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Vou pintar estrelas no seu teto

Porque você gostaria de encontrar algum sentimento, sim, você

Você sabe que pode me ligar se precisar de alguém

Você sabe que pode me ligar se precisar de alguém

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Eu virei o bastardo do Nicolas.

Estou fodido, estou fodendo e não consigo parar de foder as outras mulheres emocionalmente.

Nicolas tem vinte e cinco anos, mas já tem mais de dezenas de corações acumulados em sua estante do que tio João Pedro tem de brigas.

Tomara que sofra.

A mulher que está em baixo de mim está gemendo e eu sou razão para ela, afinal... Eu sou bom no que eu faço. Entretanto, não sinto mais tanto prazer assim em sexo baunilha, tudo começou a perder a graça quando eu descobri a arte de dominar na porra de um clube de BDSM.

Que quem me levou?

Nicolas.

A mulher goza mais uma vez e eu me questiono se sei o nome dela, me questiono se a mulher ao lado já dormiu ou se está me vendo meter na outra. Por esses mesmos questionamentos, eu saio de dentro da morena e me afasto da cama.

— Deus, você é bom nisso — ela sussurra com sua voz de atriz pornô, como diria Íris, e eu apenas lhe mostro um sorriso, vasculhando o quarto em busca da minha cueca perdida.

— Você já vai? — a loura oxigenada questiona e eu concordo. — Por quê?

— Tenho que trabalhar — agora eu visto minha camisa e elas concordam.

— Deixe seu número — pede a morena.

— Está na bancada — minto, pego minhas chaves junto de meu casaco e saio do apartamento das duas.

Quem eu virei?

Um homem que está procurando acalento no sexo, um idiota que não consegue sentir prazer em outras mulheres direitos e toda vez, toda maldita vez, que eu sinto tesão em algo: é no rosto dela.

Um rosto fino, lábios bem delineados e cabelos castanhos lisos. Puta que pariu, ela parecia ser tão angelical que eu me sinto um pervertido ficando com uma ereção ao pensar nela, mas verdades sejam ditas: ela era gostosa.

E tinha um sorriso lindo.

E está no quinto dos infernos agora, porque simplesmente sumiu e eu nunca mais a vi. A maldição do que aconteceu com os meus pais lateja em minha cabeça às vezes, entretanto eu sequer conversei com a morena de olhos brilhantes, sequer tive um contato maior com ela. Apenas a vi de longe.

Talvez eu esteja louco com tantos pacientes e tantas consultas com pessoas fodidas.

Estou dirigindo para o consultório quando me recordo da pasta com algumas anotações do pacientes de hoje e dirijo para lá. É incrível como eu não ligo para isso, não me irrito com atrasos ou coisas mínimas como meus irmãos o fazem. Não sei se ser psicólogo me ajudou nisso ou é algo da minha personalidade desde sempre.

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora