Capítulo 36

76 5 0
                                    



O tempo passou mais rápido do que Hermione estava preparada desde o momento em que acordaram na manhã seguinte até o momento em que deveriam deixar o castelo para trás e se aventurar na fortaleza Noturna.

Como Chefe da Guarda e estrategista de guerra, Dagomir foi encarregado de liderar a estratégia de batalha e assumiu o papel com entusiasmo.

Era uma comparação devastadora, considerando que esta não era a primeira guerra que ela lutou, mas Hermione estava aliviada por não ser ela quem fazia os planos neste caso particular.

Como um todo, o conselho havia concordado que, embora um ataque à fortaleza de Alba lhes desse uma vantagem com o elemento surpresa, a fortaleza de Noturna era quase impenetrável e, com toda a Ordem pronta para lutar, fazia mais sentido atrair Alba para eles.

O truque seria tirar Cosette de dentro da segurança de sua própria fortaleza sem deixar transparecer os números absolutos que eles acumularam. E apesar dos guardas vigiando de dia e a noite, eles ainda não sabiam toda a verdade sobre as forças de Cosette.

Mas dado que Bergen e Dagomir haviam lidado com Wallace Buckley, o quebrador de juramento que estava fornecendo informações, sua melhor esperança era pegar Avance desprevenido.

Certamente havia falhas no plano, a mais significativa era que Cosette era astuta. A ideia de tentar invadir a fortaleza de Alba também não era agradável. Especialmente quando Hermione se lembrou dos civis, e prisioneiros, que viviam e trabalhavam lá. Era improvável que eles pegassem muitos de Avance em um só lugar sem atrair ativamente a batalha para a existência.

Cosette já havia dançado ao redor deles por tempo suficiente, e o conselho estava de acordo, se houvesse uma chance de ela finalmente reivindicar a afiliação, ela iria querer aproveitá-la.

Então eles se agachavam dentro da fortaleza e convidavam a batalha para si mesmos.

Hermione não conseguia evitar o pico de medo que percorria sua espinha toda vez que ela pensava nisso, toda vez que a vasta gama de piores circunstâncias ressoava em sua mente hiperativa, chocando-se em seu coração.

A ideia de perder Draco era mais do que ela podia suportar.

Um sorriso amargo e irônico curvou seus lábios ao pensar que ele havia se tornado a pessoa mais importante para ela, apesar do começo e do resto. Ele havia se tornado tudo, e sua magia formigava só de pensar nele. Ele era o Lunae Ortus... seu líder, seu rei e dela para sempre. Sem ele no comando, a Ordem desmoronaria, e isso era simplesmente inaceitável.

E de alguma forma ela sabia que faria qualquer coisa que pudesse para mantê-lo seguro.

*****

A Ordem Noturna havia convergido na Itália aos milhares, suas armaduras escuras e lustrosas preenchendo cada corredor e torre da fortaleza. Seus rostos eram severos e focados, e enquanto Draco atravessava a fortaleza, Hermione de um lado e Dagomir do outro, um pequeno contingente de guardas na frente e atrás, cada membro fez uma profunda reverência.

Draco vestiu seu equipamento de batalha Noturna, a coroa descansando firmemente em sua cabeça com magia, e embora ele tivesse questionado a necessidade de tal coisa, Hermione sugeriu que fosse simbólico mais do que qualquer coisa.

A Ordem precisava de seus Lunaes, orgulhosos e liderando no comando de um momento tão terrível.

Não haveria lugar na batalha para vestes longas e formais, e Draco pensou que os alfaiates haviam se superado enquanto olhava para Hermione da cabeça aos pés. Sua camisa de mangas compridas e calças sob o elegante equipamento de proteção eram de um material brilhante e iridescente, azul meia-noite com detalhes prateados costurados no tecido; o material era inerentemente protetor e repelente de magia ofensiva. Ela era a encarnação do céu noturno, cachos de chocolate presos em uma série de tranças intrincadas e enrolados em torno da delicada prata de sua coroa.

Nocturnus - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora