Suas vidas se cruzaram por um único motivo: Um contrato.
Anton é herdeiro de uma das maiores empresas de criação digital do país, seu sonho sempre foi assumir a empresa e se empenhava para que isso acontecesse. Mas a traição do seu melhor amigo f...
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17 de março - 02:48 (horário de Paris) Sábado.
Não estou conseguindo pregar os olhos, meu sono sumiu por completo. Não sei o que deu em mim essa noite, ver aquele cara dando em cima da Mavie na minha frente foi o pico de toda raiva e frustração acumuladas, sei que não deveria ter agido dessa forma mas quando eu vi já estava sendo um babaca novamente.
Na verdade, creio que seja até melhor agir assim, como um babaca, pelo menos Mavie vai perder qualquer sentimento que tenha por mim e, consequentemente, eu também.
Bufei irritado levantando da cama, Mavie já estava dormindo a um bom tempo. Seu jantar estava intocado na mesa, olhei para sua bolsa na cadeira e me lembrei do papel que o homem pôs lá dentro, caminhei até a mesma e peguei. Era um número e o nome.
— Desgraçado. — Rasguei o papel jogando na lixeira.
Neguei caminhando até a varanda e me sentei olhando a vista da torre.
O que essa mulher está fazendo comigo?
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23 de março - 10:54 Quinta-feira.
Finalmente chegamos em casa, passamos sete dias em Paris e até que foi legal. Depois do episódio patético de Anton no corredor, ele teve esses surtos mais quatro vezes, fingi acatar seus comandos como se fosse uma esposa super obediente, de início ele estranhou que eu não estava reclamando de nada mas ficou quieto, provavelmente já está achando que conseguiu me domar.
Grande e doce ilusão.
— Oi, casinha. — Falei abrindo a porta. Estava tudo do mesmo jeito, única diferença é o arranjo de flores coloridas na mesa de centro. Me aproximei com um sorriso e li o cartão.
"Espero que tenham feito uma boa viagem, estamos com saudades!
Família Vitorino"
— Seus pais que mandaram. — Mostrei o cartão para Anton. O mesmo se aproximou vendo as flores.
