Capítulo 7

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21 de fevereiro —  09:43Terça-feira

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21 de fevereiro —  09:43
Terça-feira

   Suspirei me encarando no espelho, o dia que eu mais estava adiando chegou. Vamos escolher meu vestido.

    Penélope não desistiu da ideia de ir comigo, tive que convencer meu pai a deixar que eu escolhesse, ele ficou furioso porquê meu vestido já estava escolhido, era simples e barato, mas como foi pedido da Penélope e meu pai não pode negar, permitiu que eu fosse com a condição de que não escolhesse um muito caro.

    Nunca imaginei que estaria me casando assim, quando era pequena sonhava em como seria meu marido, a nossa casa, como iria querer o vestido e se minha mãe me ajudaria a decidir. Hoje vivo um noivado de mentira, vou viver um casamento mais mentiroso ainda, não posso escolher nada e nem ao menos o vestido que eu quero. Não é por falta de dinheiro, até porquê meu pai pagou uma viagem de final de semana que custa mais de cinco mil reais para o Ícaro, e sim porquê sou eu.

     Anton vai vir me buscar, tivemos que começar a andar mais juntos e trocar alguma carinhos, não nos beijamos mas nada me impede de dar uma boa olhada em seu corpo. Seus músculos são o que mais me chama a atenção.

— Senhorita Mavie? — Escutei a voz da Gisele na porta.

— Pode entrar. — Permiti e a mesma entrou. — Como estou?

— Está linda — Sorriu. — Seu noivo chegou. — Avisou.

— Já estou descendo, obrigada. — Agradeci.

   Gisele sorriu saindo. Respirei fundo pegando minha bolsa e desci, Anton estava na sala. Não poderia negar jamais, o babaca sabe ser bonito. O mesmo estava com seu abitual terno e a cara de marra. Como Gisele estava por perto, abracei Anton beijando seus ombros.

— Oi, meu amor. — Percebi seu sorriso de deboche revidando o abraço.

— Oi, querida. — Beijou minha cabeça. — Está linda. — Disfarçou uma careta.

— Obrigada. — Apertei seu braço como resposta. — Vamos?

— Vamos. — Pôs as mãos em minhas costas, me direcionando até a porta. — Seu irmão não está aí, está?

— Não. Agradeça por isso. Ele estava doido para te ver. — Fechei a porta.

— Ainda bem, ele é insuportável. — Abriu a porta do carro para mim.

— Olha só, primeira vez que concordamos em algo. — Debochei entrando. Anton revirou os olhos fazendo o mesmo. — O que estava aprontando para faltar o jantar com meu pai? Tive que ouvir ele reclamar sobre tê-lo deixado esperando.

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