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Estou afundando e desta vez

Receio que não haja ninguém para me salvar

Esse tudo ou nada realmente

Tem um jeito de me deixar louco

— Santiago, já passam da meia noite! — minha mãe grita do outro lado da chamada e eu ouço meu pai rindo

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— Santiago, já passam da meia noite! — minha mãe grita do outro lado da chamada e eu ouço meu pai rindo. — Você está drogado?

— Mãe, só me ajuda? — choramingo no meio da calçada.

— Olha aqui, Santiago, você está empatando uma foda.

— Meu Deus! Mas olhem a hora!

— E tem hora pra transar, Santiago?!! — ela grita de volta. — Inclusive você foi feito numa hora dessas, porque já existiam seus irmãos e...

— Ok, eu dispenso os detalhes. Amanhã cedo estou aí — afirmo e desligo o telefone antes que gemidos invadam meus tímpanos.

Entro em meu carro e sigo para casa, abrindo sorriso de tempos em tempos ao lembrar de Allegra. Ela é maluca, meu Deus! Porém ela é sensacional e isso é convidativo, além de ser um enigma aos meus olhos.

Allegra é altamente inteligente, você nota isso com certa facilidade enquanto conversa com ela, no entanto ela também é altamente sem freio e acompanha-la em alguns momentos se torna um desafio. O raciocínio da mulher é avançado, ou eu que estou acostumado com os meus pacientes sempre calmos demais. Mas, Allegra é putamente agitada e ao mesmo que está em um assunto, está em outro. Isso me confunde, mas me diverte e eu me flagro mais impressionado a cada minuto que passa.

Chego em minha casa, tomo um banho e caio na cama após escovar os dentes e lembrar das coxinhas de Allegra.

Eu nunca mais vou comer uma coxinha sem lembrar dela.

[...]

Acordo no outro dia completamente animado para aprender a fazer coxinha com dona Sol, no entanto recebo uma mensagem dizendo para passar na casa de meus pais à noite. Reviro os olhos, mas aceito e cumpro com todas as minhas atividades diurnas.

Inclusive ir para a academia e perder a paciência com Nicolas.

— Mas aí, então você encontrou ela?

— Sim, Nicolas — respondo impaciente.

— E como ela é?

— Alegre.

— Qual é, Santiago, me fale o tamanho da bunda dela? Ela é alta? Baixa? Morena? Gostosa?

— Eu não vou falar de uma mulher que eu quero pra você, Nicolas. Você é um idiota — reclamo e me sento em um dos aparelhos de malhar, ele se posiciona ao meu lado cruzando os braços.

— Cara, nós temos que agir como irmãos. Heitor e Valentim são mais irmãos que nós dois somos, eu quero superar eles — ele argumenta e eu reviro os olhos.

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora