Capítulo 32

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P.O.V Theo

Fiquei dentro do quarto do Liam, e as vezes, os policiais olhavam pelo vidro da porta. Acho que eles estão pensando que eu irei fazer alguma coisa com ele.

Idiotas! Mal sabem eles que a única coisa que fez eu me confessar para a polícia, foi ele.

Vejo ele se mexer algumas vezes.

– Hey... – chamo e os policiais abrem a porta. – Chamem um médico – peço e vou até a cama.

Ele abriu os olhos lentamente e olhou em volta.

– Hey, loirinho, como se sente? – Pergunto passando a mão pelo rosto dele.

– O que aconteceu? – Ele pergunta com a voz baixa.

– Encontraram você e os outros – respondo e ele se vira para mim.

– Aquele lugar é pior do que você me falou, Theo. Ainda não estou acreditando que você ajudou com aquela atrocidade. – Ele diz e olha para minhas mãos. – Por que está algemado?

– Porque eu confessei tudo. – Respondo.

– Olha só, temos o primeiro acordado – um médico entra sorrindo.

– Oi, pai! – Liam cumprimenta.

Pai?

Um ótimo jeito e momento de conhecer o pai do garoto que você ama.

– Como se sente?

– Um pouco zonzo e com sede – Liam responde e eu passo uma mão no rosto dele, tirando os fios de seu cabelo de sua testa.

– Vou pegar um copo para você. Não faça nada com ele – ele diz para mim.

– Não tenho motivos para machucar o Liam – digo sério e ele sai do quarto.

Liam se senta na cama com a minha ajuda e segura minhas mãos.

– Machuca?

– Não. – Respondo e ele bate em meu braço. – Por que fez isso? – Pergunto confuso.

– Por você ter ajudado eles, por ter escondido de mim e por se entregar à polícia antes que eu pudesse, pelo menos, ver você – ele diz me batendo.

– Sabe que se eu não me entregasse, a Lydia iria me culpar por tudo, não sabe?

– Sei! – Ele responde.

– Então para de me bater.

Liam para de me bater e abaixa as mãos.

– Loirinho?

– Oi?

– Por que não me disse que seu pai trabalha aqui?

– Você nunca perguntou.

– Não usa isso. Posso usar para dizer contra você no assunto que vai me levar para a cadeia – digo e ele rosna para mim.

– Eu não disse nada, porque, um, a gente não está namorando...

– Porque você não aceitou.

– E dois, porque a minha mãe é homofóbica e eu não sei qual seria a reação deles ao saber sobre a minha sexualidade.

– Entendi.

– Quando vão te levar?

– Eu acho que só não levaram ainda, porque devem estar resolvendo alguma coisa.

– Voltei – meu futuro sogro entra no quarto com um copo e um jarro d'água.

– Obrigado! – Meu loirinho agradece quando o pai dele coloca água no copo e o entrega.

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