Confissões

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Eu acordo, sentindo meu corpo dolorido, Bill ainda dormia profundamente.
Eu me sento e começo a olha-lo apreciando, ele ainda estava sem camisa, deixando sua pele branca a mostra, seu rosto está relaxado, como ele conseguia ser lindo até dormindo?

- Não consigo continuar dormindo com você me encarando. - ele fala abrindo apenas um olho.

- Eu não tava olhando pra você. - Minto virando o rosto.

- Você é uma péssima mentirosa. - ele fala me puxando para me deitar em seu peito.
Ficamos ali, olhando Los Angeles acordar.

- Ah, aí está você! - Os G's aparecem do nada nos pegando de surpresa. Eu tento me levantar mas Bill me segura.

- Não temos que esconder nada. - Ele sussurra.

- Que caralho aconteceu aqui? - Georg fala abrindo a boca.

- Porra o Bilzão tá muito melhor que nós. - Gustav solta me deixando com vergonha.

- Calem a boca vocês dois. - Bill fala sem olhar para eles.  - Os "G's" gargalham.

- Acho que vocês estão com inveja, porque Bill transa e vocês não. - Eu falo brincando.

- Agora você tocou na ferida. - Os dois falam em coro colocando a mão no coração como se sentissem dor. - Todos rimos juntos, era bom estar com eles.

- Vocês são nojentos. - Tom chega do nada, com a cara fechada. Eu juro que não entendo o porque ele não gosta de mim, desde quando esbarrei nele no corredor naquele dia, ele me trata com tanta indiferença, com tanta frieza, é como se eu fosse uma impostora ali.

- Você vem Júlia? - Bill me chama me despertando do meu pensamento.

- Oi? Desculpa não estava prestando atenção.

- Perguntei se você vem, os meninos querem ensaiar, cê podia ir com a gente, pegamos um café no caminho. - Bill me responde.

- Claro, vão na frente, só vou... - eu falo apontando pra mim, e todos entendem me deixando sozinha para que pudesse me vestir.

- Pelo visto meu irmão gosta muito de você. - eu me viro para encarar o dono da voz.

- Que bom, porque também gosto muito dele - falo encarando Tom, que estava sentado em um banquinho que eu não havia percebido na noite anterior, Ele franze o nariz, como se estivesse com nojo, mas não parecia ser isso, eu nunca sabia decifrar suas reações.
Ele ri com deboche

- Sabe, Bill sempre foi um romântico sem limites, sempre acreditou em amores pra vida, ele teve algumas namoradas, mas eu nunca vi ele tão empenhado e dedicado a alguém, como está sendo com você. - Ele fala sem me olhar, encarando os prédios a nossa frente. - As vezes, eu queria ser como ele, eu sempre tive todas as mulheres que quis, quando quis, mas nunca uma que me amasse, era sempre com interesse, ou em mim ou no meu dinheiro. Isso me deixou mal acostumado. Eu acabei esquecendo que nem todas as mulheres cairiam de amores por mim, ou me olhariam com desejo. O que eu achava impossível, Porque né.... Olha pra mim, - ele fala apontando pra si mesmo, eu reviro os olhos, problemas com auto estima era algo que passava longe de Tom Kaulitz.

- Eu nunca me importei, nunca me importei até você aparecer, eu gosto de ser desejado, e eu fujo de compromissos, mas até o pior dos homens quer um amor né?  - ele fala ainda sem me encarar, parecendo envergonhado.

- Qual é Kaulitz, o que você tá querendo dizer com isso? - Pergunto, ele só podia tá de palhaçada.

- Quero dizer que você é diferente. - ele continua. - sei que não tenho sido o mais amável, mas é só porque não soube lidar com a sua rejeição. - ele ri

Eu não consigo controlar e tenho uma crise de riso.

- Aí Tom, fala sério. Até ontem tava saindo notícias suas nos sites de fofocas, inclusive você beijando uma garota dentro do carro na porta de uma balada.

- Esse sou eu, eu dou o que elas querem e elas me dão o que eu quero.

- O que, Um boquete e uma noite de sexo? - Pergunto revirando os olhos e sentando para me calçar.

- Exatamente! - Ele concorda.

- Você é hilário Kaulitz. - Falo rindo incrédula da sua facilidade de admitir que era um puta mulherengo.

- E é por isso que você é tão interessante pra mim, sua rejeição me faz querer você, eu tento me afastar, em respeito ao meu irmão, te trato com ignorância, tenho ficado com mais garotas do que o normal, por que você simplesmente não sai da minha cabeça.

- Faça-me o favor, tá falando isso porque sou a única mulher que você ainda não conseguiu comer e que não fica caindo de amores por você. Não quero ser só mais uma pra sua lista Kaulitz, agora se me der licença seu irmão tá esperando a gente.

Eu saio sem esperar o que ele tem a dizer, meu coração parecia uma furadeira no meu peito, e meu rosto estava quente, era bom finalmente saber o motivo do ódio do gêmeo mais velho por mim, mas era péssimo saber que era só pelo fato de não morrer de amores por ele.

- Sinto muito Tom Kaulitz, mas vou continuar fingindo que te odeio. - penso indo em direção a Bill que me recebe com um sorriso.

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