Já que ia comemorar com os amigos na sexta, nada mais justo do que passar o dia do meu aniversário com meus pais. Ganhei o dia de folga de Christian e ainda folgaria na sexta. Eu e Dulce.
Então segui cedo pra casa deles, passando o dia todo lá.
Meu pai já havia ido dormir.
Estava eu e minha mãe vendo televisão na sala.Meu celular tocou.. olhei um número e atendi.
Anahí: Alô.
Alfonso: Feliz aniversário.
Estremeci.
Me levantei indo pra cozinha.
Anahí: Ér.. obrigada.
Alfonso: Não quer falar, verdade?
Anahí: Não - me encostei na bancada.- Quer dizer, não esperava.
Alfonso: Achei que nem ia atender - riu um pouco.
Bom a verdade é que nem reconheci o número já que havia apagado o seu..
Anahí: Não sou assim - sorri.
Alfonso: Não? - perguntou em um tom brincalhão.
Anahí: Me desculpe pelas palavras. Eu confesso estar com raiva e acabei falando demais. Me desculpe mesmo.
Alfonso: Você estava no seu direito.
Anahí: Não Poncho, também não é assim.
Alfonso: Que tal esquecermos isso?
Anahí: Sim, é meu aniversário e eu costumo ficar muito sensível.- falei com a voz manhosa, ele riu.
Alfonso: Daria tudo pra ver sua cara falando isso.
Anahí: Linda tá - falei me fingindo ofendida.
Alfonso: Há, isso é obvio. Sempre!
Mordi os lábios um tanto sem graça. E agradecendo mentalmente por ele não estar vendo meu rosto obviamente vermelho.
Anahí: Vai pagar caro nessa ligação Herrera.
Ele deu uma risada.
Alfonso: Any, pra mim não é problema.
Anahí: Então dê o melhor de sí pra voltar aos campos e pagar suas ligações.- brinquei.
Ele gargalhou.
Alfonso: Quero muito que vá quando eu voltar. Ucker vai levar a Dulce.
Anahí: Hmm.. vou pensar no seu caso.
Alfonso: Pense com carinho - dei uma risada curta.- Falando em Ucker, mandei algo pra ele te entregar.
Anahí: Não.. Poncho..
Alfonso: Sem Poncho nem nada. É apenas uma lembrança, simples.
Anahí: Como sempre teimoso - rolei os olhos.
Alfonso: Ainda bem que sabe.. insisti muito por um jantar.
Eu ri meneando a cabeça.
Anahí: Conseguiu por pena de minha parte.
Alfonso: Filha da mãe. Aé?
Gargalhei alto.
Mas logo tampando a boca.Alfonso: Assume que morre de amores por mim Anahí, você estava doida pra aceitar.
Anahí: A hora de se mancar é agora ou depois? Você que é apaixonado por mim Herrera. O tempo todo insistindo, mesmo ganhando vários não.
Gargalhei.
Alfonso: É - suspirou.- Eu sou.
Parei de gargalhar.
Anahí: O que?
Ele respirou fundo fazendo um barulho alto no telefone.
Alfonso: Apaixonado por você.
Quase deixei o celular cair.
Paralisei.Alfonso: Você pode não acreditar, mas eu estou. Quem está falando é o Alfonso Herrera, um ser humano como qualquer outro, que tem sentimentos.. que erra.. e as vezes acerta, por exemplo, meu coração escolher você pra gostar.
E o silêncio reinou entre Seattle, Miami e aquela ligação.
Eu não conseguia dizer nada, ou melhor. Eu não sabia o que dizer.
Alfonso: É a hora que você ou me dá um fora, ou diz se acredita ou não..
Anahí: Eu não sei o que pensar.
Alfonso: Me desculpe, eu sei que eu sou um cara confuso, que eu te confundi. Que eu mostrei interesse e desinteresse, mas o que eu estou falando agora, é o que estou sentindo. Talvez tarde demais - falou a última frase em um tom baixo.
Anahí: Poncho eu vou dormir agora okay?
Ele deu uma risada curta.
Alfonso: Não quero me afastar de você novamente. Gosto de conversar com contigo.
Mordi os lábios.
Anahí: Pode deixar. - falei meia incerta.
Alfonso: Beijos Any. Boa noite.
Anahí: Beijinhos. Boa noite pra você também.
E desligamos.
Meu Deus.
O que foi isso?Fechei os olhos por um tempo e voltei pra sala.
Mari: Alguém importante - falou sorrindo. Me deitei no sofá.- Perdeu o filme todo.
Fiz uma careta e peguei o celular novamente.
Fui nas ligações e adicionei seu contato.
Poncho.
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Preço Da Fama (AyA)
FanfictionA privacidade é um bem que todos gostam de carregar, mas nem todos podem ter.