Best Of Tokio Hotel...

Desejo

Eu acordo na manhã seguinte, meu corpo parece pesado, consequência de uma noite mal dormida.
Passei a noite pensando nos Kaulitz, no beijo delicado de Bill, nas desculpas meia boca de Tom e no seu flerte repentino, desde que me viu a primeira vez, ele não tinha sido um dos mais simpáticos, me pergunto se tudo aquilo foi parar ver se eu o corresponderia para que ele pudesse usar isso como pretexto para me afastar de Bill, afinal de contas, ele havia me chamado de interesseira, mas logo em seguida muda de idéia, com certeza ele estava me testando.
  Eu me levanto, coloco uma blusa velha que eu havia arrancado durante a madrugada, e vou preparar um café, eu poderia simplesmente ligar para recepção e pedirem para entregar, mas não sentia fome, e o café não viria tão forte como eu queria e precisava. Eu me sento na bancada olhando a paisagem, Los Angeles conseguia ser linda em todas as horas do dia, eu resolvo tirar uma foto, e colocar no stories, desde que me mudei que não tenho dado muita atenção para meu Instagram.

Eu fico ali observando a foto que transmite paz, se me contassem a algum tempo que eu estaria vivendo algo assim, eu não acreditaria.
Alguém bate na porta, me tirando do meu devaneio, eu levanto sem ânimo e vou em direção a porta.
Quem poderia ser as oito da manhã?

- Bill? - eu atendo sem graça.

- Bom dia flor do dia! - ele fala animado. - Você sumiu ontem, eu te procurei a noite inteira, fiquei preocupado e vim ver se você tinha chegado.

- É, eu estava muito cansada, resolvi vir embora mais cedo. - sua preocupação repentina me pega de surpresa. - Você quer entrar? - ofereço abrindo um pouco mais a porta.

- Achei que iria me deixar plantado aqui. - Bill responde rindo e entra. Ele assovia fazendo um 360 por todo meu quarto, que na verdade tava mais pra um apartamento. - Caramba, achei que nós estávamos no melhor quarto, mas você superou.

- A agência é um pouquinho exagerada. - eu falo sem graça.

- Bom, eu vim aqui te convidar pra gente pegar uma praia, você não é de sair muito, e como você não conhece muita coisa por aqui, achei que seria uma boa. - Ele fala se sentando no lugar que eu estava segundos antes.

- Seria ótimo. - falo sorrindo. - Vou me trocar e já volto.
Deixo Bill na sala, e entro no quarto. Pego meu único biquíni decente, um preto básico e o coloco, achei engraçado o fato de eu e o pop rock sentado na minha sala, estarmos agindo como se nada tivesse acontecido ontem, me sinto aliviada por mais que eu tenha gostado, era melhor pra nós dois se fôssemos só amigos. Eu enfio um protetor e uma saída na bolsa e volto para onde Bill me esperava, minha barriga ronca no meio do caminho, ainda bem que ainda estou em casa, eu não queria ter que pedir pra parar no meio do caminho, para eu ter que comer.
Eu evitava ao máximo ser um incômodo.

- Você ficou linda nesse biquíni. - Bill fala quando paro na frente dele.

- Já está tão velho, mas é o único que eu tenho. - Eu falo ficando vermelha, pq diabos eu falei isso? Eu não podia só agradecer? - Se importa se eu fizer algo para comer antes de sair? - pergunto quebrando o silêncio

- Não é mais fácil ligar para o serviço de quarto e pedirem para trazer um café reforçado pra você? - ele fala apontando para o telefone na mesinha de canto. - Se quiser posso pedir pra você.

- Não mesmo, da última vez você pediu comida pra mim e para o resto do hotel inteiro. - Nós dois rimos. E eu vou até a cozinha. Eu não havia aberto a geladeira desde que cheguei,  afinal eu não precisei, estava esperando ela totalmente vazia e Bill rindo da minha cara por isso, mas pra minha surpresa, está cheia. Pego todos os ingredientes para um sanduíche de ovo e me dirijo ao fogão.

Bill senta na bancada de frente pra mim, e me observa, eu escuto um barulho de foto, e quando me viro, ele está com o celular na mão, apontado pra mim.

- Você tirou uma foto minha? - pergunto incrédula.

- É que você está muito bonita, e fica super sexy cozinhando. - ele fala sorrindo, me deixando envergonhada.

- Eu posso ver? - tento disfarçar a queimação que surge no meu rosto
Bill me mostra, eu realmente tinha ficado muito bonita, meu cabelo caia em ondas nas minhas costas e o biquíni tinha um contraste interessante na minha pele amendoada.

- Viu só, linda! - Ele repete mostrando que tinha razão. Seu rosto agora a centímetros do meu, eu podia sentir a eletricidade que irradiava de nós dois.
Sinto cheiro de queimado, e me viro,  meu ovo estava quase em ponto de carvão.

- Mas que merda... - praguejo, desligo o fogo e pego a colher que está dentro da panela.
- PUTA QUE PARIU, - eu grito deixando a colher quente cair no chão e balançando a minha mão ardida no ar. Bill estava do meu lado em um pulo, segurando minha mão.

- Deixa eu dar uma olhada. - ele pede virando a palma da minha mão queimada pra cima, e revelando uma linha avermelhada no centro e nos dedos onde a colher encostou, ele me leva até a pia, e coloca minha mão embaixo da água fria, eu sinto a ardência aliviando.

- Vamos comprar uma pomada para queimadura quando estivermos indo para praia. - ele fala me entregando um saquinho com gelo que pegou a instantes no cancelador. Eu pego e coloco na queimadura.

- Obrigada. - Falo levantando o olhar, ele está próximo demais. Ele continua em silêncio e tira uma mecha de cabelo do meu rosto e coloca atrás da minha orelha, ele se aproxima lentamente, segura meu rosto entre as suas mãos e me olha, como se procurasse a minha aprovação, eu não me afasto, eu queria aquilo tanto quanto ele, e isso parece o suficiente para ele ir em frente, ele me beija.
Esse beijo é diferente daquele do jardim, tem desejo, tem fogo.
Ele desce as suas mãos pelas minhas costas, até chegar em minha bunda, ele a aperta com força me fazendo arfar de desejo, ele me levanta, me colocando sentada na mesa de mármore, eu abro minhas pernas para ele se encaixar, eu enrosco meus dedos em seu cabelo e o puxo ainda mais pra perto, o tecido fino do biquíni e a roupa leve que Bill usava me permitia sentir seu membro duro perfeitamente, e aquilo me deixa louca de vontade de ter um pouco mais daquele garoto.
Ele pausa os beijos em minha boca, para dar atenção ao meu pescoço, eu penduro a cabeça pra trás e suspiro de prazer.

- MAS QUE PORRA É ESSA AQUI? - Tom está parado na porta bufando de ódio.