Capítulo 3

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10 de Janeiro — 07:13Terça-feira

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10 de Janeiro — 07:13
Terça-feira

    Hoje é o dia de assinar a droga desse contrato e estou a ponto de surtar pois não consegui de jeito nenhum fazer meu pai largar essa ideia maluca de me casar com a filha do Cesarini. Meu pai está realmente empenhado a tirar a empresa de mim se eu não me casar com essa mulher, não tenho escolha a não ser fazer parte dessa palhaçada e torcer para esse ano passar rápido.

— Senhor Vitorino, o café já está na mesa. — Maria avisou.

— Obrigado, Maria. — Agradeci me encarando no espelho.

    Estou com uma camisa social preta e o terno da mesma cor. O que eu mais queria era estar jogado na minha sala, bebendo um bom whisky mas não posso, tem um contrato de casamento esperando. Se eu fosse tão ruim, contaria para minha mãe e rapidinho esse plano iria por água abaixo, mas sei como dona Penélope é, arrumaria uma briga com o meu pai e o que eu não preciso agora é carregar mais uma culpa.
  
    Desci pegando apenas um café e saí de casa, entrei no meu carro e fiquei minutos criando coragem antes de começar a dirigir a caminho da empresa. Por falta de sorte, ou não, está um trânsito horrível, provavelmente chegaria atrasado. Que pena, estou super triste por isso.

— Vamos logo, Mavie, não podemos nos atrasar

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— Vamos logo, Mavie, não podemos nos atrasar. — Meu pai esmurrou a porta do meu quarto.

    Suspirei me encarando no espelho. Não acredito que estou fazendo realmente isso.

— Já estou indo. — Murmurei pegando minha bolsa. Abri a porta do quarto e os dois estavam parados na frente com seus ternos alinhados. — Por que estão na minha porta, parecem dois cachorros. — Revirei os olhos descendo. Conseguia ouvir seus passos atrás de mim.

— Para termos certeza de que não irá fugir. — Ícaro falou.

— Como se eu tivesse escolha de alguma coisa.

— É bom ver que já entendeu que não tem. — Meu pai falou segurando a porta com as mãos, me barrando de sair. — Se fizer alguma gracinha hoje, nunca mais verá a cara na praia, está entendendo? — Concordei segurando a respiração. — Ótimo. — Abriu a porta saindo. 
 
   Entrei no carro e Ícaro continuava me provocando com seus deboches e insinuações. O ignorei mantendo o olhar para a estrada e não demorou muito para chegarmos na empresa, apesar de estar com um trânsito horroroso, não tivemos problemas em chegar no horário.

O contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora