CAPÍTULO 25

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Anastácia Stelle

Escutar Cristhian  admitir que está se apaixonando por mim, me fez sentir algo
diferente e falar que me sinto da mesma forma foi algo involuntário.
Meu coração traidor, meu corpo traidor...
Sou traidora de mim mesma, caída por este homem.
O relacionamento que estamos desenvolvendo começou de forma errada,
muita errada, afinal ele não sabe nada da minha vida, assim como não sei muitas
coisas da vida dele.
Mas aqui estamos nós dois, deitados na mesma cama, um abraçado ao outro,
tendo uma conversa que com certeza mudará as nossas vidas por completo.
Eu me sinto quase que sufocada pelas emoções e sentimentos que parecem
transbordar, tanto que preciso lembrar a mim mesma de respirar fundo.
Boa parte dos meus pensamentos perdem a coerência quando Cristhian  chega
perto demais.
Ainda não sei explicar exatamente ou com clareza o que sinto, pois, Cristhian
tem uma beleza agressiva, com a expressão forte e concentrada.
Ele é extremamente apelativo e cativante demais para mim.
Tudo nele chama a minha atenção e desperta o meu interesse. Desde o leve
arquear dos lábios quando dá indício de um sorriso que faz minha calcinha gritar por
socorro, até quando franze o cenho, concentrado.
Sei que se disser não, ele para seja lá o que estamos fazendo, mas sequer
passa pela minha cabeça dizer isso.
Ao invés disso, o puxo pela nuca quando estamos nos encarando depois de
nossas declarações, nos deixando a um fôlego de distância.
— Me beija.
Com um gemido rouco, ele toma meus lábios em um beijo gostoso e lascivo,
porém, não menos ardente.
Agora, não há aquele desespero, como geralmente acontece quando nos
beijamos.
Dessa vez, ele explora lentamente cada canto da minha boca, mordiscando o
meu lábio devagar, o puxando.
Sinto algo diferente, no mais profundo do meu ser, cada vez que a sua língua
toca a minha.
É diferente...
É como se alguma coisa me apertasse por dentro e depois relaxasse, é uma
deliciosa sensação de tortura que toma o meu corpo e estou gostando muito de sentir
isso.

— Cristhian  — falo seu nome baixinho em um gemido.
Ele toma meus lábios outra vez, com fome, ou qualquer outro sentimento de
necessidade que o consuma.
— Quero você. — Ele geme chupando minha língua, me devorando.
É incrível sentir seu corpo pesado pressionando o meu, como uma rocha,
duro e, ao mesmo tempo, macio.
Minhas mãos ganharam vida e sem que perceba o acaricio.
Seu corpo reage a mim, arqueando, todo arrepiado, vibrando por baixo da
pele.
Arranho as suas costas largas e sua reação é jogar a cabeça para trás enquanto
geme alto.
A visão desse momento é arrebatadora.
Cristhian  é um homem poderoso, viril, másculo e é demais que esteja louco de
desejo por mim.
Confesso que me sinto como nunca imaginei ser possível.
— Faça de novo... — geme na minha boca e obedeço.
Passo as unhas em suas costas com força, ganhando outro gemido alto e
rouco.
É como se ele gostasse da sensação de dor que isso proporciona.
Mais uma vez, ele me beija.
Estou sendo consumida pelos meus sentidos, como se tudo estivesse em
sintonia com ele.
É incrivelmente bom.
Não consigo me importar com absolutamente nada, tampouco em um
possível final pacífico.
Estou mergulhando em águas turbulentas, sei disso e não estou me
importando muito, pois só quero senti-lo mais e melhor. Para isso, abro as pernas
guiada pelo momento, pelo instinto.
Tudo não passa de uma grande loucura que me permito ser consumida.
Sou levada e dominada por sua sexualidade, mas não me importa nem um
pouco.
— Isso, gatinha, me deixa chegar mais perto — fala contra meus lábios, se
acomodando entre as minhas pernas.
Engulo seco quando sinto a prova do seu desejo e ele não perde tempo em
tocar nossos sexos, esfregando um pouco.
A sensação é...
Ela é...
Não posso descrever, mas fecho os olhos enquanto a minha mente está presa
a uma sensação alucinante e gostosa.
— Sinta o quanto eu te quero, Anastácia. Sinta a intensidade do que só você
conseguiu aflorar em mim.
— Cristhian ... — Respiro fundo quando o seu corpo ondula.

Ele sabe exatamente o que fazer, onde se esfregar para que eu enlouqueça de
desejo e prazer.
É bom demais, louco e insano também.
— Isso é... Tão... Bom demais. — Puxo o fôlego, tonta, arrebatada e, ao
mesmo tempo, assustada ao sentir a sua mão entrar na minha camisa. — Calma,
vamos com calma, por favor. — Seguro seu pulso e ele treme, como se o ato de se
conter exigisse muito esforço.
— Porra! Anastácia ...
Meu nome sai em uma única respiração curta.
— Eu tenho medo, medo do depois, Cristhian . — Mordo o lábio, agradecendo
que a luz é suave.
— Minha querida, meu a... — Ele respira fundo e para de falar.
Por um momento, cheguei a pensar que ele completaria a frase. — Me deixa
sentir o seu corpo tremer de prazer em meus braços.
— Eu... Eu... — Não sei o que dizer.
Quero sentir o que ele prometeu, quero sentir aquela sensação de novo.
Mas e se a emoção que já circula por meu corpo for indício do que virá
depois?
— Confia em mim, confia...
Eu me perco, me deixando levar por sua voz rouca, cheia de prazer e
sofrimento.
— Sim.
Beija meus lábios com um ardor que leva embora o bom senso.
Agora, confio que ele coloque limites, pois acabei de perder completamente o
meu.
— Preciso vê-la. — Sobe a barra da camisa lentamente.
Ele parece estar revelando um presente, tamanha admiração e anseio que
vislumbro em seus olhos escurecidos de paixão.
De propósito, vai revelando o meu corpo aos poucos, me deixando mais
nervosa do que já estou com o momento.
Minha barriga treme como se pequenos choques percorressem o meu corpo e
em todo momento meus olhos não deixam o seu rosto enquanto ele não tira o seus de
mim.
Quando chega na linha dos seios, seguro em seus pulsos, parecendo um
último ato ao passo em que sinto que a qualquer momento irei morrer.
— Confia em mim, Anastácia . Não vou passar dos limites com você, hoje vamos
apenas curtir o momento. — Ele me dá um beijo suave. — Não tenha medo, me
deixa te mostrar o prazer que quero proporcionar a você.
Puxo uma respiração, soltando seus pulsos, em seguida fecho os olhos, pois
se olhar para ele, não impediria o impulso de me cobrir.
Tenho vergonha e ela esquenta a minha pele.

— É perfeita pra caralho, chega a ser pecado te desejar como eu quero. Uma
verdadeira joia rara, a minha joia.
Ele beija as minhas pálpebras, meu nariz e minha boca com carinho. Suas
mãos gentilmente acariciam meu cabelo.
— Olha para mim.
Percebo que há exigência em sua voz, mas não de um jeito ruim, é como se
ele me dissesse que não precisa temer a nada.
Busco o seu rosto e ele me olha com uma expressão que eu não sei descrever,
é igual a admirar algo inalcançável.
Ele olha para mim, como os apreciadores olham para obras de artes.
— Você é perfeita. — Acaricia meu rosto, se aproximando. — Muito mais do
que mereço, mas sou egoísta o suficiente para querer você só pra mim, apenas para
os meus olhos.
— Me beija, por favor — imploro fechando os olhos.
— Tudo o que você quiser, tudo.
Mas o beijo me dá vontade de chorar, é como se eu soubesse, lá no fundo da
alma, que algo mudou, que ele tomou algo de mim.
Estou com medo de me machucar e do que pode vir acontecer.
Cristhian  se inclina e deixo até que percebo estar apoiada em seu braço, então
ele entrelaça as nossas pernas.
É como se me abraçasse dessa maneira.
— Não vou fazer nada que não queira, me mande parar se quiser e eu paro —
fala bem baixinho enquanto esfrega o nariz em meu rosto. — Vamos namorar um
pouco e quando fizermos amor novamente, será porque você tomou a iniciativa. Não
vou arriscar te perder porque quero satisfazer os meus desejos.
Quem é esse homem que eu ainda não conhecia?
— Cristhian ... — Acaricio seu cabelo e sua barba por fazer. — Você e eu...
— Shi, não fala nada, só sinta. — Ele me beija outra vez, devagar, gostoso e
molhado.
Cristhian  me toca com a ponta dos dedos, primeiro no quadril, contornando
minhas curvas sem pressa alguma e cada vez que passeia próximo ao elástico da
minha calcinha, minha respiração trava, fazendo com que ele ria baixinho.
— Calma, hoje é só prazer, minha joia — promete me deixando louca.
O seu toque acende algo em meu interior, faz com que me sinta viva e cheia
de expectativa.
A essa altura, meus seios estão pesados e os mamilos enrijecidos, é quase que
doloroso.
— Parecem prontos para a minha boca, uma delícia implorando para ser
provada — murmura se inclinando.
O que sinto é diferente de tudo e quando percebo a umidade de sua boca em
meu mamilo quase desfaleço.

Continua...

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