Cap. 60

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POV ALFONSO

O irmão de Dulce já havia ido embora, por mais que a mesma tenha insistido para ele ficar por ter bebido um pouco, ele se recusou.

Eu estava completando conturbado, desde a conversa com Dulce na varanda.

Ao invés de ir até Anahí e querer conversar com a mesma, a ter por perto. Eu preferi manter a distância e o mesmo silêncio.

Anahí: É uma boa hora, agora?

Ela perguntou quando me nos vimos sozinhos em seu quarto.

A encarei terno. Precisávamos daquilo, eu sei que precisávamos.

Anahí: O que está havendo?

Alfonso: Eu não sei. - disse guardando meu celular na bolsa que estava em cima de sua cama.- Não estou sabendo lidar com certas situações.

Anahí: Exemplo?

Alfonso: Depois que nos conhecemos, o seu ex-namorado tentou algo com você?

Ela estreitou os olhos.

Anahí: Ok. Não entendi. Como assim Alfonso?

Alfonso: É apenas uma pergunta, você pode responder com um sim ou um não.

Anahí: Eu sei. O que não entendi é o porque dessa pergunta. Você parece obsecado nesse assunto.

Alfonso: Só responde - disse com a pouco paciência que me resta.

Anahí: Alfonso, o Rodrigo sempre tenta algo se é o que quer saber. Mas isso não significa nada.

Alfonso: Você não tem noção do quanto significa. - falei saindo de seu quarto.

POV ANAHÍ

Alfonso estava insuportável desde nossa conversa na casa de meus pais. Mau humorado e impaciente.

Arrumei a cama e deitei onde fiquei mexendo em meu celular. Não me dei o trabalho de ir atrás dele.

Não sei exatamente quando tempo se passou desde que Alfonso saiu do quarto batendo a porta.

Estava praticamente já pegando no sono, e a curiosidade de saber onde ele estava e o que estava fazendo, gritava na minha consciência.

Fui até ele.

Ele estava sentado em uma das cadeiras da bancada com os cotovelos apoiados na mesma e o celular em mãos. Não notou minha presença.

Anahí: Poncho. - o chamei.

Ele me encarou no mesmo instante. Largou o aparelho e se virou me chamando com uma mão para ir até ele. Eu o fiz.

Ele pegou em minhas mãos e me puxou para um abraço, onde eu mergulhei entre suas pernas.

Alfonso e Anahí: Precisamos..

Acabamos falando juntos.

Anahí: Você primeiro.

Alfonso: Me desculpa! - pediu com um olhar sincero.- Acho que te deixei com muitas perguntas e sem respostas. Eu.. eu não queria parecer que eu.. eu não queria ficar no caminho entre você e esse cara. Eu sei que vocês tiveram algo muito intenso e que o que ele mais quer é poder te fazer dele novamente. Eu não quero sobrar nessa história Anahí. Eu não quero.

O encarei por alguns minutos, sem dizer nada.

Eu não acreditava nas palavras que saiam da boca de Alfonso. Ele estava com ciúmes, de Rodrigo.

Anahí: Dulce. - pensei em voz alta.

Alfonso: Não fique chateado com ela. Eu perguntei. Eu estava mais interessado em saber do que ela em contar. Pode acreditar.

Anahí: Poncho, não faz sentido algum. Eu não tenho nada com Rodrigo, meu Deus.

Alfonso: E quando você disse que ele sempre tenta algo com você, eu me senti descartado. - neguei com a cabeça mas ele não me deixou falar.- Any, ele está aqui, com você todos os dias. Eu não estou aqui e quase nunca posso estar. Você tem uma história de romance que envolve muito sentimentos, sentimentos extremos com ele.

Anahí: Foi um relacionamento tóxico Poncho. Encharcado de brigas, ciúmes.. não era saudável. Eu não sinto falta daquilo.

Alfonso: Mas vocês com certeza estão mais maduros do que antes, talvez ele veja isso como uma chance de dar certo hoje.

Anahí: Alfonso! Eu não gosto mais do Rodrigo. Tem anos que renunciei esse sentimento. Isso não faz parte mais de mim.

Ele ficou apenas me encarando e não disse nada.

Anahí: Se eu quisesse estar com ele nesse momento, pode acreditar, eu estaria.

Peguei em seu rosto com minhas mãos e lhe dei um sorriso de confiança para logo em seguida selar seus lábios com os meus. Ele deu uma gemida.

Invadi a extensão de sua boca com minha língua, ele colocou a mão em minha cintura. Um beijo calmo, inundado de sentimentos reclusos, no qual fazemos questão de esconder um do outro.

Antes de separar nossos lábios, dei uma mordida em seu lábio inferior, de uma forma convidativa.

Ele sabe o que eu queria.

E apertou minha cintura em suas mãos.

Alfonso: Te amo. - ele disse.

Preço Da Fama (AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora