Cap. 38

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Seattle, 06:00 Pm
Sexta-Feira

Estava uma noite fria em Seattle. Coloquei uma calça de moletom azul bebê e um casaco preto. Peguei cobertas e travesseiros e deitei no sofá pra ver filme, com uma panela de brigadeiro em mãos.

Mensagem de Dulce.

Dul: Sua mala está embaixo da sua cama. Só falta suas coisas de higiene.

Estreitei o cenho.
Larguei a panela na mesa de centro, saí debaixo das cobertas e fui até o quarto.

Anahí: Que maluquice é essa.. - falei puxando a mala e a colocando em cima da cama. Abri e vi todas as roupas que eu procurava.

Tin don

A campainha soou. Larguei a mala e corri pra atender. Havia um homem com um terno preto. Não conhecia.

Como o porteiro deixou subir?. Liguei pra porteria.

Anahí: Nicandro. Quem é que deixou subir?

Nicandro: A senhorita Dulce me permitiu senhorita Anahí, ela me ligou.

Anahí: Okay okay. - desliguei.

E fui abrir a porta.

Anahí: Ér, oi.

- Senhorita Anahí? - assenti.- Viemos te buscar.

Arregalei os olhos.
Fui sequestrada!

Anahí: Quem é você?

Alfonso: Meu segurança.

Ele apareceu. Abri os lábios icrédula e devo ter feito a expressão de assustada do século.

Alfonso: Pode me esperar no carro Léo. - ele assentiu e se retirou.

Eu ainda segurava a porta.

Alfonso: Não vai me convidar pra entrar?

Engoli seco.

Anahí: O que faz aqui?

Alfonso: Eu disse. Se não fosse, ia te buscar na marra. Não disse?

Anahí: Eu.. meu deus.

Alfonso: Precisamos ir Any.. Dulce já fez sua mala.

Anahí: Poncho.. de verdade, eu não quero ir.

Alfonso: Eu vim de Miami atoa então?

Passei a mão no rosto ainda em choque.

Anahí: Não esperava você aqui. Entra.- lhe dei espaço.

Ele entrou encarando nosso apartamento.

Alfonso: Um pouco de cada uma. É bem bonito.

Anahí: Obrigada. - falei tirando a penela da mesa de centro e levando a cozinha.- Desculpe a bagunça, estava vendo um filme. Quer alguma coisa?

Ele negou.

Alfonso: Apenas que você entre naquele avião comigo.

Mordi os lábios suspirando.

Alfonso: Linda essa foto - falou pegando um porta retrato meu na estante. Onde eu estava no Central Park, uma vez que fui a Manhattan.

Anahí: Obrigada.

Eu estava tremendo.
De verdade!

E vi enquanto ele pegava outra foto, minha e de Dulce juntas em nossa primeira viagem da empresa para Itália.

Alfonso: Fica linda de qualquer jeito. Mas te prefiro morena.- se referiu a eu estar loira na foto.

Continuei imóvel.
Ele colocou a foto no lugar e me encarou.

Alfonso: Você foi a única pessoa que conseguiu me convencer a fazer a fisioterapia. E se eu estou sem as muletas hoje, é porque você acreditou em mim. E me fez acreditar em mim mesmo. Então não faz sentido eu estar lá prestés a voltar, sem a pessoa que me ajudou a seguir em frente estar me assistindo.

Engoli seco e continuei lhe encarando. Sem dizer nada.

Alfonso: Então eu vim tentar. E o que eu posso fazer pra você entrar comigo naquele avião?

Respirei fundo e cruzei os braços.

Anahí: Um gol pra mim?

Ele imediatamente sorriu e caminhou até a mim, parando a minha frente.

Alfonso: Faço dois se precisar.

Sorri, sentindo o rosto ferver.

Ele abriu os braços, esperando um abraço.

Me aproximei com um pouco de medo e ele me puxou me abraçando.

Enterrei minha cabeça em seu peito e ele passava as mãos por minhas costas e meu cabelo.

Fechei os olhos e respirei seu perfume. Sentindo todo meu corpo corresponder ao ato.

Alfonso: Não podemos demorar.- falou se afastando.- O tempo aqui está muito feio.

Anahí: Só vou trocar de roupa.- ele assentiu.- Fique a vontade.

E segui para o quarto sentindo minhas pernas tremerem e com a maldita sensação de que estava andando de uma maneira ridícula.

Preço Da Fama (AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora