Capítulo 15

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Soraya
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_Vamos Soraya, mais rápido amor_ Simone gritava do andar de baixo, ô mulher apressada. Ainda tava tentando colocar meus sapatos quando ela gritou de novo, fui descendo com eles na mão, quem já estava ficando estressada era eu.

_Poxa Simone, calma... Ainda nem coloquei o sapato caramba._ me sentei no sofá para colocá-los e ouvi ela bufar.

_Soraya, você que demora pra se arrumar, não reclame._

_Você que é culpada Simone, inventou de transar na hora do banho, com tal de rapidinha, então não vem me apressar, você que nos atrasou_ olhei pra ela e a vi revirar os olhos.

_Mas você gosta né Soraya?_ ela tava me olhando agora de jeito safado. Terminei e me levantei.

_Poxa Simone, nem comi nada, com fome amor_ ela ainda comeu algo, pois terminou seu banho primeiro, já eu, me lasquei, agora tô com fome. _Vamos, sua apressadinha_ fui saindo na sua frente mas ela me puxou.

_Fala direito comigo soso, que eu te faço gozar aqui mesmo nessa sala, aí nos atrasaremos mais ainda_ piscou pra mim e me deu beijo. _Compro algo pra você no caminho_ Quando íamos chegando próximo o elevador, ela disse que tinha esquecido as chaves do carro.

_Me apressou tanto que se esqueceu das chaves_ ela ficou mais estressada ainda.

_Você me deixa louca Soraya_ e eu era culpada agora?

_E você culpa a mim? Eu não tava apressando ninguém não_ cruzei os braços demonstrando minha indignação.

_ Soraya, segura aí o elevador que eu volto_ ela foi e eu fiquei esperando ela, quando o Carlos entrou, eita que Simone ia se estressar de novo.

_Oi vizinha._ sorriu pra mim de forma gentil e já ia apertar o botão para descer, mas eu impedi, avisando que estava esperando a Simone. Ele entendeu e ficou esperando também. _A noite é agitada no 411 não é mesmo?_ ele não tinha nem vergonha de falar isso? Antes que eu respondesse a Sisa chegou, já estava de cara feia pro tal Carlos. Ela apenas respondeu seu bom dia e ficou atrás de mim, me puxou mais para si, segurando firme em minha cintura. Ele apertou o botão e começamos a descer. _Então, como eu ia dizendo pra sua mulher, a noite é agitada no 411 não é?_ eu só queria ir pro meu trabalho, e não falar da minha vida íntima.

_Eu sei dar o prazer certo pra minha mulher, levo ela todas as noites ao céu, se é que me entende._ ela piscou pra ele e sorriu, um sorriso forçado. Coloquei meus óculos, eu já tava ficando vermelha de vergonha por esse assunto.

_Ah sei como é. Dá pra perceber isso pelos gritos que ouço_ ele deu uma risadinha e abaixou a cabeça. Puta que pariu, ele não tinha vergonha mesmo? Já tava vendo a hora que a Simone ia pular em cima dele.

_Eu sei como dar prazer de verdade em uma mulher, não é amor?_ os dois olharam pra mim, agora pronto, sobrou pra mim.

_Será que dá pra parar de falar sobre nossa vida íntima, acho que só diz respeito ao casal, não é mesmo?_ ele ficou um pouco sem jeito e apenas concordou. Ouvi Simone dar uma risadinha, me puxando mais ainda, me fazendo encostar minha bunda na sua pélvis.

_Vocês trabalham de quê?_ ele puxou assunto novamente. Simone quem respondeu, e explicou melhor.

_E você, trabalha com o quê?_ dessa vez eu que perguntei.

_Sou personal trainer, consegui um emprego na academia que fica próximo ao shopping._ eu sabia onde ficava. _Se estiver interessada em fazer algum exercício, posso te passar o meu contato, ou de outros profissionais que trabalham lá._ falou de forma gentil.

_Ela não vai querer não, obrigada. Ela faz alguns exercícios em casa mesmo, então não precisa._ ele pareceu se interessar pois virou pra gente novamente.

_A é mesmo? que tipo de exercício você faz?_ que a Simone não diga o que eu estou pensando.

_Agachamento. Todas as noites, não é amor?_ puta que pariu, eu já tava quase querendo voltar pra casa, e a droga do elevador nada de chegar.

_Entendi. E você faz acompanhamento?_ Simone respondeu de novo.

_Eu sou a personal pessoal dela, o tipo de agachamento que ela faz precisa somente do meu acompanhamento._ ok, acho que agora ele deve ter entendido, pois se calou e não perguntou mais nada. E enfim chegamos no andar que dava para o estacionamento do prédio, ele também veio, seu carro estava ali. Simone continuou com sua mão em minha cintura, entramos e ela logo deu partida.

_Puta merda Simone, não acredito que fez isso_ agora eu podia colocar pra fora a minha raiva. Ela apenas me olhou rápido e voltou sua atenção para o trânsito.

_Que foi amor?_

_Você ainda pergunta Simone? Por que ficou falando da nossa intimidade? Me expondo desse jeito?_ ela simplesmente começou a gargalhar, como se eu tivesse contado uma piada. Tirou uma mão do volante e colocou em minha coxa, onde apertou. Ela não ia fazer algo em mim ali no carro, não é mesmo?

_Relaxa minha estressadinha. Isso é pra ele aprender a não se incomodar mais com a vida íntima das pessoas._ tentei ficar mais calma, esquecer do ocorrido mais cedo. Ela começou a puxar outros assuntos, e fomos conversando durante o caminho, até chegarmos no escritório. Quando entramos vi a Leila vim na nossa direção.

_Aqui Simone, os papéis que mandou eu imprimir_ entregou uma pasta para ela.

_Obrigada Leila. Eu vou pra minha sala amor, qualquer coisa me avisa bom?_ me beijou e pegou o elevador para o seu andar. Eu iria subir logo mais.

_Deu tudo certo Soraya, com os exames?_ do que ela estava falando? Olhei para ela um pouco confusa.

_Perdão, não entendi_ ela deu um sorrisinho sem graça.

_É que ontem a Simone, durante uma reunião que estávamos tendo, parecia estar nervosa sabe?_ eu só ia concordando com a cabeça. Ela continuou. _Eu perguntei se estava tudo bem, e ela me falou que queria saber dos exames que você iria fazer ontem, queria voltar logo pra casa, pra saber como você estava._ eu vou matar a Simone, puta que pariu. Fingir normalidade.

_Ah claro. Sim, deu tudo certo Leila, obrigada pela preocupação_ que ingênua a Leila era.

_Magina. Bom, vou pra minha sala, bom trabalho linda_ eu desejei o mesmo e fui para a minha, que ficava no andar de cima também, próxima a sala da Simone. Quando cheguei, deixei minhas coisas e fui para a sala dela. Abrir a porta sem nem pedir licença. Ela odiava isso, mas eu não me importava.

_Simone, eu vou te matar_ sua expressão estava confusa. Fechei a porta e voltei minha atenção para ela. Os clientes dela que esperassem, porque agora sua reunião iria ser comigo.
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Eita que a soso vai virar onça 😬🐆

O preço de um amor selvagem Onde histórias criam vida. Descubra agora