Capítulo 44

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Janeiro de 2023.


Simone
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_Sai daqui Simone, sai... ahh_ Soraya tentava me empurrar, me fazendo sair de sua sala, mas não deixei.

_Para com isso amor, está chamando a atenção das pessoas_ eu falava pra ela.

_Simone, vai se fuder_ ela conseguiu se desvencilhiar da minha mão que estava em seu braço.

_Eu prefiro fazer isso com você, quando estivermos em casa_ brinquei, mas ela continuou séria, e brava.

Chegamos de viagem já fazia duas semanas, e ontem, na segunda, voltamos aos trabalhos. Nosso natal e ano novo foi incrível, pude matar a saudade da mamãe e da minha irmã, e a viagem ajudou muito a Soraya, depois daquele episódio no nosso apartamento, fez muito bem pra ela essa viagem. A mamãe avisou que viria ao Brasil no mês em que a soso fosse ter o bebê, queria estar aqui com nós.

_Sai da minha sala Simone, ou eu vou pra casa_ mas o que havia dado nessa mulher?

_Me diz uma coisa Soraya... o que foi que aconteceu?_ perguntei à ela.

_Até parece que você não sabe, até parece Simone. Você não se manca não?_ mas o que eu fiz?

_Se você não me disser amor, eu nã..._ Soraya nem me deixou concluir.

_Amor porra nenhuma, não me chama de amor_ oi??

_Quer que eu te chame de quê então?_ vê-la assim tava me deixando irritada já, e preocupada ao mesmo tempo. Ela estava muito estressada, podia prejudicar o bebê.

_Por quê você não volta para a sua sala? E chama aquela mulher pra te fazer companhia? Hein?_ Soraya se sentou no pequeno sofá que tinha ali.

_Espera um pouco... você está com ciúmes Soraya?_ comecei a achar graça, e me sentei em uma cadeira.

_ rindo né? Pode rir mesmo, quandoalguém dando um "bom dia" pra mim fica louca, quer brigar, quer bater na pessoa..._ parei de sorrir, vi ela respirar fundo.

_Agora quando vejo uma vagabunda passando a mão em você, eu tenho que ficar calada? Vai pra puta que pariu_ ela se levantou e saiu.

Fiquei um tempo ali digerindo suas palavras, ela pareceu uma graça sentindo ciúmes, mas parando pra pensar agora, ela tinha razão, eu sei que aquela mulher que estava acompanhando o meu cliente, estava dando em cima de mim. Nem imaginei que a Soraya tinha percebido isso, os toques dessa mulher, ela parecia concentrada no sofazinho que tinha na sala de reunião, mas eu estava bem enganada. Resolvi ir atrás dela, queria saber se estava tudo bem, ela continuava sentindo enjoos, mas mesmo assim quis vim trabalhar.

Fui até a minha sala e não vi ela, claro, era o último lugar que ela viria. Peguei o elevador e descir, perguntei para Leila, mas não a viu, perguntei pra Gleisi, não viu ela também, perguntei pra outras pessoas e não viram ela. Fui para o andar de cima novamente, e passei pelo banheiro quando ouvir um choro, que droga, eu devia ter parado com as gracinhas da tal mulher, mas não quis parecer arrogante, ou algo assim. Abrir a porta devagar, e me deparei com uma cena que partiu meu coração, Soraya estava em frente ao espelho, limpando sua maquiagem que estava borrada pelas lágrimas, sua blusa estava levantada um pouco, mostrando sua barriga, tava tão linda. Entrei e encostei a porta, ela nem me olhou, fingia que não me via ali, lavou o rosto, enxugou, e baixou a blusa.

O preço de um amor selvagem Onde histórias criam vida. Descubra agora