Capítulo XII - Adimitir pra si mesmo é o primeiro passo

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Essa Fanfic não me pertence, mas eu tenho total permissão para posta-la aqui. A verdadeira autora se encontra no Social Spirit, com o perfil chamado (Yumex). Os votos e comentários são totalmente dedicados a autora. :)

Num rápido piscar ele abriu os olhos em direção ao teto do quarto do motel. Sentou-se na cama rapidamente olhando para as próprias mãos as abrindo e fechando na procura de algum entendimento, pois Castiel havia aceitado o fato de que tinha morrido - dessa vez para sempre.

Foi só então que percebeu o peso ao seu lado. O loiro dormia sentado numa cadeira colada ao colchão. Metade do tronco apoiado sobre o lençol e a cabeça estava enfurnada entre os braços cruzados frente ao rosto. Ele parecia desconfortável e ao mesmo tempo Castiel sabia que Dean havia ficado ali apenas o esperando despertar durante todo o tempo que levou. Respirou fundo com o carinho lhe acometendo o peito. O coração pulsou acelerado como antes, sempre que estava na presença dele.

E saber da sua preocupação o deixava feliz e triste, tudo junto numa única bola de emoções difusas. Ser mortal parecia-lhe cada vez mais complicado - e também um maravilhoso experimento. Sem temor algum repousou os dedos agora quentes sobre o ombro de Dean, o afagando. O sutil carinho fez o loiro remexer os braços parecendo se ajeitar numa posição mais aconchegada, até então perceber o que estava acontecendo. Saltou dilatando os orbes ao ficar com o corpo ereto. Encarava Castiel sendo impossível não deixar a boca entreaberta. Surpresa, aflição, medo e alívio. Cada uma dessas palavras se transformava em um enorme sentimento de paz o acometendo nestes breves segundos em que pode mirar as íris azuladas do anjo outra vez.

- Dean.

Balbuciou no tom rouco e sereno de sempre, acordando Dean, dizendo a ele que aquilo era real. Cas tentou continuar a fala, mas foi impedido de dizer qualquer outra coisa ao ser pego no forte abraço do caçador. Castiel vacilou, mas enfim retribuiu a calorosa boa vinda do amigo, e então teve o rosto afastado tornando a vislumbrar a expressão nervosa de Dean - boa aberta entrecortando o ar; mãos trêmulas cingindo seus ombros:

- Dessa vez... - murmurou o loiro franzindo o cenho numa expressão de ódio - Dessa vez eu realmente achei que você tinha morrido. Que droga Cas!

Exaltou-se ao se levantar da cadeira passando a mão apressadamente pelo rosto:

- Porque você sempre faz isso?! - indagou furioso, culpando-se pelas ações do anjo, culpando-se por ter feito o amigo se ferir.

- Faz parte do meu dever Dean, te proteger. Eu jurei...

- Sem essa! - esbravejou - Sem essa desculpa de merda! Pare de falar isso! Você sempre fala dessa droga de "juramento"! Cacete! Não aguento mais!

Chutando a cadeira contra a parede e a fazendo quicar no chão, Dean sentou-se numa poltrona frente a Castiel. Ficou os últimos dias e principalmente as horas em que o moreno havia se ferido ponderando, se perguntando sobre sua confusão mental, depois do que o ex-anjo havia lhe contado, ou, melhor dizendo, declarado.

Definitivamente não gostava de homens. Mas porque então começou a se perguntar sobre Castiel? Sobre o que o anjo representava em sua vida? Podia o comparar a Sam? Após o dia no ferro velho tudo mudou. Já não conseguia fazer uma ligação entre os sentimentos em relação ao irmão com os de Castiel.

Não me deixe ir (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora