Capítulo XXXIV - O que você pode ter

3.2K 222 38
                                    

Essa Fanfic não me pertence, mas eu tenho total permissão para posta-la aqui. A verdadeira autora se encontra no Social Spirit, com o perfil chamado (Yumex). Os votos e comentários são totalmente dedicados a autora. :)
_________________________________

Já era manhã, as primeiras horas do dia na verdade, quando Dean estacionou o carro na garagem do Bunker. Ele ficou atrás do volante a noite inteira, na estrada, com o o braço para fora da janela e Metallica cantando ao máxino no toca fitas, pois foi somente dessa maneira Dean conseguiu se esquecer da vida como um todo.
Era apenas ele, a estrada, o cheiro de pneu sobre o asfalto queimando a cada curva, livre de pensamentos, livre de responsabilidades. Apenas.... Livre.
Ao pôr o primeiro pé para fora do Impala o mundo sucumbia sobre seus ombros outra vez, e ele só conseguia escutar a voz de Sam na ponte ontem à noite, e mesmo que Dean se recusasse a aprofundar essa questão, retirá-la de sua mente, ou mesmo tentar a apagar, estas tarefas mostraram-se inúteis.
Pelos próximos dias ele se perguntou: qual era o seu problema?
A mão ficou envolta a uma garrafa de whiskey e o copo usado para tomar cada dose era uma mera formalidade, uma vez que poderia beber diretamente do gargalo. Por dois dias ele ficou trancado no Bunker, sem uma pista de por onde começar; o que fazer. A solidão apenas piorava seu cérebro, e de quebra, o fígado também.
À tarde do terceiro dia essa quietude do Bunker foi violada pela presença de Castiel. No entanto, após a rápida troca de cumprimentos secos de Dean, ele não mais quis vê-lo, pouco se dignou a conversar com o anjo. Dean sabia lidar melhor com as coisas sozinho - ao menos ele achava.
Ao invés de o forçar a um confronto, Castiel o deixou estar; porque assim era o anjo: paciente. O completo oposto de Dean. Ficando na sala de estudo do Bunker, Castiel tratou de procurar pistas sobre o paradeiro de anjos, enquanto Dean permaneceu trancado em seu quarto. A distância palpável entre eles não se traduzia pelo espaço físico que dividiam, mas sim na falta de palavras; a negação constante do caçador em querer iniciar um diálogo.
Sobre o colchão da cama, Dean observava o teto, ignorando a presença de Castiel enquanto as palavras de Sam repetiam-se incessantemente, hora após hora, tentando colocar em ordem o que elas significavam.
Dean têm tantas coisas quebradas para resolver. Mas outra vez, quando eles não têm? Quando não há um elefante na sala os separando, e nenhum dos irmãos quer puxar assunto, porque esse é o jeito Winchester de lidar com os problemas: os empurrando debaixo do tapete, até que a poeira não caiba mais lá embaixo.
Castiel já havia aprendido a lidar com essas situações. E a melhor coisa a se fazer agora, era deixar que eles se entendessem, como os dois irmãos que eram.
Sam apenas avisava vez ou outra ao longo da semana onde estava, geralmente em quartos de hotel barato. Enquanto isso, Dean andava pelo Bunker, convivendo com as lembranças ainda recentes de Kevin ali. Nenhum deles se falava além do necessário, e Dean parecia se afundar numa poça negra a cada segundo que se passava.
Dias depois, quando Castiel não mais sabia como mudar a atitude fechada de Dean, e a distância tornou-se mais do que um simples obstáculo, ele comunicou que deveria partir em busca dos anjos rebeldes a fim de consertar parte do que havia causado ao céu.
Dean nada disse. E também não era preciso.
Castiel podia vez no tremeluzir da íris verde que aquilo havia ferido Dean; ser deixado de lado no Bunker, enquanto Castiel voltava a lidar com os anjos. Não era um egoísmo que surgia no caçador em querer o moreno o tempo todo ao seu lado. Bem, talvez em parte fosse, mas principalmente Dean só conseguia pensar que aquilo seria o fim; que os dois não estariam.... Não seriam mais nada além de dois conhecidos que se esbarram de vez em quando. Tudo voltaria a ser como antes entre eles.
A vida de faz-de-conta do Bunker acabou.
- Irei mandar notícias em breve, Dean.
Castiel falou ainda na sala do Bunker. Parecia que as conversas haviam se reduzido a estes raros momentos em que Dean perambulava pela cozinha a procura de uma nova garrafa de bebida.
- Você quem sabe, Cas.
O caçador respondeu indiferente, dando de ombros e bebericando da cerveja em mãos.
- Dean...
- Você não tem um bando de anjos 'pra cuidar agora, uh? Vai, eles estão te esperando.
Apontando para a saída, Dean virou-se ouvindo um breve suspiro vindo de Castiel; e ele também queria suspirar, berrar com ele, dizer tudo o que detestava e jogar na cara de Castiel o quanto ele sentia-se miserável.
Mas ele não o fez; ele não poderia cair e deixar a fraqueza tomar conta de si. Nem mesmo com as súplicas de Castiel:
- Por favor, Dean, diga algo.
Numa risada de escárnio, Dean coça a sua testa, erguendo o rosto numa expressão de pouco caso:
- Quer que eu seja sentimental agora, Cas?
- Quero saber o que se passa na sua mente. - rebate o anjo.
- Nada. Não se passe merda nenhuma.
- Sei que isso não é verdade.
- O que você sabe então?! - vocifera, apertando as sobrancelhas num olhar enfurecido, porém Castiel não se retrai nem por um segundo.
- Sei que sente falta de Sam, e que quer acertar toda essa situação com ele, mas não sabe como o fazer.
- É; claro. - Dean dá um riso irônico, bebendo ainda mais da sua cerveja - Vai embora, Cas. Faz o que você quiser.
- Dean, eu não estou indo para sempre.... - o anjo tenta uma vez mais, ouvindo outra risada fraca vinda de Dean - Entenda que eu só quero fazer como você: consertar meus erros.
- Então vai logo! - estoura o caçador - Sai daqui! Vai embora como o Sam fez! Cuida da sua droga de família de uma vez e nos deixe em paz, Cas!
O brilho azul torna-se violento de um segundo para outro, mexendo-se nos olhos de Castiel com a vibração negativa que aquelas palavras possuem.
Castiel avança depressa até Dean, segurando ambos os seus pulsos e o levando até a parede mais próxima da sala de estudos, onde o caçador bate com as costas, derrubando a cerveja no chão. O vidro de espatifa longe deles, e Dean apenas bufa, querendo se livrar do aperto de Cas, porém incapacitado devido a força angelical recuperada. Ele aperta os lábios numa fina linha de puro ódio e encara friamente os globos do moreno:
- Cas, me solta.
Dean fala entre os dentes, afrontando num semblante sério as feições de Castiel - que permanece impassível aos pedidos dele.
- Apenas quando você se acalmar e me ouvir.
- Não tenho porra nenhuma para-
O novo empurrão que faz Dean bater as costas na parede o deixa desnorteado por meros segundos, no entanto é a boca de Castiel grudada sobre a sua que realmente o deixa desnorteado.
Seus punhos se fecham, e o caçador ainda tenta se livrar uma vez mais da constrição, contudo Castiel permanece firme. Quando ele solta seus lábios, ainda não permite que as mãos de Dean fiquem livres, tão pouco o deixa desviar o olhar, falando rente ao seu rosto sério:
- Quantas vezes terei de repetir, Dean? Isso é o que eu quero. Nós. Mas também temos de compreender que há responsabilidades das quais não podemos fugir.
- É, da sua família de emplumados-
- Que droga, Dean! - Castiel grita, o empurrando na parede outra vez - Você é minha família!
A voz de Dean morre num silêncio único, deixando os lábios separados enquanto atônito encara a cólera de Castiel.
- Eles são meus irmãos, sim. - o anjo fala, amenizando suas feições - Mas você me mostrou muito mais além disso, desses laços de.... De sangue. Sam e você são o que considero como minha família, não por obrigação, mas por escolha.
- Escolha.... - Dean solta um sorriso de escárnio - Um caçador meia boca que faz mais merda do que conserta...
- O homem justo que eu puxei do inferno. - Castiel revida, e nessa hora as iris de Dean quase se espantam com as palavras dele - Você, Dean. Sempre você.
São palavras as armas de Castiel, o que talvez seja o seu maior poder no que se refere a destruir todas as barreiras que Dean constrói ao seu redor para evitar ceder ao turbilhão de sentimentos que giram incessantemente na boca do estômago, no peito - o deixando enjoado e sem ar.
É nessa brutalidade que os leva do ódio a carência em poucos segundos que Dean não consegue se manter firme, ou mesmo compreender a razão de Castiel em ainda suportá-lo, de tentar de novo e de novo enquanto ele apenas esnoba e insulta o anjo.
É essa devoção extrema e incondicional de Castiel que Dean não sabe como aceitar; porque ele não merece.
-.... Cas.
- Não diga mais nada. Apenas aceite que eu quero estar com você, Dean.
Aceitar qualquer fato que fosse bom é uma tarefa árdua, se não impossível. O toque suave de Castiel arrastando a palma de sua mão sobre seu braço enquanto enlaça seus dedos unidos é algo fora do comum. A boca dele procurando pela sua e o tocando com essa sensação aveludada num carinho tão ingênuo e acolhedor lhe é um absurdo sem igual.
A gentileza com a qual Castiel está removendo sua blusa, desabotoando a camisa azul escura, é uma amabilidade que Dean desconhece; que ele jamais foi permitido de possuir.
Era como se seu corpo inteiro relutasse a esse amor todo que Castiel empregava em cada movimento de seus dedos sobre suas roupas, sobre sua pele, porque a cútis do caçador servia apenas para ser maculada por cortes, socos, marcas roxas e pretas tamanha era a quantidade dos golpes que recebia. Dean foi feito para o combate, e nada mais; não uma vida ao lado de uma pessoa. Não para esses afagos meigos e gentis.
Ainda assim, Castiel o abraçou. As fissuras e pedaços de Dean ele tenta consertar e remendar com doces beijos estalados na sua clavícula, arrastando os panos de blusas e casacos para fora dos corpos e os jogando ao redor da sala de estudo do Bunker, usando as carícias como a agulha de uma linha costurando as partes de Dean num homem inteiro outra vez.
E por esse minuto de fraqueza em que Dean liberta as sensações de dentro de si ele não contém o suspiro seco que resvala no rosto de Castiel enquanto o beija, fechando os olhos e permitindo este contato; o cuidado. Porque dói na alma receber esse amor após todos os erros que cometera, mas é algo que o acalaenta e fecha as feridas de tal forma que Dean ignora o remorso por hora e deixa que a cura se espalhando pelos beijos de Castiel o protejam de todo o mal.
Dean continua espremido na parede, escorregando as costas enquanto sente Castiel pressionar o peito desnudo contra o seu. Eles acabam no chão, com o moreno no colo de Dean, tendo as coxas afastadas, sentindo as grossas mãos do caçador agarrando cada uma das suas nádegas, as massageando e apertando.
Ele arfa denso contra a boca de Dean, levando ambas as mãos até seu maxilar e o envolvendo num novo ósculo, que furta o oxigênio, que abole pensamentos de qualquer tipo e os deixa apenas presentes no imediatismo do agora, compreendendo apenas aquele espaço tempo em que estavam; entre chupões, apertos, afagos e acima de tudo a ternura transbordando pelos poros da pele cáustica.
- Dean.
O anjo o chama numa voz pedinte, e o caçador logo entende, abrindo os botões da calça de Cas e empurrando o zíper para baixo.
Ele já não mais encontra forças dentro de si para resistir ao pequeno pedaço de felicidade que ele possui; mesmo que seja ínfimo, ele quer se arremessar no abismo que é Castiel, aproveitando a queda enquanto ela durar.
Uma vez que ambas as calças estavam frouxas, Dean envolve a cintura do moreno o deitando no carpete do Bunker e se encaixando sobre ele. Dean o beija, sorvendo a língua e lambendo o interior da boca de Cas, passando a resvalar a ponta dos lábios sobre a pulsação do pescoço, mordiscando a linha que o leva até a clavícula, onde abandona pequenos beijos. O caminho de seus lábios prossegue mais abaixo, chegando ao primeiro mamilo que suga duma vez só, o rodopiando com sua língua e arrancando os primeiros gemidos de Castiel.
Aquela voz rouca e profunda, murmurando em grunhidos e palavras discordantes poderiam ser para Dean a melodia até o fim de sua vida. A pele de Castiel amassada sobre seus dedos ao apertá-la, o cheiro de sabonete em seu cabelo bagunçado e sedoso.... Ele sentia estas reações percorrendo seu ser, mesclando-se a ele, sendo resguardadas pelo anjo.
- Mais....
Castiel pedia em meio aos gemidos, arranhando suas mãos sobre os ombros de Dean, marcando a cútis repleta de sardas com os sinais retos das unhas a cada nova lambida sobre seu peito.
A carne macia e rosada do mamilo de Castiel inchava-se com as investidas da sucção de Dean. Ele adorava vê-lo se despedaçar dessa maneira - apenas por ele, apenas seu, perdido e completamente entregue.
Dean mordiscava com a pontinha dos dentes a parte mais sensível da ponta do mamilo de Castiel, percebendo como o corpo do menor se contorce debaixo dele. A boca do moreno batia contra sua orelha depositando arfadas quentes nas suas dobras; o timbre rouco reverberando direto no seu tímpano e se alastrando.
O sangue de Dean corria uma maratona em suas veias, pulsando célere, batendo firme o coração potente enquanto o fluxo intenso viajava ao seu baixo ventre e além, enchendo; estufando a sua excitação, que apenas o mostrava o quanto ele queria a Castiel. Dane-se o mundo; ele pode ter um anjo só dele; um anjo, que sempre fora seu.
-Mmmm-Cas.
Dean balbucia o nome do moreno abafado entre os beijos abertos que deposita no abdômen de Castiel, apertando as laterais de suas costelas com as mãos firmes sobre o seu tronco, fazendo uma descida reta e contínua até alcançar com a ponta dos dedos o cós da calça de Castiel. Ele a enrosca em suas mãos e puxa o tecido grosso para baixo, feroz e necessitado, precisando tocar mais do moreno - como se o mundo estivesse à beira da destruição e somente o gosto de Castiel o salvasse.
A ponta vermelha da glande inchada salta para fora da boxer branca que Cas usava, e no mesmo instante Dean passa sua língua sobre ela, descendo pela extensão até a base.
- Dea-Dean! I-Isso!
Inalando o máximo de ar possível, Castiel joga a cabeça para trás e ergue seus joelhos, expandindo suas pernas no chão, permitindo que Dean afunde sua boca no 'V' de suas coxas. Ele morde cada uma delas na parte interior, terminando de tirar as roupas de moreno.
Tão logo Castiel está livre das suas vestes, Dean torna a ataca-lo com beijos, mordidas e sugadas, marcando a carne cheia e macia das nádegas com suas dentadas ao erguè-las do carpete; seguindo com a língua uma linha cheia de saliva que chega até a abertura do moreno, onde Dean não mais sente incomodo algum em confessar que gosta - adora - o lamber, beijar e explorar, deleitando-se com os grunhidos soltos pelo anjo.
- Dean! Dea-Tão bom! E-eu-
- Hmm....
Dean apenas murmura com a voz ecoando da garganta, pois sua boca está ocupada demais na abertura de Castiel, molhando-a e a deixando relaxada o bastante para receber algo maior em breve.
Ele escorrega uma das palmas ao meio das pernas do moreno, tocando com as pontas do dedo a entrada de Castiel. O anjo se contorce uma vez mais, entreabrindo os lábios e deixando uma litania de urros prazerosos tomar conta do silêncio do Bunker, uma vez que a língua de Dean rodopia em seu interior, junto do anelar o invadindo aos poucos; atravessando numa velocidade lenta e cuidadosa ao mesmo tempo em que é martirizante.
- Depressa Dean!
- Shh.
O loiro rebate com um chiado, pedindo que Castiel o deixasse fazer aquilo direito.
- Vou te abrir aos poucos, Cas.... - sussura o loiro, lambendo o enrugado anel e o vendo vibrar com a sensação da sua língua sobre ele.
- Deaaaan!
O gemido de Castiel o faz levar às mãos ao cabelo cor de areia. Ele segura, puxa, enrosca os dedos ali, forçando sua cintura contra a boca partida de Dean, pensando no quão delicioso é estar junto de seu caçador, de protegê-lo a todo custo, fazendo Dean compreender com seu corpo ao invés de palavras que eles estavam unidos - que Castiel jamais o abandonaria, não importasse o que.
Nunca deixaria Dean ir embora de sua vida, não agora que ele tinha sua própria vontade e cobiças, aspirações e desejos para perseguir. Não quando Castiel era dono de seu próprio destino. E ele escolheu a Dean.
O segundo dedo do caçador o invade, começando a imitar os movimentos de uma tesoura. Abrindo e fechando sua entrada, alargando e estreitando o canal conforme as falanges lambuzadas de saliva deslizam dentro e fora, encharcando Castiel com o sabor de Dean.
O loiro não podia estar mais satisfeito com os gritos dele. Se abrisse bem os olhos, Dean enxergava o falo de Castiel apontando para o alto de tão excitado, escorrendo gotas de pré-gozo. E talvez a visão de um homem desfeito em prazer fosse errada numa parte escura de sua mente, no entanto a cada suspiro lançado por Castiel, a cada impressão quente e gostosa do seu corpo contra o dele, Dean apenas tinha mais e mais certeza de que estava pouco se fudendo.
Ele só queria a Castiel.
Encaixando um terceiro dígito, ele os gira com cuidado, encostando na parte mais funda do moreno, curvando as falanges e encontrando o ponto em que ficava aquele pedaço cheio de nervos e terminações que transportam em choques uma deliciosa sensação que percorre cada centímetro do corpo de Castiel.
- Dea-Dean-mmmm-mais, mais!
Dean ronrona em êxtase ao ter a voz quebrada e rouca de Castiel chegando aos seus ouvidos, começando a esfregar os dedos sobre o nódulo, regogizando a cada espasmo de Cas e afundando os dedos junto de sua língua para sentí-lo mais e mais amolecer sobre suas mãos.
Quando ele encaixa um quarto dedo, Castiel precisa levar sua mão à base de seu membro, apertando-o e não permitindo que o gozo saia.
Percebendo o desespero de Castiel, Dean sorri com a boca aberta ao redor da entrada do moreno, experimentando sugar e rodar os quatro dedos cobertos de saliva, e o anjo fecha seus olhos e entrega a Dean toda uma litania de urros desesperados.
Numa última investida, Dean encaixa sua língua o mais fundo possível em Castiel, ganhando torções sobre seus cabelos das mãos do moreno e gemidos sôfregos. Ele mesmo já não mais aguentava apenas brincar com Cas. Precisava entrar nele; marcar Castiel e o deixar se lembrando dele por dias.
Num sobressalto, Dean abandona a boca um pouco dormente dos beijos e lambidas sobre a abertura do moreno, ouvindo-o reclamar num grunhido manso pela falta da língua sobre sua entrada.
Dean, então, ergue seu tronco, ajeitando as pernas de Castiel sobre suas coxas, fazendo com que a cintura dele paire no ar. Silvando, Dean sente quando a base de sua ereção bate contra a entrada úmida de Castiel, ouvindo os sons pedintes do anjo.
- Dean.... Agora, eu preciso-
Descendo seu corpo para se deitar sobre Castiel, Dean o cala com um beijo, arranhando a mão sobre o couro cabeludo de suas melenas negras, segurando firme a pélvis do moreno, enquanto ele o destrói pouco a pouco com a expectativa. É sem ar que Castiel é deixado por Dean, arfando, ao ouví-lo sussurrar na ponta de seu ouvido.
- Preciso de você, Cas.
Respirando fundo, Castiel aperta bem os olhos e depois abre as pálpebras até poder se encontrar com a visão igualmente desesperada do caçador:
-.... Dean-GAH!
As mãos de Castiel são rápidas ao enlaçar o pescoço de Dean. Sua voz morre na garganta com um choramingo tomando seu lugar, pois a glande do caçador encostava-se em sua abertura, empurrando sem pressa e forçando seu espaço no apertado canal.
A queimação vinha, como sempre primeiro, mas tão logo Dean enterrava-se pela metade em Castiel, o moreno abandonava o desconforto, mergulhando no mar de prazeres que Dean é capaz de lhe proporcionar. Porque apenas ele pode ter Dean daquela maneira.
O caçador segura firme com uma das mãos a cintura de Castiel, enquanto a outra guia seu membro para dentro dele, invadindo, o possuindo, preenchendo o moreno com a sua presença única. Sua boca entreabre, e Dean silva um palavrão entre os dentes, com o aperto do anel de Castiel pressionando todos os cantos de sua ereção, adorando a compressão forte e intensa da entrada quente e convidativa do anjo.
Que se dane o mundo. Os problemas e questões. Dean pode afundar as mágoas nas carícias de Castiel, apagar com os toques e estocadas a amargura em seu peito, pois parece que apenas na verdade sólida do anjo contra Dean é que ele encontra alento. Alguém que o acolhe tão convidativo e sedento por mais.
Suspirando, Dean cola seu peito ao de Castiel, espalmando os quadris do menor e erguendo metade de seu tronco do chão, proporcionando o encaixe perfeito entre eles. A base do falo de Dean encosta na virilha de Cas, e as coxas do moreno rodeiam a cintura do caçador, o trazendo para mais perto - o máximo que eles podem se tocar entre os corpos; entre as membranas de carne...
Corpos.
No fim de tudo, a dor, o prazer, tristeza e alegria se resumia ao corpo; dois corpos, que são mais do que a mera ideia do imaginário, do intangível. Que não importava a presença astral das almas ou espíritos das quais Castiel já vislumbrou, nada em milhões de eras se comparava a união pela carne.
Porque ela é crua, suja, invasiva e real.
Ela te perverte e transforma no outro; dentro do outro, juntos, numa única e embaralhada ligação de dois em um, mas que faz a sua definição, a razão ser tão visceral.
Seres humanos, que não podem atravessar essas camadas de pele, músculos e ossos; que não sabem o que há por debaixo do físico, não podem tocar a alma, o fazem da maneira mais agressiva, tentam e buscam pelo prazer no suor dos arrebates de pele contra pele.
É nos sons do açoite das pernas de Dean contra as coxas de Castiel, no barulho úmido e lascivo da saliva molhando seu interior a cada investida do entra e sai da excitação do caçador que está a mais real definição de necessidade; de tentar quebrar as barreiras impostas por esse espaço físico reduzido dos corpos dos seres humanos. É onde está a beleza que Castiel aprecia.
Não é no domínio da força dos milênios de experiência, mas sim na falta desse poder, desse controle, que Castiel enxerga a perfeição. No tentar; querer, e conquistar o ínfimo do ser humano pela ligação única dos corpos.
Na vida, ou no sexo, na conexão em sim.
Na face um tanto quanto soberba de Castiel, Dean perde-se por um segundo ou dois, com o fôlego entupido na garganta enquanto ele tem entre suas mãos a pele de Cas, tão viva e quente, transmitindo essa sensação boa e tão, tão deliciosa, que ele é incapaz de aceitar aquilo.
Toques gostosos, boas sensações são esmagadoras à Dean e toda a culpa enegrecendo seu peito e o comprimindo. Então sim, uma grande parte sua não crê que Castiel possa ser tão complacente....
Que Castiel possa realmente desejar alguém tão sujo quanto Dean.
Descendo a boca até que ela bate contra o pescoço de Castiel, Dean deixa que seus lábios tremam, se sentindo acomodando-se dentro do anjo; com as comoções de ter um resquício de deleite o deixando completamente arrebatado e liberto para perguntar:
- Você quer isso, Cas?
Na voz um tanto quanto minguada do caçador, Castiel nota a sutil incerteza brotando em Dean. A face do loiro roça sobre a sua enquanto ele escorrega para cima, e num momento que parece durar séculos, Dean o encara, sem saber ao certo o que devia fazer ou esperar; Castiel vê que Dean fica apreensivo no aguardo à sua resposta.
No entanto, Castiel não precisa pensar muito mais do que aqueles segundos transformados em eras para ter certeza. Ele respira fundo, arranhando a nuca de Dean com seus dedos enquanto puxa o caçador para baixo até que suas bocas quase se colem:
- Quero você.... Você todo.... Te amo....
São palavras tão raras e sôfregas, estas que Dean ouviu de poucas pessoas em sua vida, ainda sim Castiel não poupa esforços para dizê-las, para reafirmar com um longo e demorado beijo a constatação desta frase, de um único sentimento: amor, puro, simples e incondicional.
- Você é louco.
Dean fala, mexendo levemente sua cintura e ouvindo um grunhido de Castiel, uma vez que seu falo bate fundo na entrada do anjo e lá fica, espalhando a carne do músculo. Forçando para que os olhos foscos na nuvem de prazer fiquem abertos, Castiel umedece os lábios, buscando sua voz rouca:
- Eu sei que sou..... - diz, mordiscando a boca de Dean, o fazendo choramingar baixo e apertar os seus quadris com ambas as mãos.
- Alguém como eu.... T-Tão podre....
- Você pode tentar me convencer disso, Dean, mas não pode enganar meus olhos.
A floresta da relva esverdeada de Dean se abre num estalo, mirando o oceano único da visão de Castiel. E o anjo o encara com essa mesma certeza instalada na sua frase, vertendo-se na linha negra de luxúria o desejo e a paixão, no brilho safira está a presença do que Castiel sempre repete a si mesmo e ao caçador: ele é merecedor daquilo; ele pode ter a Castiel.
Na breve troca de olhares, Dean depara-se com a certeza de que podia ir em frente, e num grunhido quase gutural começa a puxar seu quadril para trás, estocando Castiel lentamente e com força de volta.
Sua extensão saía e entrava de Castiel, que apenas pôde entreabrir a boca e jogar a nuca para trás no chão. Os braços de Dean subiram até encontrar sua cabeça, envolvendo-a numa espécie de abraço - os cotovelos de Dean apoiados no carpete enquanto suas mãos se uniam no topo da cabeça de Castiel, emaranhando-se no cabelo.
Dean sentia as unhas cravando em suas costas, adorando a ardência que elas causavam - nas marcas que deixariam. Castiel afundava as mãos em sua coluna toda vez que Dean movia-se dentro e fora; passando a enfiar com força e quase não saindo do interior do moreno. Ele seguia bruto e num ritmo único, batendo contra as nádegas de Castiel as suas investidas sem trégua alguma, um, duas, três, quantas vezes podia contar e mais.
Num sobressalto, Castiel arregala os olhos e deixa sua voz sair alta e áspera da goela, com Dean acertando mais e mais o nódulo de tecidos dentro dele que o fazia estremecer no mais sutil dos contatos.
Levando ás mãos ao maxilar do moreno, Dean abre apenas um pedaço de suas pálpebras, vislumbrando o anjo inteiramente desfeito debaixo dele. Engolindo seco, o caçador respira fundo, beijando uma vez os lábios do menor:
- Você sente isso?
Dean pergunta num timbre pesado, batendo o ar quente do hálito contra as maçãs do rosto de Castiel. O anjo abre os olhos e os deixa perdidos na bruma esverdeada de Dean; que deixa sua voz resvalar contra a pele vermelha do rosto do moreno outra vez:
- Você sente, Cas?!
O anjo sabe que ele pergunta por temer não mais possuir uma conexão precisa com Castiel, uma vez que sua graça está parcialmente restaurada. Mas não importa que o corpo de Castiel esteja protegido contra feridas, ou que ele seja forte o bastante para erguer um carro, pois a realidade, os seus sentidos e qualquer outra coisa que tornam Castiel um ser angelical são destruídas quando ele está nos braços de Dean.
E para o anjo há apenas os dois presos naquele enlaço, sem nomes ou importâncias; apenas dois se envolvendo num só.
- Eu sinto tudo.
O tom grave e baixo de Castiel responde, e Dean não mais consegue pensar, suspirando uma única vez.
Ele o beija, rouba a língua de Castiel para dentro de sua boca, aumentando a velocidade com a qual se afunda e sai dele. A entrada do moreno o sorve com vontade, querendo impedir a saída de Dean, porém o caçador insistia, forçando o puxão que o presenteava logo depois com a gostosa carne do músculo de Castiel ao redor da sua extensão roliça e estufada.
Tateando com os dedos o abdômen de Cas, Dean logo encontra o que buscava já há alguns minutos, envolvendo o falo de Castiel ao redor de sua mão, passando a bombeá-lo com vontade.
Sua cintura mal consegue acompanhar as moções dos dedos sobre o falo de Castiel, e o moreno é capaz apenas de gemer, de apertar sua abertura em volta de Dean. O caçador perde toda a racionalidade e entregando-se ao prazer da carência; do mais, do egoísmo em querer ter Castiel dessa forma - apenas ele - e mais ninguém.
- Cas.... Você-Eu só quero-
As desconexões das frases de Dean fazem Castiel sorrir pequeno. Ele segura como pode o rosto do caçador o fazendo unir seu olhar ao dele, e na mais terna das vozes responde àquilo que Dean sempre temia em perguntar:
- Seu Dean. Eu sou seu.
O caçador respira fundo, já não mais compreendendo o que devia sentir, ao que devia se submeter - se a culpa ou ao desejo, ao martírio ou o prazer. Ele só sabia que queria afundar em Castiel, e isso devia bastar - isso era tudo do que precisava.
A cintura de Castiel flutua no ar. Os joelhos de Dean ficam apoiados sobre o chão, e o anjo se agarra a ele, sentindo a boca aberta de Dean o beijando no vão de seu ombro e pescoço.
As palmas do loiro se abrem na pélvis do moreno, o fazendo rebolar acima do carpete, o empurrando para cima e para baixo, usando o peso de Castiel para ir dentro e fora, fundo e com força, afundando o músculo, atravessando o anel e se esparramando dentro do moreno. As coxas de Castiel encostam sobre os ombros de Dean ficando à mercê do caçador, aberto a ele e as investidas duras do falo guloso o estocando, enchendo sua abertura com a carne volumosa e quente de Dean até o talo.
Soltando num estouro o pescoço de Castiel, Dean enxerga uma sutíl marca roxa formando-se na pele clara dele, esboçando um rápido sorriso. Ele aumenta a velocidade, deitando sua testa contra o peito do menor e se enterrando nele; açoitando com seu membro o interior do anjo.
- Dean; Deaan! D-Dean!
- Mais.... M-mais, Cas!
Dean pede, quase suplica, como se subitamente o anjo fosse mudar de ideia e o abandonar ali, no meio de seu êxtase, completamente perdido. Mas Castiel não o faz, enlaçando suas pernas ainda mais ao redor dos quadris do caçador, pondo as mãos pesadas contra sua face e deixando o hálito quente bater nas maçãs de seu rosto a cada nova investida do membro de Dean.
- Dean, eu vou-Eu quero!
- Urg! Cas!
- Deaaaaan!
Gemendo, Castiel joga para fora dos pulmões todo seu ar ao sentir a mão quente de Dean bombeando seu falo. Ele está vermelho, inchado, e tão, tão perto, que tudo à sua volta se torna um borrão de imagens e movimentos. Ele tem clareza apenas do cheiro almíscar de Dean e do suor de seus corpos unidos.
Deitando a testa sobre o ombro de Castiel, Dean arfa pesado, ronronando e grunhindo alto cada vez que consegue sentir prazer nas suas estocadas, e com a voz grave ele fala rente ao ouvido do moreno:
- Vou gozar, Cas.... Gozar em você....
- Sim, sim!
Os incentivos de Castiel veem acompanhados da pressão de seu anel sobre a extensão de Dean. Ele se enfia por completo no interior do anjo, sentindo que apenas um pequeno pedaço da base do falo fica para fora quando ele sai, pois o restante permanece esticando o apertado canal de Castiel, o endireitando ao formato do músculo grosso e carente de Dean.
- C-Cas, Cas!
Ao mesmo tempo que Castiel joga a cabeça para trás ele arqueia sua coluna num ângulo de êxtase, sentindo Dean bater contra aquele lugar incrível que os homens possuem dentro de seus corpos. São nas últimas estocadas, nos últimos acordes dos sons de açoite contra sua pele que ele experimenta esta pressão moderada sobre o nódulo de tecidos, e num urro, deixa a mão de Dean molhada com a o jorro que sai numa linha única, uma atrás da outra, grudando-se entre seus abdômens.
Arfando, Castiel respira descompassado, mal conseguindo manter os olhos abertos, porém ele sente Dean enfiando-se fundo nele, não conseguindo evitar novos gritos de prazer enquanto abraça os ombros do caçador ainda mais.
- Vou-eu vou-
Dean grunhe as palavras, empurrando os joelhos sobre o chão indo com seu corpo inteiro para frente, querendo enterrar seu falo ainda mais em Castiel. Quando a base se encosta a entrada do anjo, Dean aperta as pálpebras e geme; as pernas tremendo, e o calor do baixo ventre sendo bombeado até a ponta da glande, onde ele derrama num jato atrás do outro o líquido do gozo.
Castiel geme junto do caçador, entreabrindo os lábios ao ter essa sensação de completude o enchendo; do jorro de Dean entrando e ficando em seu interior, o marcando como seu.
Somente as vozes roucas e o movimento do peito subindo e descendo embala os dois ao final das suas energias. Eles ficam unidos por mais tempo após a agitação dos músculos, recuperando o fôlego e dando pequenos estalos sobre as bocas um do outro.
Quando a nuvem de irrealidade os abandona, os sentidos de Dean retornam pouco a pouco, e o coração dele perde uma batida ou duas.
Há relutância em Dean, quase como uma auto-punição no momento em que ele se depara com os olhos de Castiel o encarando daquela maneira cheia de adoração. Dean morde o lábio inferior e sente apenas culpa por arrastar Castiel junto dele - por deixa-lo ficar ao seu lado - e macular uma criatura antes pura como Castiel, o fazendo seguí-lo ao caminho do inferno.
- Isso não devia acontecer....
Murmura, sentindo sua própria voz se quebrar, repetindo as suas falhas para com Sam, Kevin e Castiel em sua mente. Dean quer ir embora e se enclausurar no seu mundo escuro particular.
Mas ali está Castiel para impedí-lo.
Acariciando a mandíbula de Dean, Castiel resvala os lábios sobre os dele, já inchados e vermelhos pelas mordidas e outras carícias mais. O moreno lhe estala um suave beijo, não deixando de encarar a Dean:
- Somos nós quem fazemos nosso destino, Dean. Lembra-se?
Virando seu rosto, o caçador o fita com a incerteza ainda pairando seu semblante. Dean queria ter todas as respostas. Queria ser capaz de encerrar o sofrimento de todos a quem ousou tocar, e desejava destruir a si mesmo para impedir que mais desse veneno presente na sua alma se espalhe.
- Eu te amo, Dean.
Castiel repete sem medo algum aprisionando a voz, e Dean engole seco, já tão incerto do que devia aceitar, de que podia ser egoísta ao menos uma vez em sua vida e receber esse amor de Castiel. Deitando sua testa contra do moreno ele fecha os olhos, respirando fundo. Porque Dean já não mais consegue se afastar do anjo; ah não. Ele é um covarde por ser incapaz de desistir.
O que Dean Winchester entendia?
Que ele tinha muito trabalho a ser feito. Que apesar das brigas e discussões, ele ama a seu irmão mais do que tudo, e se fosse para mantê-lo vivo repetiria tudo o que fizera, pois jamais perdoaria a si mesmo se deixasse Sammy morrer. E no fundo, Dean sabe que seu irmão faria o mesmo por ele.
Dean compreende que foi treinado para suportar a vida pesada de caçador, para aguentar qualquer golpe que desferissem contra ele. Não há tempo para ficar parado nem se lamentar pelos cantos. A verdade, uma das poucas na realidade de Dean, é que o caçador pode não possuir muitas coisas boas nessa vida, mas ao menos seu irmãozinho está vivo.
Respirando fundo, Dean cobre o corpo de Castiel com o seu, ignorando o suor os grudando no abdômen e outras coisas mais. De fato, ele adora essa mistura crua do seu gosto e cheiro com o de Castiel.
Mordiscando o lábio inferior do moreno, Dean lhe rouba um novo beijo, dessa vez calmo e sem pressa alguma de que aquilo acabasse; pedindo a qualquer entidade que habite no cosmos que aquele pedaço da sua vida não acabasse nunca.
Por que por qualquer razão desviada e absurda desse mundo de improbabilidades, Dean acabou tendo na ponta de seus dedos, do outro lado de seus braços, o calor de Castiel, o recebendo de todas as maneiras. Sobre suas mãos ele remodela a pele de alguém que o enxerga em cada falha, e está tudo bem. Ele sabe que Dean não precisa ser perfeito.
Pela incoerência mais improvável que existe, Dean se entrega à derrota destes sentimentos, a querência e o simples poder de possuir a Castiel. E em meio ao beijo calmo onde rodopia sua língua na do menor, roubando todo o sabor que consegue da boca do moreno, Dean permite-se expirar todas as dúvidas, sabendo que em meio ao caos há ainda um pouco de sanidade nos braços de Castiel.
Dean estica o canto dos lábios enquanto o beija, apertando bem seus olhos e forçando-se a acreditar que ele pode e deve ancorar-se em Castiel.... Porque Dean tem um anjo só dele.
Continua

Não me deixe ir (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora