SEXTO LIVRO DA SÉRIE "FILHOS ROSSI"
Conta a história de Santiago Rossi, filho de David e Sol (do livro DAVID).
"Duas coisas não acontecem da mesma maneira."
PROIBIDO PLÁGIO!!!
Se eu flagrar outro plágio de qualquer livro, vou meter o processo.
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— Eu não tenho a menor ideia do que dizer — Allegra murmura depois de controlar os soluços. — Eu queria poder dizer pra ele que eu o perdoo, eu queria conhecer a psicóloga dele. Ele tem uma psicóloga, igual eu tenho um psicólogo. Não sei, talvez seja coisa de Pellegrini e todos nós precisamos de psicólogos. Meus filhos precisam de psicólogos, meus...
— Mãe — Poli segura o rosto de Allegra com as duas mãozinhas. — Respira.
— Eu vou voltar para os demônios — Nicolas se coloca de pé limpando umas lágrimas. — Esse é o momento de vocês.
— Eles estão bem? — pergunto e ele concorda.
— Quebraram a penteadeira do quarto de Bethânia ontem — eu arregalo os olhos. — Estão bem, não se cortaram.
— São seus filhos — afirmo.
— É... Eles são — concorda dando de ombros. — Depois titio volta, ok, passarinho?
— Ok, titio — Poli concorda. — Vou deixar meu bolo pra você comer.
— Amanhã mesmo então eu venho aqui — ele responde rindo e beija a testa de Allegra antes de sair. — Alô, inferno! O dono está chegando!
— Poli, você pode deixar o papai conversar com a mamãe sozinho por algum tempo? — pergunto e ela concorda descendo do sofá.
— Igual uma terapia? — rebate com suas bochechas gordinhas e eu concordo.
— Igual uma — confirmo e ela vira as costas com suas perninhas curtinhas, correndo assim que ultrapassa um sofá. — NÃO CORRE!
— Estou voando!!! — grita de algum lugar e Allegra solta uma risada disso.
— Só a Poliana pra dizer algo do tipo — murmura caindo deitada em meu colo e eu suspiro fundo antes de acariciar seus cabelos. — Eu queria poder dizer a ele que o perdoo, Santi. Que eu também sempre vou amar ele... Que...
— Eu sei — concordo colocando uma almofada em baixo da sua cabeça e ela vira seus olhos pra mim. — Eu sei que você queria fazer isso tudo, meu amor. Mas, você tem que ter calma agora. Ok? Henrico está se redescobrindo, está vivendo uma vida em liberdade pela primeira vez, está amando, Allegra. Ele precisa disso. Precisa de um tempo. Precisa respirar.
— Está dizendo para eu não ir falar com ele? — pergunta chorosa e eu nego.
— Estou dizendo para respeitarmos o espaço dele — sugiro. — Envie outra carta, um e-mail, não sei... Tenho certeza que Nico ou Jade podem encontra-lo de alguma forma. Escreva o que quiser, coloque seus sentimentos pra fora, eu tenho certeza que ele vai se sentir bem sabendo que você o perdoa.
— Você o perdoa? — sussurra e eu ligo algumas lágrimas que desciam de seus olhos.
— Ele nunca fez nada para mim, ele fazia mal para você e por isso eu tinha raiva dele. Mas, hoje, já se passaram muitos anos, nós dois amadurecemos, temos filhos... Enfim, nossas atitudes mudaram. Nós mudamos — ela abre um sorriso balançando a cabeça afirmativamente. — Hoje eu sei a verdade sobre seu irmão e sei que você sabe também. Então, se você o perdoa, eu o perdoo.
