Capítulo 4

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12 de Janeiro - 08:02 Quinta-feira

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12 de Janeiro - 08:02
Quinta-feira

Fazem dois dias que assinamos esse contrato sem noção e não consigo mais ter paz. A todo minuto Ícaro me manda mensagens nas redes sociais, encaminha memes e publicações como se fossemos melhores amigos. Diferente do irmão, Mavie não me procurou nem uma vez se quer, e eu também não o fiz.

Não é porquê vamos casar que vou correr atrás dela, a última coisa que eu tenho é pressa para me casar com Mavie e sinceramente, o mais longe que eu puder ficar dessa mulher é melhor.

Acabei de chegar na empresa, sem paciência para qualquer coisa. Ontem fiquei bebendo até tarde e minha cabeça está prestes a explodir.

Caminhei até minha sala ignorando a existência de todos, entrei me jogando na poltrona e liguei a televisão. Como se não bastasse tudo que estou vivendo esses dias, a primeira coisa que vejo é Levi dando uma entrevista sobre seu maravilhoso e roubado projeto. Seu sorriso me dava nojo e ainda mais vontade de me vingar dele. Gritei irritado jogando o controle da televisão longe, passei as mãos no rosto tentando me acalmar e escutei batidas na porta.

— Sr. Vitorino? Está tudo bem? — Escutei minha secretária perguntar atrás da porta.

— Tudo ótimo. - Respondi apertando as mãos. — Esse sorrisinho não vai durar muito, Levi. — Sorri melancólico.

Tentei ao máximo me concentrar, o que está quase impossível quando tudo que se passava eram matérias sobre esse imbecil e "seu" projeto incrível. Peguei uma garrafa de whisky e enchi o copo, tomando a dose de uma vez. Respirei fundo encarando a televisão e batidas na porta desviaram minha atenção.

Normalmente Eloisa, minha secretária, avisa antes de alguém vir até minha sala. Estranhei o fato de não ter falado nada e caminhei até a porta, abri a mesma engolindo a seco ao ver minha mãe com uma expressão de raiva.

— Mãe, que surpresa. — Fui cauteloso tentando sondar o perímetro mas dona Penélope me empurrou para dentro trancando a porta.

— Surpresa? Eu poderia jurar que surpresa foi o que eu recebi quando cheguei na empresa e soube por funcionários que meu filho está noivo! — Exclamou irritada. Respirei fundo voltando a me sentar e me servi mais uma dose da bebida.

— Servida? — Ergui o copo.

— Não fuja do assunto, Anton Filippo! — Fiz uma careta. Odeio esse segundo nome. — Que história é essa de que vai se casar e que a moça veio aqui ontem? Por acaso você e seu pai agora estão de segredinhos? Desde quando está noivo?

— Mãe, eu deixei de ser uma criança a anos, tenho uma vida fora da casa de vocês, não tenho que ficar falando tudo que faço. — Falei óbvio e tive que desviar de sua bolsa que voava em minha direção. — Qual é o problema de vocês mulheres? Estão sempre tentando bater com suas bolsas em mim. — Resmunguei assustado.

O contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora