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Minha mente é um lugar do qual não posso fugir do seu fantasma

Minha mente é um lugar do qual não posso fugir do seu fantasma

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Ela está gemendo.

Aí meu Deus.

Ela está gemendo e ainda por cima em italiano.

Oh mio Dio, è davvero buono! — eu quase solto um gemido junto com ela de puro tesão agora, ainda mais quando o catupiry da coxinha escorre para seu queixo e ela limpa com um dedo...

E chupa o dedo.

Misericórdia, eu preciso me controlar.

O cérebro envia mensagens para o corpo, mas nesse momento é o meu pau que está enviando mensagem para o meu cérebro.

— Essas comidas brasileiras são tão deliciosas — ela murmura com a boca cheia e termina de comer o último pedaço, gemendo mais uma vez.

Allegra termina de mastigar e por um instante eu me questiono se aguentaria ficar dentro dessa mulher cinco minutos sem gozar, porque como já diz ela... MIO DIO!

— Não vai comer a sua? — questiona me encarando. — Eu vou pedir outra.

— Peça, é delicioso — ela concorda, não entendendo o duplo sentido da minha resposta.

Ela chama o garçom e pede, porém dessa vez ela pede duas e eu não sei se a outra é pra mim ou pra ela. Se for pra ela eu já declaro que David Rossi vai adotá-la como nora mais fácil do que eu imaginava.

— Teve um orgasmo? — pergunto enquanto ela aguarda ansiosa.

— Tive vários — responde rindo e beberica seu refrigerante. — A culinária italiana é extremamente sem sal quando comparada com a brasileira. Eu nunca tinha experimentado uma explosão de sabores assim, porque tem a massa, tem o frango, tem o tempero e ainda tem esse creme branco delicioso. Nós, italianos, sabemos fazer massa como ninguém, mas esse recheio não daria certo nunca.

— Eu sei fazer o recheio. Quer marcar um dia de você fazer uma massa de sua preferência e eu o recheio? — proponho e ela concorda.

— Vai ficar mais que um orgasmo — diz empolgada e eu abro um sorriso ao fitar seus olhinhos brilhando. — Vai ficar uma explosão orgástica!

— Meu Deus — engasgo rindo e ela me acompanha. — Você é muito criativa.

— Eu sou artista. Será que daria certo eu vender... Coxinhas? — ela esquece o inglês agora e puxa o nome do alimento mais para um italiano, o quê ficou mais como uma "cozinhax". — Presta atenção...

— Estou prestando — respondo enquanto abocanho a minha cozinhax.

— Se eu vender isso em padaria é errado? É algo um pouco pesado, porém é delicioso e as padarias ficam abertas até quase de noite. Eu acho que daria certo, o quê você acha? Como brasiliano — ela está me atropelando desde que nos encontramos, falando sem parar um único segundo. — Você disse que estava prestando atenção.

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora