SEXTO LIVRO DA SÉRIE "FILHOS ROSSI"
Conta a história de Santiago Rossi, filho de David e Sol (do livro DAVID).
"Duas coisas não acontecem da mesma maneira."
PROIBIDO PLÁGIO!!!
Se eu flagrar outro plágio de qualquer livro, vou meter o processo.
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Acho que deve existir um acordo entre Santiago e Miau para ambos sempre acordarem de conchinha. Não tem cabimento, sempre que eu acordo o meu gato está em cima do psicólogo e o homem tem uma mão em cima do corpinho dele. Talvez Santiago era gato em outra vida ou ele era aquele deus egípcio que os egípcios veneravam... Ou então... Bom, há especulações que os gatos são capazes de sentir sua alma, sua luz, sua bondade, através de vibrações do seu espírito. Eu já vi várias cores em Santiago, depende das nuances dele e em qual momento ele se encontra, seja no modo psicólogo, namorado, filho, padrinho, cunhado...
— Estou ouvindo as engrenagens do seu cérebro mesmo daqui — murmura com sua voz grave e Miau se incomoda com o baralho, escorrendo para cair na cama.
— Você era um gato na sua vida passada? — rebato sussurrando e Santiago solta uma risada imediatamente, abrindo seus olhos em seguida e virando seu corpo esguio pra mim.
— Sabia que os gatos representam espiritualidade? — questiona acariciando meus cabelos e eu concordo o encarando. — Quando eu estava na faculdade de Psicologia, pesquisei muito sobre a relação dos animais com os humanos e constatei que gatos seriam os psicólogos perfeitos.
— Por qual motivo? — esquadrinho seu rosto em busca de alguma dica, porém não encontro nada, só um sorriso manhoso de quem acabou de acordar.
— Há quem diga que quem não tem uma boa relação com seu inconsciente, acaba não se conectando com os gatos completamente — explica alisando minha bochecha com seu dedo polegar. — Você tem uma boa relação com seu inconsciente, é nítido o jeito como Miau e você se entendem sem sequer se falar, só está passando por um momento difícil.
— Falando em luto... — engulo em seco e ele passa a me olhar com atenção. — Acha que eu vou cair em lágrimas? De uma hora pra outra? Me trancar dentro do quarto e viver o luto de verdade?
— Isso pode acontecer e isso não pode acontecer. Ou você pode simplesmente superar tudo da fase em que se encontra ou cair numa tristeza enorme em alguma momento... E estará tudo bem de ambas as formas, ok? É a forma como seu cérebro vai lidar com as informações — seu polegar acaricia meus lábios agora e eu concordo.
— É muito bom namorar um psicólogo — digo rindo e ele me acompanha.
— Seria ótimo namorar com uma italiana se ela fizesse pizza todo café da manhã...
— SANTIAGO! — repreendo rindo. — Vou fazer pão pra você...
Me levanto animada enrolada em um lençol e o ouço bufar.
— Pão? Pão normal? — murmura da cama e eu nego. — Como o pão vai ser então?
