O preço de um amor selvagem

Capítulo 6

Dia seguinte
.
.
.

Simone Tebet

6:45 da manhã, e eu já me encontrava acordada, preparei o café da manhã, tomei um banho e depois fui chamar a Soraya, para irmos para o trabalho logo mais. Entrei no quarto e ela dormia feito um anjo, estava deitada de bruços, com o lençol que cobria um pouco acima da sua bunda. Eu era uma mulher de sorte. Fui até ela, e comecei a depositar beijos no seu ombro, rosto, para acordá-la. _ Ei amor, vamos acordar? Já está na hora, daqui a pouco precisamos ir para o escritório... já preparei o nosso café_ ela logo se mexeu resmungando algumas coisas. Até se virar pra mim.

_ Oi amor, bom dia_ era tão linda quando acordava. _ Eu não sei se vou conseguir ir para o trabalho hoje amor_ ela me disse e eu logo fiquei preocupada.

_ Por que amor? Não está se sentindo bem?_

_ Por um lado eu tô bem, é que eu tô um pouquinho dolorida sabe? Não sei se consigo andar direito hoje amor..._ ai meu Deus, será que eu a machuquei ontem?

_ Onde está sentindo dor amor?_ e ela logo me disse onde, mas avisou que eu não a machuquei, mas estava se sentindo assim porque fazia um tempinho que ela não me dava o de trás. _ Então fica amor, não precisa se preocupar, eu dou conta de tudo. Fica e descanse hoje._ fui tomar meu café, ela ainda não queria. Terminei, limpei as coisas, terminei de me arrumar e voltei no quarto para avisar que já estava indo. _ Amor, eu já vou indo tá bom? Qualquer coisa pode me ligar que eu venho correndo ok?_ minha vontade era poder ficar com ela, mas hoje eu não podia, tinha dois casos para resolver.
Lhe dei um beijo e saí.

__________________^^_____________________

Soraya Thronick

Me acordei com o toque estridente do interfone lá da cozinha. Saí devagar da cama, a dor ainda não tinha passado totalmente, estava andando como uma menina que acaba de perder a sua virgindade, por isso quis ficar em casa, não queria ninguém no trabalho me olhando torto, imaginando mil e uma coisa. Quando cheguei no andar de baixo, voltou a tocar de novo. _ Alô? Ah, oi seu Luís, bom dia... sim sim, ah claro, eu entendo, já já eu desço para ir buscar, obrigada._ Tudo que eu não queria era sair de casa, nesse estado que estou, mas tive que ir buscar umas encomendas que haviam chegado, ele não pôde subir porque está muito ocupado. Vesti um vestido qualquer e sair para pegar o elevador. As portas já iam fechar quando alguém gritou, pedindo para esperar, era a nossa vizinha. _ Obrigada_ ela falou. Não demorou muito para ela falar algo. _ Da próxima vez gema mais baixo querida, tem gente que precisa dormir_ oi??

_Desculpe, está falando comigo?_ me fingi de desentendida.

_Só está eu e você aqui não é? Então sim, estou falando com você. Pra quê esse escândalo todo? Ela soltou as perguntas pra cima de mim, e eu já estava me sentindo envergonhada.

_Desculpa se a minha mulher sabe me comer tão bem assim_ me limitei a falar apenas isso.

_Você não tem vergonha não? De falar uma coisa dessas?_ eu já estava perdendo a paciência.

_E você não tem vergonha de se incomodar com a vida íntima das pessoas?_ antes que ela respondesse as portas se abriram, e eu logo saí, sem nem ligar para o que ela ficou falando. Peguei as encomendas e subi novamente. Que bom que o seu Luís não percebeu ou fingiu que não percebeu a forma que eu estava andando, para me encher de perguntas também. Cheguei e coloquei as coisas em cima da mesa de centro da sala, e voltei para o quarto novamente. Coloquei um blusão da Simone e fiquei só de calcinha, logo me deitei. Já estava pegando no sono quando a Simone ligou por chamada de vídeo.