Capítulo 21

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Cristhian Grey

Quando marquei o jantar com a Marina no restaurante do Vittorio, não
imaginava que Alexander iria trazer a minha mulher para jantar aqui também.
Porra!
Anastácia deve estar cheia de ideias erradas na cabeça agora, já que ela já viu
Marina e eu juntos, o que é uma merda.
Uma grande merda!
Desde a notícia do meu casamento, Marina não me dava mais paz e a coitada
da Sara teve que trocar de número de celular, porque não aguentava mais receber
ligações dela, perturbando seu juízo.
Para ajudar, como Sara e Alexander previram, Marina não está aceitando
muito bem o rompimento do nosso contrato.
Droga, ver a maneira como Anastácia me ignorou me deixou mal.
Odeio quando ela me trata com indiferença!
Vi como ela ficou ofendida com as palavras da Marina, porque foram
exatamente as mesmas que usei contra ela.
- Cristhian , isso não vai ficar assim, o nosso contrato...
- Olha aqui, Marina, presta bem atenção no que vou falar, você acabou de
me fazer perder o restinho de p. ousa abrir a porra
da sua maldita boca para falar daquele jeito com a minha mulher?
- Eu sou a sua mulher, Cristhian , e sou há muito tempo.
- Você não é NADA e não é NINGUÉM para mim, Marina. Você não
passava de uma submissa que sabia cumprir muito bem o seu papel.
- O nosso contrato...
- O nosso contrato, Marina, menciona o fato que o submisso pode rescindi-
lo quando o seu senhor não estiver o satisfazendo, assim como também menciona
que o senhor, que no caso sou eu, poderá fazer o mesmo, caso o submisso não esteja
cumprindo com o que foi acordado, ou que não esteja mais me satisfazendo.
Ela fica vermelha de raiva.
- Eu sempre soube satisfazer você, Cristhian , tanto que renovamos o nosso
contrato várias vezes.
- O que está claro que foi um erro de minha parte. Acabou, Marina. E fique
longe da minha esposa, não vou te dar um segundo aviso.
Como já tinha acertado a conta, me levanto e a deixo sozinha, indo atrás da
minha esposa.
Estou muito puto com o Harvey por ter colocado mãos demais na minha
mulher, mas vou me acertar com ele depois.

Pego o celular e ligo para um dos seguranças dela, me posicionando em um
canto mais afastado para que ninguém escute a ligação.
A ligação é atendida no primeiro toque.
- Chefe!
- Minha esposa veio para o restaurante de quê?
- Ela chegou dirigindo o carro da senhora Grey , chefe.
- Okay, leve o carro de volta para a mansão que minha esposa irá voltar
comigo para casa.
- Certo, chefe!
Desligo a ligação e vou atrás da Anastácia , mas quando passo por uma das
recepcionistas que me conhecem, me informam que ela acabou de sair do
restaurante.
Espero que os seguranças já tenham saído com o carro da mamãe, assim ela
vai ser obrigada a ir para casa comigo, e vou levá-la de volta para a mansão, pois lá é
um lugar neutro.
Quando vou chegando no estacionamento pela parte de trás, a vejo
procurando o carro, então apresso os passos e quando ela pega o celular o tiro de
suas mãos, a fazendo gritar de susto.
- O que foi? Ia ligar para o Harvey vir te ajudar?
Ela se vira na minha direção com os olhos pegando fogo de raiva.
- Ia ligar para o meu padrinho, não que isso seja da sua conta.
Porra!
Ela quer brigar e está disposta a isso.
- Mandei levarem o carro da mamãe para a mansão, você vem comigo.
- Não vou com você para lugar nenhum, pode ir lá ficar com a sua
namorada, amante, seja lá o que ela é para você.
Anastácia fica vermelha quando está com raiva.
Linda!
Deus, ela é linda de qualquer forma, rindo, brigando ou gozando.
- Anastácia, vamos conversar, me deixa explicar, querida.
- Não tem nada para ser explicado, Cristhian. Você é um mentiroso e eu vou
para casa de táxi.
Anastácia se vira e me dá as costas, mas sou rápido e a agarro por trás, a
trazendo para mim, fazendo bater em meu peito e logo em seguida cheiro seu cabelo.
Porra!
Como é que posso estar sentindo saudade de um cheiro?
- O nome daquela mulher é Marina e ela era minha amante, você mesmo já
tinha nos visto juntos. Mas também deve ter percebido que ela estava furiosa. Ela
estava daquele jeito porque terminei tudo o que tínhamos, pois, quero apenas você,
só você. - Sinto o exato momento em que ela relaxa em meus braços.
- Não estou te perguntando nada e nem pedindo explicações.

Percebo que ela está mais baixa, olho para os seus pés e vejo que está usando
o sapato que comprei para ela, o que me deixa satisfeito.
- Mas estou te dando porque é minha esposa.
Ela respira fundo e se vira de frente para mim.
- Não precisa fazer isso, não temos nada um com outro.
Essa mulher carrega o meu nome e abre a boca para falar isso?
- Vamos embora. - Seguro sua mão e a puxo para onde está o meu carro, já
que estamos parados discutindo bem no meio do estacionamento.
- Me solta, Cristhian . - Ela puxa a mão assim que paramos ao lado do meu
carro.
Agora sim, posso fazer o que quero já que estamos em um local mais
escondido.
- Vem aqui, vem, querida. - Puxo seu corpo de encontro ao meu peito. -
Meu beijo.
Ela coloca as mãos apoiando no meu peito para nos manter separados.
- Não, Cristhian , eu não...
- Porra, preciso de você! - É o que falo, a interrompendo antes de beijá-la.
A primeira coisa que sento é um sabor doce em seus lábios e isso me
incentiva a mordê-los.
Não consigo ser totalmente gentil, preciso ser selvagem para domar o animal
que habita dentro de mim e Anastácia aceita a minha demanda, oferecendo o contrapeso
necessário.
Ao passo em que a tomo com ardor, ela me dá timidez, carinho e prazer
absoluto.
Tudo em um beijo só.
Não imaginei que havia tanta necessidade em mim. Eu me sinto como um
morto de sede e ela fosse uma fonte de água cristalina no meio do deserto.
Beijar seus lábios se converteu em um vício imediato, uma necessidade que
preciso para viver.
- Preciso respirar, Cristhian, eu... - fala ofegante.
Engulo seu suspiro, gemendo quando experimento em sua língua o mesmo
sabor doce que havia em seus lábios.
Anastácia geme, se agarrando em minha camisa como se quisesse se aproximar
ainda mais, então dou isso a ela, permitindo que sinta a prova do meu desejo
pressionando a sua barriga.
Quero possuir a minha mulher, a minha esposa mais uma vez.
Caralho, ela é minha e a desejo como um animal faminto.
- Deus! - Encosto nossas testas, quebrando um beijo que eu desejava que
não acabasse.
- Estou tonta, você me deixar sem pudor - confessa e rimos. - O que foi
isso, hein? - pergunta, piscando os olhos devagar.

- Desejo. - Abaixo a cabeça, explorando seu pescoço. - Adoro seu
cheiro, é maravilhoso - confesso percebendo que, ao lado dela, não tenho filtro.
Quando dou por mim, já falei.
- É só isso que sente por mim, então? Desejo? - Ela me encara com seus
olhos brilhantes.
- Não é só desejo, Anastácia , tem algo a mais que no momento não sei explicar.
Ficamos nos encarando.
- Poderia ser amor?
Isso me pega desprevenido.
Ela está esperando amor da minha parte?
Não sei se chega a tanto.
- Não sei se é amor, mas o que sinto é forte.
- Então enquanto você não decide o que sente por mim, é bom nos manter
afastados e dar início ao meu tempo.
Lá vem ela com essa porra de tempo de novo.
- Não começa, agora vamos para casa. - Destravo o carro e abro a porta
para que ela entre, mas tudo o que faz é ficar me olhando.
- Se não entrar, te coloco aí dentro, você é quem sabe.
Ela trava o maxilar e faz uma cara feia entrando no carro.
- Boa garota.
- Eu te odeio, só para que fique sabendo.
- Tudo bem, pode continuar odiando do jeitinho que está fazendo, estou
adorando o seu ódio.
Ela puxa a porta do carro com força, a batendo forte de uma vez e isso faz o
meu coração doer.
Esse é um dos meus carros favoritos, mas não vou falar nada.
Tudo o que vou fazer é me preparar para os gritos quando ela perceber que
vou levá-la de volta para a mansão.

Continua....

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