Draco ergueu os olhos de suas ervas amassadas, sentindo uma ondulação nas barreiras protetoras da propriedade. Instintivamente, ele pegou sua varinha, seus dedos roçando o cinto de sua calça jeans com uma carranca.
Hermione e Hugo já estavam longe há tempo suficiente para que seus nervos começassem a dominá-lo, levando-o ao laboratório de poções em um esforço para manter suas mãos ocupadas. Sentindo a tensão crescer dentro dele, ele estalou o pescoço e falou em voz alta.
- Podski.
O elfo apareceu momentos depois, exibindo um largo sorriso.
- O que Podski pode fazer pelo Mestre?
- As proteções piscaram - ele refletiu, e quando o elfo confirmou com um aceno de cabeça, ele cedeu. Mas um leve alarme soou no fundo de sua mente. - São Hermione e Hugo?
Podski franziu a testa.
- Existem quatro seres mágicos no terreno, Mestre.
Draco congelou, seu olhar voando para a porta que o levaria de volta ao andar principal da vila.
- Quatro? Tem certeza?
Quatro pessoas não faziam sentido. Hermione e Hugo partiram para resgatar Dagomir, então mesmo que eles tivessem confirmado que ele estava seguro o suficiente para trazê-lo de volta para a vila, ele não poderia imaginar quem era o quarto.
Um arrepio de inquietação desceu por sua espinha, forçando um estremecimento enquanto ele lutava mais uma vez por sua varinha e amaldiçoava baixinho.
Ele tinha visto a largura das proteções que Hermione e Hugo colocaram, e ele não conseguia imaginar alguém quebrando-as sem uma compreensão das intrincadas camadas.
Não pela primeira vez, ele se irritou com o silêncio em suas veias onde antes sua magia vibrava. Podski olhou para ele com os olhos arregalados, mexendo no tecido de sua roupa.
Silenciosamente, Draco perguntou:
- Você pode dizer quem é?
Podski estreitou os olhos por um momento em intensa concentração antes de balançar a cabeça.
- Eles estão protegidos.
Ele tinha que acreditar que eram Hermione e Hugo com Dagomir, mas enquanto ele vasculhava seu cérebro, ele não conseguia descobrir quem mais poderia estar com eles. Pelo que ele sabia, era alguém de Avance e eles estavam com problemas. Respirando fundo, ele se aventurou a subir as escadas e entrar na vila, olhando para cada lado antes de sair para a sala de estar.
Então ele congelou, atordoado, a adrenalina correndo em suas veias.
Ao lado da lareira, elegante como sempre, mas parecendo um pouco pálida, estava sua mãe. Seus olhos se fixaram nos dele, sua expressão tensa murchando de alívio ao vê-lo.
- Draco, - ela bufou, avançando. - graças a Merlin você está bem.
Sem pensar duas vezes, ele puxou sua mãe para um abraço apertado, sentindo um pouco da tensão desaparecer dele, antes de se afastar para segurar os braços dela. Procurando seu olhar, ele respirou:
- E você. O que aconteceu?
Foi só então que ele notou sua tia Andromeda empoleirada no sofá como se ela não tivesse certeza se queria estar ali. E então Draco se lembrou das outras duas assinaturas.
- Andromeda - ele se apressou com um aceno de cabeça. - Quem mais está aqui?
- Eu tive problemas ao sair da Itália - Narcisa disse, suas palavras cortadas com uma ponta de ansiedade. - Pensei que estava sendo seguida, mas consegui escapar para a casa de Andromeda. Tivemos que chegar aqui com cuidado.
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Nocturnus - TRADUÇÃO
FanficQuando um poder clandestino se agita na França e ameaça o frágil equilíbrio pós-guerra na Inglaterra, Draco assume uma posição de poder do qual é herdeiro por direito de nascença, determinado a proteger sua família. Com a intenção de justiça, Hermio...