17 de setembro - 20:21
Domingo.Mesmo aliviado de tudo isso ter vindo a tona, ainda tinha a parte de falar com meus pais e Cora, algo que evitei por esses quatro anos.
Foi tão, tão satisfatório ver a cara de ódio de Levi, esperei por tanto tempo e nem nos meus maiores pensamentos imaginei que iria acontecer dessa forma. Se não fosse Mavie do meu lado provavelmente eu teria ficado maluco.
Liguei para Cora avisando que a buscaria na portaria do prédio dela, assim que cheguei, a mesma estava de pijama e com uma bolsa nos ombros. Buzinei chamando a atenção dela, Cora apressou os passos entrando no carro.
— O que estão falando é verdade, Ton? — Minha irmã parecia assustada. Era óbvio que Cora veria, afinal, ela vive nas redes sociais.
— Quando estivermos com nossos pais eu respondo todas as suas dúvidas, pode ser? — Ela concordou colocando o cinto.
O caminho para a casa dos meus pais foi em total silêncio, a mão de Mavie entrou em contato com minha perna e foi todo o caminho assim. Ao chegarmos na casa dos meus pais, saímos do carro e os dois estavam na porta, ambos de pijama e confusos. Provavelmente o porteiro os avisou que estávamos vindo.
— Aconteceu alguma coisa, meus amores? — Minha mãe perguntou esfregando seus braços. Está um vento gelado aqui.
— Preciso conversar vocês sobre algo. — Respirei fundo beijando a cabeça dos dois.
— Entrem, está frio. — Meu pai nos deu espaço. Sentamos todos na sala e eu olhei para meu pés, buscando coragem para falar algo. — O que está acontecendo?
— Eu...eu não sei como começar a falar isso com vocês, na verdadeira não pretendia falar tão cedo mas assim como Cora já ficou sabendo, vocês também ficariam. — Olhei para a minha irmã, a mesma ainda parecia assustada.
— Você está me assustando, meu filho. — Minha mãe se remexeu no sofá. Respirei fundo procurando pela mão de Mavie, quando achei, criei coragem para falar o que tinha que ser dito.
— Vocês lembram quando eu tinha dezesseis anos, eu vivia trancado no quarto, ou com livros até mesmo na mesa de jantar?
— Sim, também lembro que quase não ia em viagens conosco e quando ia era para ficar no computador. — Meu pai respondeu ainda confuso.
— Então, nessa época eu estava desenvolvendo plataformas que auxiliariam em descobertas científicas. — Olhei para os três.
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O contrato
RomanceSuas vidas se cruzaram por um único motivo: Um contrato. Anton é herdeiro de uma das maiores empresas de criação digital do país, seu sonho sempre foi assumir a empresa e se empenhava para que isso acontecesse. Mas a traição do seu melhor amigo f...