Capítulo 33

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29 de junho - 12:34Quinta-feira

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29 de junho - 12:34
Quinta-feira.

    Coloquei a digital na porta a abrindo, entrei em casa sentindo o cheirinho gostoso do almoço. Minha barriga logo roncou de fome, o ensaio fotográfico foi tão corrido que não tive tempo de comer algo durante as fotos.  

— Cheguei! — Avisei deixando a bolsa no sofá. Gisele sorriu saindo do corredor com o cesto de roupas. — Oi, Gi.

— Oi, Mavie. Como foi o ensaio?

— Muito bom, estou morrendo de fome e o dia está corrido hoje. — Sorri.

    Por fora eu parecia animada com essa suposta sucessão de Ícaro, mas por dentro eu estou uma pilha de nervos. Nunca imaginei que Elias fosse tão baixo assim, claro, ele sempre fez muita coisa errada mas falsificar uma certidão de nascimento e testamento? Isso é demais até para ele.

— Então vai almoçar, já está tudo pronto.

— Vou jogar uma água no corpo e já venho. — Ela concordou.

   Subi em passos rápidos até o quarto e já fui tirando minha roupa, não vou me dar o trabalho de lavar o cabelo em casa pois no salão já vou cuidar dele, menos uma complicação. Está cheio de laquê.   

    Assim que eu ia entrar no banho, uma batida na porta me chamou a atenção. Pus a cabeça para fora pedindo para entrar.

— Desculpa o incômodo, Mavie, mas o senhor Vitorino ligou para o telefone da casa e pediu para a senhora atendê-lo em seu celular. — Maria abriu a porta do quarto.

— Deixei ele na minha bolsa, a senhora pode pegar ele por favor? Já estou sem roupa.

— Claro, só um minuto. — Sorriu saindo e voltou segundos depois. — Aqui.

— Muito obrigada, Maria. — Mandei beijo fechando a porta. Retornei as chamadas perdidas de Anton e apoiei o celular no nicho ao lado dos produtos. Meu marido logo atendeu.

— Por que não atende o celular? — Perguntou de mau humor.

— Oi para você também, meu amor. — Neguei molhando meu corpo. — Por que de tanto mau humor?

— Elias apareceu aqui na empresa, fazendo questão de dizer que nossa presença era indispensável e que queria confirmar pessoalmente que não faltaríamos, mesmo sendo um evento de última hora. — Falou —Está tomando banho?

— Estou, cheguei agora do ensaio. Mas enfim, tenho certeza que não foi só para isso que Elias foi aí, Ton, tem coisa nessa história. — Neguei.

— Eu sei, Elias ficou fazendo perguntas sobre a empresa, se estávamos com pensamentos de novos projetos, se os lucros estavam indo bem.

— Está tramando outro roubo no mínimo. — Respirei fundo. — O que respondeu?

— Que eram assuntos confidências, projetos privados. — Suspirou pesado. — Estou doido para ver esses dois presos.

O contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora