Um voo para o amor - YOONMIN

Capítulo XXIV

Oiiiii

Será se ainda tem gente por aqui? Espero que sim.
Caramba dessa vez demorou bastante misericórdia. Enfim saiu o bendito POV do Jungkook. O capítulo sendo narrado por ele espero que consigam perceber as diferenças.

12k de palavras 😒

Tô esgotada.

Nesse capítulo vai ter menções ao luto, ataque de pânico e raiva. A cena não está narrada em demasia angustia mas se a leitura em algum momento não te fizer bem pare, imediatamente.

Boa leitura 💜

Jeon Jungkook

"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes."

— O Pequeno príncipe.

Durante toda a minha infância a coisa que eu mais temia eram as aulas de literatura. Porque eu precisava ler um livro que não tinha figuras? 'Pra que um livro com mais de cem páginas? É uma bíblia?

No auge dos sete anos Jin e eu bolávamos planos de matar as aulas de literatura e ir para a minha casa jogar videogame. Privilégios da baixa estatura e agilidade que só o corpo de uma criança teria.

Era certo, duas quartas no mês fazíamos essa proeza, o suficiente para não sermos descobertos e chamarem os nossos pais. Vovô sempre me elogiava com o quão esperto e astuto eu era, apesar da pouca idade.

A habilidade com números esteve presente comigo desde a infância, eu amava como funcionava a exatidão e a forma como se tornava tão fácil perceber onde encontrava-se o erro de uma problema bobo, distribuído para que as crianças usassem o raciocínio lógico.

Mas aí aconteceu.

Aconteceu ele.

O problema dado a mim que facilmente não seria resolvido.

Naquela manhã de fim de inverno, uma das quartas em que eu dava a Sra. Kim a satisfação de nos ter presente em sua sala de aula, ele chegou.

Pequeno e bochechudo, os olhos miúdos e um cabelo amarelo tão brilhante que contrastava com o cinza nebuloso daquela manhã invernal.

— Crianças deem as boas vindas ao nosso mais novo aluno, Park Jimin. — A Sra. Kim ditava enquanto a destra ia até o ombro do pequeno deixando um aperto em encorajamento.

— Seja bem vindo! — Um coro se estendeu pela sala. O loirinho ruborizou enquanto agradecia timidamente.

E assim deu-se continuidade à aula em que a Sra. Kim mais uma vez recomendaria um livro chato e entediante, numa turma que almejava poder pular a janela e ir brincar na neve. A bola da vez era um livro de capa branca, com uns desenhos e uma criança loira que pareciam ter sido feitos por um bebê. O Pequeno Príncipe.

A atividade consistia em nos unirmos em trio para ler o bendito do livro e apresentar para a turma o que entendemos. Já pensava na terceira pessoa que eu iria chamar para a minha equipe, pois já estava certo de que Jin e eu estaríamos no mesmo grupo, quando o novato interrompeu os meus pensamentos.

— Sra. Kim e quem já leu este livro? — Ele perguntou com as bochechas vermelhas em vergonha, já que todos os alunos pararam o que faziam para olhá-lo.

— Ora tenho certeza que será ainda mais fácil para que consiga entrar em algum grupo e entregar uma boa apresentação, certo? — a professora o lançou com um sorriso acolhedor.