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Por quanto tempo vou ficar com você?

Por tanto tempo quanto o mar esteja encarregado de

Lavar a areia

— Allegra, meu Deus, isso é perfeito — murmuro com a boca cheia de bolo e ela, a chefe de cozinha e o outro chefe, me encaram esperançosos

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— Allegra, meu Deus, isso é perfeito — murmuro com a boca cheia de bolo e ela, a chefe de cozinha e o outro chefe, me encaram esperançosos. — Podem colocar pra vender, meu Deus... É perfeito.

— Acha que está bom mesmo? — minha namorada pergunta empolgada e lança um sorriso aos seus funcionários.

— Está perfeito e não está tão doce, é bom para as pessoas que querem tomar um café também — sussurro terminando de comer a torta que eles fizeram. — Tem outro pedaço?

Rindo, um chefe se vira e a mulher acena positivamente antes de sumir, Allegra bate palminhas beijando minha bochecha.

— Eu pensei em trazer o Nicolas, mas ele comeria tudo — ela diz sentando ao meu lado e passando seus braços em volta do meu pescoço. — E também ia gostar de tudo.

— Nicolas se você der uma pedra suja de chocolate, ele come e pede outra — brinco beijando seu rosto e ela solta uma risadinha. — Mas está realmente bom, Allegra. Seus chefes são excelentes.

— Na verdade... Essa receita é minha — ela explica e eu encaro seus olhos com atenção. — Minha avó fazia e eu tentei reproduzir, mas faltavam alguns ingredientes e eu os completei agora... Os chefes anotaram tudo e viram, então provaram e colocaram ou tiraram o que acharam necessário.

— De qualquer forma, os créditos são seus — seguro seu queixo antes de desferir um selinho em seus lábios e vejo um sorriso se formar. — Eu amo quando você sorri assim.

— Eu amo quando você surge do nada — responde me fazendo soltar uma risada e em seguida abre os olhos castanhos. — Teve um orgasmo?

— Estou pensando em outros já — murmuro esquadrinhando seu rosto com os olhos e mais um pedaço de torta é colocado na mesa, eu agradeço o chefe e ele some envergonhado.

— Phillip é italiano — ela observa pegando uma colher pra si. — Entende pouco do que você fala e não sabe falar quase nada.

— Sério? Por que não me falou antes? — pergunto. — Fiquei falando em inglês aqui atoa?

— Pare com isso, você não falou atoa... — revira os olhos e eu respiro fundo.

— Allegra, eu preciso te dizer algo também, antes que eu esqueça ou perca a coragem — anuncio quando ela enfia um pedaço de torta e me encara curiosa. — Eu conversei com a minha mãe hoje de manhã e... E nós achamos melhor as suas terapias comigo se encerrarem.

— Perdão? — agora ela está mastigando calmamente, como se suas mandíbulas estivessem no ritmo de processamento do seu cérebro. — Não entendi.

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora