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Meu bem, eu escalaria os Andes, apenas

Para contar as sardas do seu corpo

Nunca poderia imaginar que havia

Dez milhões de formas para amar alguém

Dez milhões de formas para amar alguém

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Eu estou extremamente preocupado.

Será que deixar Allegra e Arabella sozinhas foi algo legal, prudente e sensato de se fazer?

Eu penso que não, ainda mais quando Allegra me liga completamente drogada de cafeína.

— Santiago, Santiago, Santiago, Santiago... — ok, meu nome é grande e o fato dela ter o dito três vez em um segundo ou menos já está me assustando. — Arabella acaba de ir embora daqui e eu dei conselhos sexuais pra ela, há algum problema nisso? Digo, ela é virgem e eu achei necessário deixar alguns pontos claros, ainda mais agora que ela está se apaixonando e... Enfim, você é primo dela e a conhece melhor do que eu, acha que ela gostou de mim? Acha que ela vai voltar aqui? Nós fizemos algo sensacional para a minha sala, depois de amanhã iremos em um ateliê de tecidos e...

— Você falou sobre sexualidade com a Arabella? — interrompo antes que meu cérebro exploda.

— Falei. Ela falou que a família de vocês não tem nenhum tabu quanto a isso, mas nós não falamos sobre quase nada. Eu juro. Eu só disse para ela tomar uma atitude referente a algumas coisas, como, por exemplo, partir para cima do homem que ela quer — eu começo a rir assim que ela diz isso.

— Arabella não fará algo assim, ela é bem tímida e quietinha — pontuo ainda rindo.

— Ah, não? Quer bater uma aposta que ela perde a virgindade ainda essa semana? — isso me pega completamente de surpresa, ainda mais por ouvir o tom de desafio na voz de Allegra.

— Allegra, Allegra, Allegra...

— Santiago, Santiago, Santiago... — ela usa o mesmo tom repreensivo que eu. — Acredito que você ainda está trabalhando, mas eu sequer sei dos meus negócios. Dio mio! Que tipo de empresária eu sou? Esqueci completamente da minha vida, isso é culpa dos MUITO Rossi MUITO Legais! Ouça, irei trabalhar e amanhã nós nos vemos, então?

— Que pena, eu tinha planos para provarmos alguns vinhos de sua adega hoje — digo e ouço a risadinha nervosa dela. — Mas, tudo bem. O quê quer que façamos amanhã?

— Vamos almoçar juntos? — ela propõem.

— Almoçar, Allegra? Depois da janta de ontem? — implico e ela dispara a tossir do outro lado. — Allegra?

— MUITO Rossi MUITO Sincero! — ela exclama e eu solto uma risada. — Tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem...

— Allegra... — a interrompo rindo mais ainda.

— Nós iremos só almoçar, Santiago. Está me ouvindo? Só almoçar — diz e eu concordo.

— Foram cinco anos, Allegra. Só almoçar não encherá minha barriga e muito menos matará minha fome.

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora