Uma lua pálida pairava alta no céu sem nuvens quando eles escaparam da Mansão Malfoy. Hermione só poderia descrever suas ações como sorrateiras, já que não contaram a ninguém para onde estavam indo ou, de fato, que estavam saindo.
Ocorreu a ela que ela estava depositando um nível de confiança exagerado em Draco Malfoy, mas naquele ponto havia pouco mais que ela pudesse fazer. Ele parecia pensar, por algum tipo de instinto, se era equivocado ou não, ainda não foi determinado, que o remetente da carta não estava interessado em prejudicá-los.
O texto da carta tinha sido bizarro e vago, com certeza, mas Hermione não compartilhava de sua esperança. Ironicamente, ela considerou o fato de que geralmente era o contrário, e Malfoy costumava ser o cético.
Seu coração se apertou no peito com o pensamento de que ele poderia estar errado. Se fosse uma armadilha, eles simplesmente nunca mais voltariam e ninguém saberia para onde foram ou por quê.
Um arrepio percorreu sua espinha com o pensamento, e Malfoy lançou lhe um olhar, seus olhos brilhando contra a escuridão do céu noturno. O endereço na carta os levou a um parque florestal trouxa perto dos arredores de Londres, e a rua parecia deserta.
- Você ainda tem certeza sobre isso? - ela sussurrou, mal se permitindo respirar.
- Não - ele respondeu, a expressão dura. Estalando o pulso, ele flexionou os dedos e eles brilharam com um toque de magia lunar. - Mas se algo der errado, não podemos hesitar. Saia e aparate de volta para as alas da Mansão, quer eu esteja com você ou não.
O vasto inchaço de nervos em seu sistema forçou uma discussão, mas ela apertou a mandíbula e permaneceu em silêncio. Depois de uma pausa tardia, ela sussurrou:
- Damos dez minutos, se ninguém aparecer, vamos embora.
- Fechado.
O parque era iluminado apenas por lâmpadas fracas da rua que davam ao caminho pavimentado um tom amarelo opaco. Em direção à área da floresta, as luzes terminaram abruptamente, e Malfoy segurou a mão dela enquanto a levava para a linha das árvores.
Um único banco marcava o final do caminho, e Hermione parou quando a mão de Malfoy apertou a dela ao ver uma figura solitária encapuzada que parecia decididamente masculina. O capuz lançava seu rosto em sombras profundas, e Hermione não poderia dizer se era alguém que eles conheciam até que ele se levantou, limpou a garganta e tirou o capuz de seu rosto.
Malfoy olhou, inexpressivo, mesmo quando uma respiração apertada engatou em sua garganta.
Diante deles estava Claude Arcand.
Ele olhou para cada um deles por sua vez, em seguida, ao redor da escuridão do espaço verde antes de lançar um feitiço revelador.
Ao lado dela, o lábio superior de Malfoy se curvou em um sorriso de escárnio.
- Você disse sozinho. Estamos sozinhos.
- Não temos muito tempo - disse Arcand em um inglês com sotaque, mas nítido. Hermione se lembrou do fato de que ele se recusou a falar qualquer coisa que não fosse francês quando se encontraram com ele em Paris. - Você deve ouvir com atenção porque não vou me repetir.
Lançando um olhar para Malfoy, Hermione se mexeu, mas o rosto dele permaneceu inescrutável. A única indicação de que ouvira Arcand falar era o enrijecimento da pele ao redor dos olhos.
- Você está planejando ir para a França - continuou Arcand, perplexo. - Você pretende me remover como Ministro da Magia francês.
- Uma suposição razoável - Malfoy disse, levantando uma sobrancelha. - Por que você diz isso?
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Nocturnus - TRADUÇÃO
FanfictionQuando um poder clandestino se agita na França e ameaça o frágil equilíbrio pós-guerra na Inglaterra, Draco assume uma posição de poder do qual é herdeiro por direito de nascença, determinado a proteger sua família. Com a intenção de justiça, Hermio...