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PARECIA QUE BELLA ESTAVA PRESA em um daqueles pesadelos apavorantes em que você precisa correr, correr até os pulmões explodirem, mas não consegue fazer com que seu corpo se mexa com rapidez suficiente.
As pernas de Bella pareciam se mover com uma lentidão cada vez maior à medida que ela lutava para atravessar a multidão insensível, mas os ponteiros do enorme relógio da torre não eram lentos.
Com uma força implacável, eles se aproximavam inexoravelmente do fim — do fim de tudo. Mas isso não era um sonho, e, ao contrário do pesadelo, ela não estava correndo para salvar a sua vida; ela corria para salvar algo infinitamente mais precioso.
Hoje minha própria vida pouco significava para mim, isso provavelmente vai desencadear uma grande briga com Kiara.
Alice dissera que havia uma boa possibilidade de que morressem ali. Talvez fosse diferente se ela não estivesse na armadilha que era a luz do sol intensa; só Bella estava livre para correr por aquela praça cintilante e abarrotada.
O relógio soou novamente e o sol incidia exatamente do meio do céu.
Era tarde demais.
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— VOCÊ TEM MUITA CONFIANÇA EM mim, Bella. Não sei bem o que eu posso fazer. É provável que eu acabe matando você.
— Eu arrisco.
— Você é tão estranha, até para uma humana.
— Obrigada.
— Ah, mas a essa altura isso é puramente hipotético, de qualquer modo. Primeiro temos que sobreviver ao dia de amanhã e depois teremos que enfrentar uma Kiara furiosa com nossa ação.
— Bom argumento. — Pelo menos eu tinha motivos para ter esperança, se conseguíssemos e procurar argumentos para que Kiara não ganhe uma sentença por homicídio.
Se Alice cumprisse sua promessa, e se ela não me matasse, Edward poderia correr atrás das distrações que quisesse, e Bella o seguiria. Ela não o deixaria se distrair. Se continuar viva depois de hoje.
Talvez, quando eu fosse linda e forte, ele não quisesse mais distrações.
— Volte a dormir — Alice aconselhou Isabella. — Vou acordá-la quando houver alguma novidade.
