Cap. 32

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Já que ia comemorar com os amigos na sexta, nada mais justo do que passar o dia do meu aniversário com meus pais. Ganhei o dia de folga de Christian e ainda folgaria na sexta. Eu e Dulce.

Então segui cedo pra casa deles, passando o dia todo lá.

Meu pai já havia ido dormir.
Estava eu e minha mãe vendo televisão na sala.

Meu celular tocou.. olhei um número e atendi.

Anahí: Alô.

Alfonso: Feliz aniversário.

Estremeci.

Me levantei indo pra cozinha.

Anahí: Ér.. obrigada.

Alfonso: Não quer falar, verdade?

Anahí: Não - me encostei na bancada.- Quer dizer, não esperava.

Alfonso: Achei que nem ia atender - riu um pouco.

Bom a verdade é que nem reconheci o número já que havia apagado o seu..

Anahí: Não sou assim - sorri.

Alfonso: Não? - perguntou em um tom brincalhão.

Anahí: Me desculpe pelas palavras. Eu confesso estar com raiva e acabei falando demais. Me desculpe mesmo.

Alfonso: Você estava no seu direito.

Anahí: Não Poncho, também não é assim.

Alfonso: Que tal esquecermos isso?

Anahí: Sim, é meu aniversário e eu costumo ficar muito sensível.- falei com a voz manhosa, ele riu.

Alfonso: Daria tudo pra ver sua cara falando isso.

Anahí: Linda tá - falei me fingindo ofendida.

Alfonso: Há, isso é obvio. Sempre!

Mordi os lábios um tanto sem graça. E agradecendo mentalmente por ele não estar vendo meu rosto obviamente vermelho.

Anahí: Vai pagar caro nessa ligação Herrera.

Ele deu uma risada.

Alfonso: Any, pra mim não é problema.

Anahí: Então dê o melhor de sí pra voltar aos campos e pagar suas ligações.- brinquei.

Ele gargalhou.

Alfonso: Quero muito que vá quando eu voltar. Ucker vai levar a Dulce.

Anahí: Hmm.. vou pensar no seu caso.

Alfonso: Pense com carinho - dei uma risada curta.- Falando em Ucker, mandei algo pra ele te entregar.

Anahí: Não.. Poncho..

Alfonso: Sem Poncho nem nada. É apenas uma lembrança, simples.

Anahí: Como sempre teimoso - rolei os olhos.

Alfonso: Ainda bem que sabe.. insisti muito por um jantar.

Eu ri meneando a cabeça.

Anahí: Conseguiu por pena de minha parte.

Alfonso: Filha da mãe. Aé?

Gargalhei alto.
Mas logo tampando a boca.

Alfonso: Assume que morre de amores por mim Anahí, você estava doida pra aceitar.

Anahí: A hora de se mancar é agora ou depois? Você que é apaixonado por mim Herrera. O tempo todo insistindo, mesmo ganhando vários não.

Gargalhei.

Alfonso: É - suspirou.- Eu sou.

Parei de gargalhar.

Anahí: O que?

Ele respirou fundo fazendo um barulho alto no telefone.

Alfonso: Apaixonado por você.

Quase deixei o celular cair.
Paralisei.

Alfonso: Você pode não acreditar, mas eu estou. Quem está falando é o Alfonso Herrera, um ser humano como qualquer outro, que tem sentimentos.. que erra.. e as vezes acerta, por exemplo, meu coração escolher você pra gostar.

E o silêncio reinou entre Seattle, Miami e aquela ligação.

Eu não conseguia dizer nada, ou melhor. Eu não sabia o que dizer.

Alfonso: É a hora que você ou me dá um fora, ou diz se acredita ou não..

Anahí: Eu não sei o que pensar.

Alfonso: Me desculpe, eu sei que eu sou um cara confuso, que eu te confundi. Que eu mostrei interesse e desinteresse, mas o que eu estou falando agora, é o que estou sentindo. Talvez tarde demais - falou a última frase em um tom baixo.

Anahí: Poncho eu vou dormir agora okay?

Ele deu uma risada curta.

Alfonso: Não quero me afastar de você novamente. Gosto de conversar com contigo.

Mordi os lábios.

Anahí: Pode deixar. - falei meia incerta.

Alfonso: Beijos Any. Boa noite.

Anahí: Beijinhos. Boa noite pra você também.

E desligamos.
Meu Deus.
O que foi isso?

Fechei os olhos por um tempo e voltei pra sala.

Mari: Alguém importante - falou sorrindo. Me deitei no sofá.- Perdeu o filme todo.

Fiz uma careta e peguei o celular novamente.

Fui nas ligações e adicionei seu contato.

Poncho.

Preço Da Fama (AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora