Capítulo XXXII - O demônio que você conhece

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Essa Fanfic não me pertence, mas eu tenho total permissão para posta-la aqui. A verdadeira autora se encontra no Social Spirit, com o perfil chamado (Yumex). Os votos e comentários são totalmente dedicados a autora. :)
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Cada fragmento de realidade formando-se na frente dos olhos de Dean parecia mais com um pesadelo do qual ele não conseguia acordar por mais que tentasse. O Bunker estava completamente desarrumado. A mistura sutil do ambiente das caçadas com o que viria a ser a casa deles se desfez como poeira sendo soprada por um furacão; um furacão de mentiras das quais Dean é o maior responsável em causar.

O pior de tudo era ver as coisas de Kevin espalhadas pelas mesas, no sofá, ou mesmo no quarto do garoto. Parecia que ele ainda estava ali, rondando o Bunker em algum lugar, escondido ou apenas dormindo após ficar horas a fio traduzindo a Tábua dos anjos....

Maldita Tábua que obrigou um garoto a se tornar uma ferramenta para aqueles babacas emplumados; iguais ao filho da mãe que matou Kevin...

Kevin estava morto.

Ele matou Kevin.

Seu idiota! Ele matou Kevin! O maldito anjo! E agora tudo está uma bela duma porcaria! Porque Dean Winchester tentou carregar o peso do mundo em suas costas outra vez! Porque ele não quis confiar no seu irmão! Ou em Cas! Porque ele se deixou levar pelo medo, acreditando nas palavras de um falso anjo!

Que merda!

Agora Sam estava desaparecido, e o desgraçado daquele anjo ainda teve a audácia de roubar o seu Impala para sabe-se lá onde, e ele e Castiel tinham muito que fazer; muito mesmo!
Dean arremessou os papéis e livros de cima da mesa no chão, chutando e quebrando todo o móvel que via pela sua frente. Era como ele lidava com a perda: sentindo raiva de si mesmo.

Engolindo seco a raiva toda acumulada no peito, Dean respirou fundo uma, duas, três vezes, e mentalmente tudo o que conseguia desejar era que Castiel chegasse logo. Ele precisava da ajuda dele... Ele precisava de Cas.

(...)

A segunda garrafa de whisky foi embora quase pela metade. Dean agradecia, em parte, os anos que passou bebendo após as caçadas, pois o seu corpo ganhou uma resistência quase sobre-humana para o álcool. Veja bem, após quase um litro de bebida e tudo o que ele sentia era um formigamento nos dedos.

A sensação o ajudava a relaxar e a esquecer de todo o resto que acontecia ao seu redor. Kevin estava morto, Sam fora embora possuído por um maldito anjo, e Castiel... Castiel parecia não querer atender as suas preces.... Ele disse que voltara a ser um anjo, então porque ele demorava tanto?

Que se dane. O whisky é seu melhor amigo agora. Só precisava do álcool descendo ardido pela garganta e tudo ficaria bem. Na verdade, ele nem ao menos sentia mais a bebida escorrendo feito brasa goela à dentro, apenas sorvendo mais e mais do líquido até não restar quase anda para tragar. A visão começou a ficar um tanto quanto turva, e Dean podia se lembrar de muito pouco ou quase nada do mundo real, entregando-se ao estado letárgico e inebriado de um bom porre. Era a melhor coisa que ele podia sentir...

A voz distante em ecos de alguém o chamava inúmeras vezes, porém Dean não era capaz de focar os olhos numa única imagem – visto que parecia ter mais de três pessoas na sua frente. Forçando um pouco a vista ao franzir o cenho ele enxergou o rosto de Castiel próximo do dele com as feições preocupadas.

Não me deixe ir (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora