Capítulo 16

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Simone
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_Que isso Soraya? louca? Sai entrando assim na minha sala._ me levantei assim que ela fechou a porta com força. Merda, as vezes eu pegava pesado demais nas palavras com a Soraya. _O que é isso Soraya? Por que está dizendo essas coisas?_ amenizei meu tom de voz com ela.

_Você fica falando da nossa vida íntima como se estivesse falando de um jogo de futebol Simone, com a maior naturalidade do mundo. Eu que pergunto se você está louca._ que diacho, eu não já expliquei pra ela isso mais cedo?

_Eu não te expliquei quando estávamos vindo pra cá? Por que está agindo assim agora?_ nesse momento a Gleisi entrou, para avisar que um dos meus clientes havia chegado.

_Agora ela está ocupada Gleisi, peça pra ele esperar um pouco por favor?_ ela apenas concordou e saiu. O que Soraya estava fazendo?

_Você não pode fazer isso sabia? Ele marcou um horário._

_E você pode sair explanando sobre o que faz comigo entre quatro paredes, ou mentindo para as pessoas que quer ir pra casa logo só para me fuder?_

_Do que está falando Soraya?_

_Não se faça de desentendida não Simone, pode parar. Que porra de exame que eu fui fazer ontem? Hein?_ será que a Leila falou alguma coisa pra ela?

_Quem te falou isso?_

_A Leila. Ela veio perguntar se tinha dado tudo certo com os meus exames, que você estava louca pra ir pra casa, pra saber como eu estava, sendo que o que você fez foi transar comigo a noite toda._ ela estava brava mesmo. Será que o que eu fiz foi tão ruim assim?

_E qual o problema nisso? Não vendo nada demais. Será que você nunca precisou inventar uma mentirinha pra ir embora mais cedo?_

_Simone? Você não conseguindo mais nem esconder essa vontade louca quem tem de querer fuder comigo, que fogo é esse? Aprenda a esconder pelo menos. Se você tivesse a porra de um pau, viveria duro no meio das pessoas_ porra, Soraya me fazia amar e odiar ela ao mesmo tempo por conta dessas atitudes.

_E você não gosta? Não gosta quando eu em casa te fudendo bem gostoso, hum?_ me aproximei dela e a puxei pela cintura, beijando seu pescoço. _ Hein Soraya? Por quem você chama quando está gozando? Hum? Deixe de drama Soraya._ ela tentou me empurrar mas eu não deixei.

_É drama porque não é com você. Você não sabe a vergonha que eu sentir quando falou sobre fazer agachamento toda noite pra aquele Carlos._ ao mesmo tempo que ela queria ceder aos meus toques ela queria ficar firme.

_Eu falei a verdade. que ele quer se incomodar, ele vai ouvir, você goste ou não_ dessa vez ela conseguiu me empurrar, estava ainda mais irritada.

_Você deve pensar que você está falando de mim, da sua mulher Simone, e não de uma vagabunda que você come e sai espalhando para todos o que faz com ela._

_Fala direito comigo Soraya, achando que falando com quem?_ perguntei já alterada. Com certeza as pessoas que passavam pelo corredor estavam ouvindo nossa discussão.

_O que foi? Não gostou de ouvir? Doeu Simone? Continue falando pra todos o que você faz comigo que é isso que eles vão achar de mim, que eu sou uma puta_ ela abriu a porta num rompante e saiu. Em casa ela me paga. Alguns segundos depois de sua saída a Gleisi trouxe meu cliente. Eu confesso que me arrependi das coisas que falei, eu sei que errei, não devia ter falado tais coisas, mas não consegui me segurar. Mas ela queria que eu falasse o que pra Leila? Que eu tava ansiosa pra ir embora porque eu queria transar? Ai que mulher brava essa Soraya.
Quando deu o horário do almoço eu fui em sua sala mas ela não estava lá. Será que ela foi embora e não me avisou? Voltei para a minha sala e liguei para ela, uma, duas, três, quatro vezes e nada dela atender. Procurei por ela pelo escritório e não a encontrei. Merda. Perguntei para algumas pessoas e não souberam me responder, apenas falaram que viram ela saindo sem dizer nada. Pra onde a Soraya foi? Decidi ir atrás dela mas antes de entrar no carro vi ela na cafeteria que ficava em frente onde trabalhávamos. Atravessei correndo, indo na mesa que ela estava. _Por que não me atendeu?_ perguntei assim que me aproximei.

_Será que eu não posso mais nem tomar um café Simone?_ seu tom de voz não era brabo, ela parecia estar chateada agora.

_Eu te liguei para ir almoçarmos, você não atendeu, ninguém soube dizer onde você foi, fiquei preocupada._

_Jura? Eu precisei sumir por cinco minutos pra você se preocupar comigo?_ ela chamou a moça para pedir a conta.

_Pode deixar que eu pago_ falei tirando a carteira do bolso.

_Não precisa Simone_ ô mulherzinha viu?

_Não discute comigo Soraya. Quanto deu moça?_ ela me falou e lhe dei um dinheiro e mandei ela ficar com o troco. _Vamos Soraya_ Ela saiu na frente, nem me esperou. _Soraya. Soraya espera por favor_ segurei em seu braço e subimos juntas, lhe levei para a minha sala, e pedi para ninguém ir nos incomodar. _Ainda está brava comigo?_ ela negou com a cabeça. _Desculpa, tá bom? Eu não queria te causar esse constrangimento, agir assim pelo ciúmes e pelo tesão._ finalmente ela olhou pra mim.

_Ciúmes e tesão? Simone, você tem quarenta anos na cara, ainda está agindo como uma adolescente que não consegue controlar seus desejos e raivas?_ é, a sua raiva ainda não tinha passado. Ela tinha razão, pensei apenas em intimidar aquele novo morador e não pensei nela. Menti para alguém que ela não estava bem, apenas porque eu queria sexo, eu estava errada.

_Eu sei que errei amor... me desculpa, eu não queria ter feito isso, não queria te deixar assim. Errei sim, deveria ter pensado em você antes de falar aquelas coisas mais cedo no elevador, errei em mentir pra ir embora logo, eu deveria me controlar. Me desculpe por favor amor_ ela parecia estar mais calma, sua expressão estava mais suave agora.

_Você reconhecer seus erros é um ótimo passo. Você precisa saber controlar amor, não pode sair dizendo tudo o que quer, pense antes de falar, que você não está mexendo com uma pessoa, você mexe comigo também, e se fosse com você?_ ai Simone, você só faz merda.

_Você tem razão amor, não tiro ela de você, eu sei que não iria gostar nada de ver você falando da nossa vida íntima para outro alguém._ puxei sua mão por cima da mesa, e beijei cada uma. _ Você me desculpa? prometo não repetir novamente._

_Não precisa prometer nada Simone, aprenda com o seu erro, não volte a repetir coisas assim, que vai ficar tudo bem. Preciso ir pra minha sala amor_ ela se levantou e eu também, acompanhei ela até lá, mas antes de voltar, lhe dei um beijo bem gostoso, pra tirar mais essa raiva dela, em casa eu terminaria o meu trabalho com ela da melhor forma possível.
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O preço de um amor selvagem Onde histórias criam vida. Descubra agora