Capítulo 45

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Penúltimo capítulo.

24 de novembro - 19:45Sexta-feira

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24 de novembro - 19:45
Sexta-feira.

    Encarei ao redor confuso, sem saber o que eu estava fazendo aqui a essa hora. Já estava no elevador, prestes a ir embora quando Agatha avisou que meu pai queria falar comigo. Vim para a sua sala totalmente perdido e continuei da mesma forma ao perceber que meu pai não estava aqui.

    No meu celular havia uma mensagem da Mavie perguntando se eu já estava chegando, ela pediu para eu comprar um remédio para dor de cabeça. A respondi e olhei no relógio mais uma vez.

Onde meu pai está?

— Me desculpe o atraso, um dos investidores me ligou pra fazer umas perguntas e acabou falando demais. — Meu pai finalmente entrou na sala, se sentando em minha frente. — Obrigado por ter ficado, filho.

— Fiquei preocupado, normalmente não me chama para conversar nesse horário. — Fui sincero.

— Não há nada para se preocupar, quero conversar sobre algo que adiei por motivos que você sabe.

— Pode ir direto ao ponto? — Perguntei franzindo o cenho, totalmente confuso.

— Claro, bom, eu não estou mais na idade de ficar em um escritório o dia inteiro, quero aproveitar o que conquistei com a sua mãe, viajar, passar uma temporada longe de tudo. — Falou segurando minhas mãos. — Sinto que está livre e pronto para assumir a empresa, filho.

— O que? — Arregalei os olhos assustado. — Sair da empresa? Eu assumir? Pai, o que está falando?

— Anton, por favor, tenho quase sessenta anos, trabalhei a vida toda e quero aproveitar com a sua mãe e até mesmo com vocês e meus netos. Você é um homem feito, seu sonho sempre foi herdar essa empresa e agora é o momento. — Sorriu, eu ainda estava em completo choque. Não que eu não queira isso, como ele disse, sempre foi meu sonho mas imaginei isso daqui a uns anos. — Agora você conseguiu o seu projeto de volta, muitos estão querendo fazer sociedade conosco pelo o que você criou, nada mais justo do que assumir a empresa. Chegou sua hora, filho!

— Tem certeza disso, pai? Absoluta?

— Tenho, Anton, agora pare de lenga, lenga, e venha me dar um abraço. — Falou brincalhão. Sorri me levantando e o abracei, suas mãos acariciaram minhas costas.

— Obrigado, pai, o senhor não vai se arrepender.

— Disso não tenho dúvidas. — Sorriu passando a mão em meu rosto. — Agora cá para casa contar a novidade para a sua esposa. Vamos fazer o evento para comunicar a todos no outro sábado, dia dois de dezembro.

— Mas já? Está muito perto, pai.

— Quanto antes melhor, meu filho, pretendo fazer uma viagem com sua mãe do dia cindo até o dia vinte de dezembro.

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