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Eu não quero que você vá embora

Pode pegar a minha mão?

Pode pegar a minha mão?

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Estou puto. Estou além de puto e não sei lidar com essas situações ou esses sentimentos de raiva.

Eu não liguei para Allegra ontem à noite e quando tentei hoje de manhã ela não atendeu. Já liguei, já mandei mensagens, já pedi o número da amiga dela ao Nicolas e sequer aquela mulher sabe onde Allegra está.

Eu estou tomando por um sentimento ruim, sentimentos que me avisam que eu fui tolo em pensar que teria Allegra somente para mim, que eu fui tolo em achar que só em dormir com ela eu a teria cem por cento. Acontece que o quê sinto perto de Allegra vai muito além de um simples tesão; o quê eu sinto por aquela italiana começou faz cinco anos e eu ainda não definir o quê é.

Eu não sei definir nada que esteja relacionado a Allegra e isso me deixa muito puto.

Começo a me levantar para ir ao consultório, tomado pela derrota, quando meu telefone começa a apitar insistente atrás de mim.

Número desconhecido.

— Santiago Rossi, quem está falando? — digo e ouço um bater de panelas atrás.

— MUITO SANTIAGO MUITO ROSSI! — a voz de Allegra invade meus ouvidos e primeiro eu suspiro aliviado, mas depois começo a rir dela. — Me perdoa? Me perdoa de verdade, eu não consegui te ligar e depois o meu aparelho acabou a bateria! Por favor, me perdoa e me dê mais orgasmos?!!! Eu estou nas padarias desde ontem e nós tivemos um problema de negócios, então eu passei a noite acordada aqui e só me atentei agora que você tinha sumido. Você está bem? Pensou que o número estranho fosse um sequestro? Santiago, me perdoa.

— Allegra, respire — peço e a ouço respirar, como se estivesse realmente muito desesperada. — Está tudo bem, eu estou bem sim. Você está bem? Você já se alimentou?

— Claro, estou em uma padaria — responde como se eu fosse tonto e depois eu ouço sua gargalhada. — Eu irei embora daqui alguns minutos e colocarei meu telefone para carregar, mas não se preocupe que eu estou bem, ok? Me perdoa?

— Allegra... — reviro os olhos rindo. — Eu não tenho nada que te perdoar, são negócios. É o seu trabalho e esse tipo de coisa acontece mesmo, eu seria um idiota se procurasse badernar sua vida por um motivo tão... Tão fútil quando esse.

— Vai me dá mais orgasmos?

— Quantos você quiser.

— MUITO SANTIAGO MUITO ROSSI MESMO! Jesus tenha pena de mim! Santiago, quê que eu fiz pra te ter? — ela pergunta e eu reviro os olhos enquanto caminho até o banheiro. — Fico feliz que você entenda o meu lado, apesar de ser ciumento.

— Sim, eu já estava pensando que você estaria com outra pessoa.

— Mas isso é insegurança...

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora