Draco estava exausto. Ele havia passado a maior parte da manhã no local e não tinha nada para mostrar por seu tempo e esforços. Ele caiu em um banco, os braços cruzados sobre o peito e os olhos estreitados na carnificina diante dele.
Nada daquilo fazia sentido.
Por que agora? Por que alvejá-lo? Ele não conseguia entender a situação. Ele tinha vinte e cinco anos; a guerra havia terminado anos atrás. Se a Avance queria tanto a afiliação, por que a deixaram intocada por gerações?
O que estava tão diferente agora, ou tinha algo a ver especificamente com Cosette?
Draco enterrou o rosto nas mãos, uma dor de cabeça se desenvolvendo atrás de suas têmporas com o esforço mágico.
Um assobio baixo soou à sua esquerda, mas ele não ergueu os olhos; ele podia sentir pelo crescente despertar em seu pulso que era Granger. Sem esperar pela atenção dele, ela anunciou:
- Você claramente tem estado ocupado.
- Está tudo bem - ele murmurou, pressionando as pontas dos dedos cuidadosamente na testa.
Ele podia ouvir a diversão em sua voz.
- O que você tem feito?
Amargamente, mas para si mesmo e não para a intrusão dela, ele soltou:
- Testando.
Por fim, Draco olhou para cima, fazendo uma careta com a profundidade da destruição que havia causado no terreno. A terra foi rasgada, plantadores derrubados e uma fina névoa de poeira encheu o ar. Seus dedos ainda estalavam com a magia pulsando através deles.
- Teste para outras habilidades? - Granger meditou, inclinando-se para trás enquanto olhava para fora.
Cutucando-a com o ombro, Draco a encarou.
- Foi o que aconteceu no começo... então fiquei frustrado. Eu queria aprender a profundidade disso, se há um limite.
- E?
- E eu não consigo encontrá-lo - ele deu um suspiro cansado. - Simplesmente vai e vai.
Seus dedos se entrelaçaram com os dele, e ela olhou para as pontas dos dedos, ainda levemente brilhantes.
- Sabíamos que era incrivelmente poderoso.
- Gostaria que não existisse e que nada disso tivesse acontecido - ao ver a dor em seu rosto, Draco estremeceu. - Eu não quis dizer...
- Eu entendo - ela disse baixinho, mas sua voz soou tímida.
Ele olhou para o chão, incapaz de transmitir qualquer uma das inúmeras emoções que o estavam varrendo por horas. Eventualmente, ele conseguiu:
- Isso é esmagador.
Granger apertou sua mão.
- Eu sei.
- Eu não posso... - ele se afastou, debatendo as palavras. - O momento de tudo isso não pode ser arbitrário.
- Não pode? - suas sobrancelhas foram levantadas quando ele olhou em sua direção novamente. - Talvez Cosette fosse a única que queria muito ir atrás de você.
Balançando a cabeça, ele a encarou por um longo momento.
- Mas por que?
- Eu tenho feito a mesma pergunta o tempo todo. Desde que descobrimos a verdade sobre Cosette. O que poderia estar levando ela a fazer tudo isso? - ficando em silêncio, Granger olhou pensativamente para os jardins. - Não faz sentido, não foi um empreendimento pequeno.
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Nocturnus - TRADUÇÃO
FanficQuando um poder clandestino se agita na França e ameaça o frágil equilíbrio pós-guerra na Inglaterra, Draco assume uma posição de poder do qual é herdeiro por direito de nascença, determinado a proteger sua família. Com a intenção de justiça, Hermio...