Suas vidas se cruzaram por um único motivo: Um contrato.
Anton é herdeiro de uma das maiores empresas de criação digital do país, seu sonho sempre foi assumir a empresa e se empenhava para que isso acontecesse. Mas a traição do seu melhor amigo f...
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29 de junho - 21:30 Quinta-feira.
Caminhei em passos lentos até o palco, agora não tem mais volta, eu preciso fazer isso. Pela minha mãe, por mim e pela família de Anton que tanto me acolheu.
Elias passou o microfone para mim, me olhando com um olhar confuso e um tanto agressivo.
— Não se preocupe, papai. — Beijei sua cabeça. Seu olhar ainda era confuso, mas sorriu descendo e caminhou até a mesa que Ícaro estava.
Respirei fundo antes de me virar para todas aquelas pessoas e sorri, sentindo todo o ar sumir do meu corpo.
— Você consegue, amor. — Vi Anton sussurrar me olhando. Foi a deixa para eu começar meu discurso.
— Boa noite a todos, como meu pai disso, estamos muito felizes por ter todos vocês aqui nesse momento super especial. — Comecei, atraindo os aplausos de todos. Cora fez um joinha me encorajando.
Olhei para a porta do prédio e já conseguia ver os polícias a espera, misturados com os seguranças do local.
— É com imensa alegria que eu venho parabenizar o meu pai e meu irmão por essa festa incrível. — Sorri. Luca fez um sinal pedindo permissão e eu concordei, vendo o telão sumir com as fotos de Ícaro sorridente, dando lugar ao vídeo que conseguimos de última hora dos dois na sala de reunião, no dia em que descobrimos da existência dos papéis. — Mas sinto em dizer que essa cerimônia de sucessão não passa de um simples fracasso. — Olhei diretamente para meu pai e Ícaro. Ambos me olhavam com ódio.
— O que você está fazendo? — Elias murmurou irado, se levantando e caminhando em minha direção. — Saia desse palco agora! — Começou a subir as escadas. As mãos de Anton o pararam, puxando Elias para trás. — Me solta, seu garoto!
— Fica quieto no seu lugar. — Falou sério, empurrando Elias para se sentar novamente.
O vídeo prosseguiu, atraindo a atenção de todos no salão principal. Meu pai e Ícaro pareciam surpresos com as imagines.
— O que vamos fazer agora?
— Não sei. Como ela ficou sabendo disso? Eu mandei você dar um jeito de não contarem para ela, seu incompetente!
— Eu dei meu jeito, pai, não faço a mínima ideia de como ela descobriu. Acha que ela sabe de mais coisa? Dos papéis?
— Cale essa boca, Ícaro! Já mandei não falar desses papéis aqui. Se descobrem que esses papéis existem estamos ferrados, acabou festinhas em iates, viagens e qualquer dinheiro.
— Desculpa.
— Não acredito que ela saiba disso, estão muito bem guardados e jamais serão encontrados. Então cale a boca e vá atrás de saber como ela descobriu sobre a queda dos lucros. — Ao terminar de falar, ambos se calaram e caminharam para fora da sala.
