendo que é difícil para você, mas, por favor, não me rejeite. Quero que me
ensine, me molde para ser seu e no processo seja minha também.
Uma respiração longa é a sua resposta.
Sei que devo estar parecendo um louco, precipitando as coisas, mas como
farei a minha cabeça entender que, talvez, ela queira valorizar o tempo como um
definidor de sentimentos?
Eu não tenho resposta para isso.
O que sei é da sensação de necessidade que a cada instante só cresce em meu
peito.
- Você me faz sentir demais também. Sem você, consigo analisar ou colocar
tudo em ordem, mas quando estamos juntos, nada do que pensei antes parece ter
sentido, ou não importa, sei lá. Eu não sei o que aconteceu, mas preciso manter em
ordem a minha cabeça e fazer isso com você perto demais é difícil.
Anastácia avança mim, colocando uma perna de cada lado da minha cintura.
A sorte é que estou de calça, ainda que não dê para disfarçar meu desejo.

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