Capítulo 13

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13 de março - 08:23Terça-feira

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13 de março - 08:23
Terça-feira.

Me espreguicei sentindo algo ao meu lado, abri os olhos e pude perceber que estava no quarto. Por segundos fiquei confusa em como vim parar aqui mas o homem ao meu lado fez essa dúvida sumir. Respirei fundo olhando para seu rosto e revirei os olhos levantando, as olheiras fundas entregam que estava bebendo até tarde da madrugada.

Levantei caminhando até o banheiro, fiz minhas coisas e, durante o banho, tentei pôr a cabeça no lugar. Meus sentimentos e medos estão misturados em um emaranhado de pensamentos que me deixam perdida. Me enrolei na toalha após terminar meu banho e comecei a cuidar do meu rosto enquanto meu cabelo secava um pouco na toalha.

Após terminar minha rotina matinal, penteei meu cabelo e caminhei até o closet. Peguei um short jeans e uma camisa de botões branca, está um tempo nublado, qualquer coisa é só puxar as mangas para cima. Pus os acessórios que uso diariamente e resolvi não passar nada no rosto, não estou no clima para isso.

Anton permanecia dormindo, poderia deixar esse babaca morrer de frio com esse ar condicionado gelando o quarto inteiro, mas me aproximei o cobrindo e tentei ao máximo não olhar para seu corpo coberto apenas por uma bermuda de tecido leve que marca bastante coisa. Ao descer, me surpreendi com Penélope sentada à mesa com Gaspar. Droga, Anton, o que eu faço agora?!

— Bom dia. — Forcei um sorriso atraindo a atenção deles.

— Bom dia, querida. — Penélope sorriu se levantando e me abraçou. — Como está? Já conseguiu se organizar?

— Estou bem. — Segurei o sorriso no rosto. — Faltam algumas coisas mas já consegui organizar bastante. — Abracei Gaspar. — Bom dia.

— Bom dia, Mavie. Anton chegou? — Perguntou sério. Me sentei com eles concordando. — Que horas?

— Não sei que horas chegou, já estava dormindo. — Tomei um longo gole de café.

— Eu imaginava que Anton estava mudando, mas pelo visto não tanto. — Penélope sorriu triste e senti um aperto em meu peito. Vontade de estrangular esse babaca egocêntrico enquanto dorme.

— Aconteceu alguma coisa para ele fazer isso? — Gaspar me olhou. Poderia mentir por completo e jogar a culpa toda sobre Anton mas já percebi que, em relação a bebidas, não é um assunto muito bom para seus pais.

— Nós tivemos uma conversa ontem e nos desentendemos em alguns pontos, Anton saiu da casa do meu pai depois disso e não mandou mensagens. — Desviei o olhar pegando uma fatia de bolo.

— Anton é uma pessoa difícil de conversar, querida. — Penélope suspirou. — Imagino que não tenha sido uma situação fácil para os dois, mas essas coisas infelizmente acontecem e precisam estar bem para amanhã.

Forcei um sorriso sem mostrar os dentes. Não é como se eu pudesse falar não no altar, como se tivesse oportunidade de negar qualquer relação com Anton.

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