Capítulo III

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Park Jimin

Eu estava apavorado.

Minhas mãos não paravam de tremer, e eu estava preocupado que estivesse suando o suficiente para cheirar mal.

Além disso, já havia passado tempo suficiente no banho, os nervos se negavam a reagir aos efeitos do banho morno, e enfim relaxar.

Apertei minhas mãos e andei de um lado para o outro no quarto de hotel. Eu escolhi um quarto agradável em um andar alto com uma vista deslumbrante do rio. Não que eu pudesse ver muito agora que estava escuro, mas tinha sido bonito antes do pôr do sol. Agora se via apenas as luzes da cidade.

Parei de andar e fechei as cortinas. Ninguém precisava assistir ao que certamente seria um desastre total. Outro bom motivo para eu ter estabelecido a regra de não falar. Com sorte, impediria que o homem perguntasse qual era o meu problema.

Além disso, não queria que ele perguntasse sobre minha experiência ou a falta dela. Minha esperança era... De alguma forma, encobrir meu status de virgem, agindo como se eu soubesse o que estava fazendo.

Eu não sabia o que estava fazendo.

Graças a Deus pelo Google. Graças a Deus, existe internet! Inferno, graças a Deus por Grindr se fosse para ser honesto. Não importa o quão idiota eu serei hoje à noite, eu nunca mais precisaria ver o cara e ele nunca saberia meu nome verdadeiro. Eu até tranquei minha carteira e outros itens de identificação pessoal no cofre do hotel, só por precaução.

De maneira vergonhosa, eu também mandei uma mensagem para Seokjin e disse a ele onde estava, caso eu fosse assassinado ou sequestrado. Ele me perguntou por que eu nunca o usei como contato antes e contei mais mentiras, dizendo que nunca precisava de apoio até uma má experiência no mês anterior. Então, é claro, ele queria me perguntar tudo sobre. Eu murmurei algo sobre uma bala que não funcionou muito bem comigo e desliguei.

Eu nem sabia se os caras usavam, e com certeza sabia que eu era dito muito idiota para ser um enfermeiro e fazer uso desse tipo de droga. Jin provavelmente ligou imediatamente para Jungkook para perguntar sobre minha experiência ruim com o tal doce. Mesmo agora, Jungkook poderia estar tentando me ligar para ter certeza de que eu estava bem.

Corri em direção ao armário para tirar meu telefone do cofre, mas tropecei no meu próprio pé no caminho até lá e bati contra o móvel da TV machucando o quadril com o impacto.

— Foda-se — xinguei, olhando para a peça com desdém. E foi aí que houve uma batida na porta.

Coloquei uma mão na minha boca para não gritar. Era tarde demais para cancelar? E se eu estivesse tão nervoso que não pudesse me interessar? E se...

Ele bateu de novo.

Ai céus. Está acontecendo.

Respirei fundo e caminhei em direção à porta com a maior confiança que pude fingir ter. Depois de lançar um último olhar por cima do ombro ao espelho na parede oposta a porta, peguei a maçaneta e abri.

Meus olhos nunca tinham sido presenteados com tal visão.

Eu pisquei e fiquei surpreso ao vê-lo ainda parado lá. Alto, forte, bonito como o inferno. Ele tinha cabelos pretos escuros como à noite e estava vestido com um casaco de lã escura por cima de uma camisa também preta de botão aberta na gola. Eu podia ver parte do seu peito liso no decote da camisa e um proeminente pomo-de-adão. Eu queria lamber. Eu queria cheirar. Eu queria subir em seu corpo grande e implorar para ele me tocar. Meu estômago revirou. Isso foi algo inesperado.

Meu queixo também caiu e talvez a baba tenha escapado também. Bem quando eu estava prestes a dizer ao homem que ele estava no quarto errado, ele estendeu a mão para apertar minha mão, mas depois a puxou para seus lábios para um beijo. Ele prostrou-se a soltar beijos suaves na parte interna do meu braço até que ele estivesse perto o suficiente para alcançar um braço em volta da minha cintura e me puxar para um beijo real.

Um voo para o amor - YOONMINOnde histórias criam vida. Descubra agora