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Você está procurando por respostas em um lugar desconhecido

Você precisa dessa conexão, mas não consegue se aproximar

Você precisa dessa conexão, mas não consegue se aproximar

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— JESUS CRISTO! — ela grita e cobre as mãos com a boca. — Me perdoa, e-eu... Eu pensei que fosse...

— Está tudo bem — respondo e respiro fundo, há algumas pessoas nos olhando com curiosidade e quando eu apenas me mantenho calado, algumas se dispersam.

— Eu juro que eu não queria fazer isso, sério. Eu pensei que fosse outra pessoa, o homem que estava perturbando minha amiga há minutos atrás. Ele é o ex namorado dela e é um pé no saco, mas eu juro que se soubesse que não era ele eu não teria feito isso. Por favor, me perdoa. Me perdoa. Me perdoa — ela diz isso tudo em uma velocidade assustadoramente rápido e eu me flagro franzindo o cenho. — Diz alguma coisa, estou começando a ficar muito, muito, muito assustada.

— Eu sou psicólogo — digo de repente e ela começa a rir muito. — Isso significa que eu sei por qual motivo você me deu um tapa, assim como também sei que está verdadeiramente arrependida.

Ela para de rir.

— Uau — diz e a amiga dela revira os olhos. — E por que?

— Você quer mesmo saber? — questiono e ela concorda, com seus cabelos lisos castanhos balançando conforme ela sacode a cabeça. — O cérebro da gente é capaz de criar mecanismos de defesa quando passamos por uma situação estressante. Por exemplo, já se assustou com a chegada de alguém após ter discutido com outra pessoa ou ficado com medo de ser assaltada?

— Sim.

— Então, é o mecanismo de defesa. Seu cérebro manda boas doses de adrenalina para seu corpo e você fica tão eufórico que qualquer coisa pode te fazer correr, gritar, se assustar ou até mesmo agredir outras pessoas. Eu vi a situação que viveu poucos minutos atrás e sei que é compreensível o seu estado agora — ela apenas fica me encarando em choque e eu suspiro fundo com a imagem do rosto dela novamente.

Deus, cinco anos esperando para encontrar essa mulher e agora ela está bem aqui na minha frente... E eu estou tagarelando sobre algo da psicologia e agora ela curiosa quanto a mim.

— Quem é você mesmo? — questiona mudando o assunto.

— Santiago. Sou o Santiago — estendo a mão em educação e meu rosto formiga pelo tapa.

— Eu sou Allegra. Me desculpa mais uma vez por... — ela aponta seu queixo para meu rosto. — Espero que esse vermelho saia logo.

— Seu nome é...

— Esquisito?

— Diferente e bonito — ela arqueia as duas sobrancelhas e aceita minha mão estendida.

— Obrigada.

— Disponha.

— Então, você vem sempre aqui?

SUCIATA (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora