Capítulo 52

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Simone
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Meu dia foi horrível, quase não prestei atenção nas reuniões que tive no trabalho, estava preocupada, estressada comigo mesma, como que eu sou tão idiota com a Soraya? Peguei pesado com ela ontem, era pra eu estar ao seu lado, e não reclamando por falta de sexo, deveria pensar melhor, ela está grávida, está carregando no ventre o nosso primeiro filho, e é assim que eu retribuo, até pareço uma criança que faz birra quando não ganha o que quer.

Quando acordei, não encontrei Soraya ao lado na cama, fui no banheiro e ela não estava, no outro quarto também não, em nenhum lugar, até seu celular ela deixou em casa, eu não sabia pra onde ela havia ido, e isso estava me matando, onde a minha mulher estaria? Se acontecesse alguma coisa com ela eu nunca iria me perdoar, com certeza ela deve ter passado o resto da madrugada chorando.

Já se passava das duas da tarde, resolvi voltar pra casa, e quando cheguei, ela estava no quarto, dormindo, em cima de uma cadeira, havia algumas sacolas, ela devia ter ido comprar algo para o bebê, fui dar uma olhadinha e tinha roupas, sapatinhos, e entre outras coisas mais. Tirei meu blazer, e minha blusa, logo me deitei ao seu lado, fiz um carinho em seu rosto, e ela logo acordou.

_Desculpa, não queria ter te acordado_ eu logo falei.

_Chegou que horas?_

_Agora, tem uns cinco minutos... pra onde você estava? Fiquei preocupada Soraya_

_Fui comprar umas coisas para o bebê, não temos nada, precisamos organizar o quartinho dele, não acha?_ ela se sentou na cama.

_Claro, podemos ir essa semana mesmo_ falei pra ela.

_Como foi no escritório? Acho que é melhor eu voltar, chato ficar em casa sozinha_

_Estressante... e eu prefiro que você fique, não quero que você se estresse_ vi ela levantar e ir até as sacolas.

_Comprei pra você amor_ era tão bom ser chamada de amor por ela, e eu era uma idiota.

_O que é isso amor?_ ela me entregou uma caixinha.

Abri a pequena caixinha, e lá tinha um colar, muito lindo e delicado, o seu pingente era duas pessoinhas, que significava ser ela e nosso filho, mas isso logo me fez lembrar daquele sonho, eu nunca esqueci.

_Então? O que achou?_ ela perguntou empolgada.

_Muito lindo amor, eu amei_ ela subiu na cama e pediu para colocar em mim, depois pegou um espelho pequeno e virou pra mim, para que eu pudesse ver como havia ficado.

_Quero estar sempre ao seu lado meu amor_ ela se aproximou de mim e me abraçou.

Seu abraço era apertado, seu corpo estava quente, abracei ela de volta e ficamos ali na nossa bolha, eu queria me desculpar com ela.

_Me desculpa por ontem... eu errei, não me orgulho disso, deveria ter ficado e te ajudado com os seus enjoos, mas eu sequer dei ouvidos ao que você me falava, me desculpa por favor_ sua cabeça estava em meu ombro, e ela brincava com o pingente do colar que me deu.

_Está... tudo bem, passou, eu não quero mais falar disso_ ela falou baixinho.

Voltamos a nos deitar e ficamos conversando sobre o quarto do nosso filho, onde queríamos colocar o berço, o guarda-roupa, e as outras coisas. Falamos sobre alguns nomes, ela me falou que gostava dos nomes Bento e Heitor, eu falei que gostava de Bernardo e Nicolas, gostamos de todos, mas depois iríamos pensar em outro ou decidi um desses que falamos.

Soraya quis ir tomar um banho na piscina, se levantou e tirou a roupa que usava, ficando de lingerie, e assim mesmo ela foi para a área externa, fui atrás dela. Chegando lá ela já estava na piscina, tirei a calça que ainda usava e entrei também, a água estava boa, cheguei mais perto dela e lhe beijei, um beijo cheio de carinho e cuidado.

_Você está sentindo alguma coisa estranha?_ de repente eu perguntei.

_Estranha? Não amor, tudo bem... por quê?_ ela me olhou desconfiada.

_Por nada... você me deu esse colar hoje, e isso me fez lembrar de um sonho que tive_ eu comentei.

_Você nunca me falou desse sonho, quer me contar?_ pensei se contaria ou não, até que decidi contar.

_Bem... eu estava em um parque de crianças, muitas brincavam por ali, tinha alguns brinquedos... até que eu senti um garotinho me chamar de mamãe, logo me convidando para ir brincar também_ Soraya sorria.

_A gente brincava, sorria, mas... de repente o tempo mudou, as crianças não estavam mais ali, era apenas eu, o garotinho e uma mulher próxima de una lagoa, essa mulher era você_

_Eu estava longe de vocês?_ perguntou ela.

_Sim... você usava um longo vestido branco... fomos até você, o menino, nosso filho, dizia que havia me encontrado, você sorriu, ficou feliz, mas..._

_Mas? Conta amor, estou curiosa_

_Mas você disse que não tinha conseguido, era pra eu cuidar do nosso filho, você... você havia ido embora_ um nó na garganta se formou.

_Eu tinha morrido?_ balancei a cabeça em confirmação.

_Eu senti tanto medo, eu não ia conseguir viver sem você... na verdade eu não consigo viver sem você_ senti seu carinho em meu rosto, depois me abraçou.

_Foi um sonho... eu continuo aqui, e se... e se alguma coisa acontecer, você terá pra sempre um pedacinho de mim com você_ ela falou em meu ouvido a última frase.

_Não fala isso amor... nada vai acontecer, ainda vamos ter outros filhos, e você continuará aqui, me fazendo a mulher mais feliz desse mundo_ ouvi sua doce gargalhada quando falei em mais filhos.

_Eu te amo Simone_ e logo ela se afastou, indo para a escada da piscina, parecia estar se sentindo mal.

_Amor, tudo bem? O que está sentindo?_ quando cheguei mais perto ela me jogou água, rindo em seguida.

_Enganei você amor_ ela se levantou e correu, mas logo fui atrás dela.

Ficamos nessa brincadeira, mas logo ela cansou, sua barriga estava grandinha, muito esforço que ela fazia já cansava. Entramos e começamos a preparar o almoço, fui ao mercado depressa comprar frango, Soraya havia desejado comer assado. Não demorei muito, quando voltei ela já estava comendo um pote de sorvete, sorriu sapeca pra mim e foi terminar de preparar o almoço, eu queria fazer mas ela não deixou, fiz apenas a salada.

Depois de tudo pronto, ela subiu para tomar um banho e logo voltou, usava um vestido azul claro, era coladinho ao seu corpo, marcando bem a sua barriga que estava linda.

_Que bela bunda amor, minha nossa_ comentei e achei graça.

_Safada... eu sei que você ama_ ela pegou o suco e logo se sentou.

_Claro que amo, tenho ela só pra mim_ pisquei e ela sorriu.

_Isso é verdade sisa_

Estávamos bem novamente, Soraya precisava do meu amor, de mim ao seu lado, e eu precisava melhorar todas essas minhas reações, já ia fazer quarenta e um anos e as vezes agia como uma adolescente de quatorze anos, agora eu iria ser mãe, precisava evoluir, pelo meu filho e pela minha mulher.
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Humm Simone 👀👀

O preço de um amor selvagem Onde histórias criam vida. Descubra agora