Capítulo 43

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Quando Hermione acordou na manhã seguinte, Draco já estava acordado. Ele sentou-se na beira da cama, toda a concentração fixada na varinha. Ela olhou para ele por um momento, lembrando-se de como vira um lampejo de seu antigo eu no dia anterior, quando ele tinha amigos e familiares lá.

Pela primeira vez desde a Itália, desde que ele perdeu a magia, ela podia ver esperança.

Ele não reagiu quando ela se levantou da cama, enrolando os braços em volta dele por trás enquanto plantava um beijo prolongado em seu queixo.

- Alguma coisa?

- Não, - ele murmurou. - mas eu não esperava muito.

Na noite anterior, apenas uma única faísca se soltou de sua varinha, e isso foi graças à persuasão de sua própria magia.

Quando ela colocou os pés sob o corpo e apoiou o queixo no ombro dele para observar, ele testou a varinha mais algumas vezes. Nada aconteceu, mas ele não pareceu desanimado quando lhe fez uma careta indiferente.

Tomando seu pulso em sua mão, ela roçou o polegar contra seu crescente, procurando pela pulsação surda de sua magia que ela detectou tão fracamente na noite anterior. Hermione hesitou, concentrando seus esforços na marca que os unia, e ela o sentiu afundar um pouco em seu abraço, suas pálpebras tremulando.

O rosto de Draco rolou em direção ao dela, uma sugestão de sorriso persistindo em seus lábios antes de roçarem os dela. Contra a boca dela ele disse humildemente:

- Juro por Merlin se você consertar minha magia... - sem terminar sua linha de pensamento, ele a beijou novamente, sua língua mergulhando entre seus lábios com mais intensidade do que ela esperava.

As pontas dos dedos dela permaneceram contra sua marca enquanto ele a manobrava de volta para a cama, cobrindo seu corpo com o dele enquanto a beijava. Um gemido escapou de seus lábios ao sentir suas mãos, sua cabeça caindo para trás no travesseiro, até que ambos congelaram.

Os olhos de Draco se abriram, procurando os dela. O eco de sua magia pulsou, insistente, contra seus dedos, brilhando em branco enquanto ela os arrastava contra sua lua crescente.

Com uma maldição abafada, ele deixou cair o rosto em seu ombro.

- Você sentiu isso - ela respirou, pressionando um pouco mais forte.

- Sim - ele gemeu, mordendo suavemente a curva de seu ombro. - Eu posso sentir isso.

Curiosa, Hermione se apoiou, testando a forma como sua magia funcionava contra a marca crescente dele, e enquanto ela se concentrava, ela podia sentir o vínculo contra o seu. Contra sua vontade, lágrimas brotaram de seus olhos enquanto ela procurava seu olhar.

Sem retirar a mão marcada do aperto dela, Draco agarrou sua varinha, e sua expressão vacilou quando ele a balançou cautelosamente.

Quase como se demorasse, uma explosão de faíscas se soltou.

Hermione levou a mão à boca, ainda buscando seu núcleo mágico com o máximo de afiliação que conseguia invocar. Silenciosamente ela perguntou:

- O que isso significa?

Fixando sua varinha com um olhar fixo, ele testou outro feitiço, levitando um copo vazio da mesa de cabeceira a uma curta distância antes de cair com um baque. Incrédulo, ele balançou a cabeça.

- Isso significa que minha magia não acabou... está apenas adormecida. E você pode despertá-la.

- Está mais forte esta manhã do que ontem à noite - ela respirou, um sorriso se espalhando por seu rosto. - Acho que se você continuar trabalhando nisso...

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