Tour

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- Bi- Bill Kaulitz? - gaguejo e pisco algumas vezes, pra ter certeza de que não era uma miragem. Minha vontade era pular em seu pescoço e dizer o quanto eu o amava, mas me contive ao lembrar da senhora Sommerfeld.

- O próprio. - ele responde me dando um sorriso caloroso. - você tem filhos? - ele pergunta me pegando de surpresa.

- Ah, não! Meu Deus de jeito nenhum. - respondo sem jeito, sentindo meu rosto queimar.

- É que eu ouvi os pulos na cama, e as gargalhadas, achei que tivesse alguma criança nesse andar. - Bill solta me deixando envergonhada.

- Hm, era só eu. Me desculpa, não estou acostumada a ter uma cama tão grande só pra mim, acabei me empolgando um pouco. - justifico abaixando a cabeça de tanta vergonha.
Bill gargalha e eu levanto levanto o rosto para encara-lo, essa com certeza não é a reação que eu esperava.

- Não entendi qual é a graça. - falo cruzando os braços e fechando a cara.

- Me desculpa, é que foi engraçado ver seu rosto envergonhado. - ele limpava uma lágrima de riso enquanto se recuperava.

- Vê isso aqui também vai ser engraçado. - falo fechando a porta na cara dele.
Uma reação exagerada da minha parte, mas ele me deixou completamente desconfortável, rindo de mim.
Me deito, me sentindo patética e coloco um programa de tv para não me sentir tão sozinha.
Adormeço ouvindo a voz do apresentador...

***
⏰07:00

Alguém bate na porta, me despertando do meu sono profundo.
Que eu me lembre, meu compromisso era as duas da tarde, então quem poderia ser?
Abro a porta ainda sonolenta.

- Bom dia senhorita, serviço de quarto. - um rapaz jovem e bonito está na minha porta com um carrinho cheio de café da manhã.
Tinha bolo, biscoito, frutas, iogurte, croissant, leite, café...
Seria impossível comer aquilo sozinha, e com certeza eu não teria pedido aquilo tudo.

- Eu não solicitei serviço de quarto, tem certeza que é pra mim?

- Bom, me pediram pra entregar para Júlia Brawn, do quarto 1065, é você? - ele pergunta parecendo perdido

- Sim, sou eu. - Respondo.

- Então creio que não houve engano senhorita. - ele fala deixando o carrinho de café em minha porta e se retirando antes que eu pudesse recusar.
Eu pego, e o coloco pra dentro, pensando se minha assessora seria a responsável por isso.
Quando vejo um envelope discreto, escrito meu nome.

" Para me desculpar por ontem.
Ass: Bill Kaulitz. "

Então ele achava que podia me comprar com bilhetes e comida gostosa?
Eu encarava o envelope, atrás tinha mais alguma coisa escrita.

" Me ligue se quiser fugir, vi que você tem um segurança do tamanho de um guarda roupa vigiando a sua porta." ( 3030- 089* )

Eu sorrio enquanto adiciono o número de celular na minha agenda telefônica, completamente rendida, afinal de contas era Bill Kaulitz.

Eu não chego a comer nem metade do que ele me mandou, e decido ir fazer uma tour pelo hotel, tenho certeza que meu armário de estimação me acompanharia, e até agora não entendo o motivo de eu ter um segurança me vigiando 24h por dia.
Até parece que eu iria sair correndo, e aprontando todas por ai.

Visto uma roupa esportiva, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, e saio.
Como eu desconfiava, o grandão veio atrás de mim. É engraçado o jeito que ele me segue sem me pedir satisfação.

Tudo parecia caríssimo naquele hotel, um abajur pagaria minha aposentadoria e a dos meus netos.
Eu me distraio olhando pra cima, e dou de cara com alguém, estou prestes a cair de bunda, mas ele segura minha cintura, me equilibrando.

Best Of Tokio Hotel...Onde histórias criam vida. Descubra agora