Pelo resto do dia, a conversa permaneceu leve e irreverente, nenhum deles interessado em abordar as questões que agora os atormentavam por todos os lados. Draco desejou poder alcançar sua mãe, mas não sabia como.
Ele ainda não tinha dormido, e Draco estava quase delirando com sua exaustão.
Sob a superfície de tudo isso, ele sentiu a pressão aumentar. Eles eram essencialmente nômades agora, uma causa, mas não um lar. Ele não sabia em quem eles poderiam confiar ou como poderiam encontrar alguém. Mesmo Dagomir, que Draco tinha certeza que estava do lado deles, poderia ter sido comprometido.
Se eles tentassem se encontrar com ele, e se ele tivesse sido capturado quando Noturna caiu, poderia ser desastroso.
- Eu não posso deixar de me perguntar, - disse Hermione, enrolada ao lado dele na cama naquela noite. - o que Elias Bergen tirou de toda a situação. O que valeu a pena quebrar seus juramentos Noturnos sem saber as consequências. Hugo disse que Cosette deve ter-lhe prometido algo.
Puxando-a para mais perto, Draco plantou um beijo em seu cabelo.
- Eu tenho pensado o mesmo. Se ele quisesse governar a Ordem Noturna, mas no final das contas não conseguiu, talvez... essa fosse a segunda melhor coisa - ele deu de ombros, pensando por um momento - Quando eu não escolhi Cynthia Bergen como a Lunae Amor, ele estava... desfasado. Como se ele não se importasse. Eu me pergunto se isso teria feito alguma diferença.
Hermione se mexeu em seu abraço, desconforto marcando sua expressão.
- Duvido. Bergen deve ter trabalhado com Cosette o tempo todo.
- Não que eu me arrependa de ter escolhido você - ele se apressou em acrescentar, calor tingindo seu rosto. - Mesmo com a forma como tudo aconteceu.
Um sorriso secreto permaneceu em seus lábios enquanto ela o olhava de soslaio antes de se inclinar e pressionar seus lábios nos dele com um murmúrio:
- Claro que não.
Apesar de tudo o que aconteceu desde que eles deixaram o castelo Noturno, que ele quase morreu e perdeu sua magia, e que Draco mal conseguia manter os olhos abertos, ele sentiu-se respondendo ao toque dela como sempre.
Arrastando-a para mais perto, ele aprofundou o beijo, passando as mãos ao longo do corpo dela enquanto ela se acomodava em seu colo.
Entre beijos, ela recuou, encontrando seu olhar.
- Nós vamos superar isso.
Com uma risada autodepreciativa, Draco segurou o rosto dela entre as mãos. A situação era tão desoladora que dava para rir ou chorar, e ele se desesperou.
- Vou ter que pedir sua fé emprestada.
Pressionando seus lábios suavemente nos dele novamente, ela descansou sua testa contra a dele.
- Vou tentar desenterrar o suficiente para nós dois - em outro beijo, ela sussurrou. - Eu te amo.
- Te amo - Draco murmurou de volta, suas pálpebras se fechando no conforto do abraço dela.
A risada calorosa dela alcançou seus ouvidos quando ela saiu de seu colo com um suave:
- Durma um pouco - e Draco não se lembrava do resto.
*****
Hermione acordou com os primeiros sinais de sol através das cortinas finas, e uma paz gentil a invadiu ao ver Draco dormindo ao seu lado, sua expressão suave. Silenciosamente, ela se levantou da cama e rastejou para o banheiro adjacente, tomando banho e se preparando para o dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nocturnus - TRADUÇÃO
FanficQuando um poder clandestino se agita na França e ameaça o frágil equilíbrio pós-guerra na Inglaterra, Draco assume uma posição de poder do qual é herdeiro por direito de nascença, determinado a proteger sua família. Com a intenção de justiça, Hermio...