Best Of Tokio Hotel...

Clichê

Tom continua me encarando, como se duvidasse do que acabou de ouvir, minhas mãos ainda estavam em minha boca, era como se eu quisesse engolir as palavras que soltei, as fazendo voltar de onde não deveriam ter saído.

- Você é surpreendente. - Tom fala com calma, e eu não entendo o que ele quis dizer.

- Como assim? - pergunto tentando me atualizar.

- Eu e Bill só não estávamos falando com você e te evitando porque achamos que você não queria nos ver, você parecia tão distante sempre que a gente se esbarrava, só queríamos te dar um espaço. -

- Eu achava que vocês não queria mais olhar pra mim, porque fiz vocês brigarem. - Falo abaixando a cabeça e limpando uma lágrima intrometida.

- Você não fez a gente brigar, foi só um mal entendido que já resolvemos, meu irmão gosta muito de você, ele realmente sentiu muito sua falta, já eu estou aprendendo como é realmente sentir algo por alguém. - Tom se aproxima limpando um resquício de lágrima que ainda escorria pelo meu rosto, os pêlos do meu braço se arrepiam em reação ao seu toque.

- O que vocês resolveram? - Perguntava com medo da resposta.

- Bom, isso eu ainda não posso te contar, teremos que esperar o Bill. - Ele fala dando de ombros. Minha curiosidade cresce, o que esses dois estavam aprontando?
Tom continua me olhando, tentando me decifrar.

- Que é? - pergunto sem graça.

- Nada, só estou começando a perceber o que Bill tanto falava. - Ele responde com indiferença.

- E o que ele falava? - Eu pergunto o encarando por baixo do cílios, comendo um pedaço do croissant que eu tinha esquecido.

- O jeito que você fica vermelha quando algo a envergonha, a olhada que você dar por baixo dos cílios que manipula qualquer um, seu jeito meigo e gentil de conversar. A forma sexy que cada palavra sai da sua boca, mesmo você falando a maior besteira do universo, e o jeito que você é atrapalhada. - Ele termina a lista me dando um sorriso.

- Fala sério, quem diria que o guitarrista mais mulherengo e cobiçado, saberia ser tãoo... - eu deixo o final da frase no ar o deixando curioso.

- Tãoo?? - Ele pergunta querendo o restante do que eu tinha a dizer.

- Perdi a palavra. - Falo desconversando. .

- Vem comigo, quero te mostrar uma coisa. - Tom fala me puxando, me fazendo largar meu croissant.

- Mas eu nem terminei meu café. - falo fazendo pirraça.

- Eu te levo pra comer depois. - meu drama não funcionou.
O garoto me leva até o estacionamento do Hotel, e paramos de frente a um carro cinza reluzente, Tom anda até a porta do motorista, e eu continuo parada sem entender.

- Tá esperando um convite pra entrar? - Ele fala me olhando do outro lado.

- Pra onde está me levando? - Pergunto receosa.

- Você só vai saber, se entrar no carro. - ele me dá um sorriso maroto e some assumindo o volante, eu me rendo e tomo o lugar do passageiro, Tom dirige por toda Los Angeles, dividindo sua atenção entre mim e a estrada.
Ele ficava muito sexy dirigindo.
Ele estaciona o carro depois de alguns minutos, de frente a uma pequena trilha.
Bom, vamos andar um pouquinho a partir daqui.

- Andar? Sério? - pergunto olhando para meus tênis brancos, pensando no estrago.

- Se quiser te dou outro depois. - ele fala dando de ombros. Com certeza eu não iria aceitar, mas eu sabia que ele me faria ir de qualquer forma, eu ando ficando ao seu lado, e ele me dá a mão. Andamos por uns cinco minutos na pequena trilha e chegamos ao letreiro de "HOLLYWOOD".

- Tá brincando, Tom Kaulitz é um clichê!? - Falo sorrindo e zombando do garoto que fica sem graça.

- Sabe, até o cara mais filho da puta é capaz de se apaixonar, afinal temos um coração. - ele se defende.

Seguimos até o meio do letreiro, eu sabia que era proibido estar ali, mas era tão lindo, tão calmo, a brisa da manhã batia em meu rosto fazendo meu cabelo dançar me fazendo cócegas.

- Eu não sei o que você tem, mas faz qualquer outra mulher parecer desinteressante. - Tom fala me lembrando de que não estou sozinha.

Eu não conseguia entender como e nem quando aquele garoto babaca e metido, virou aquele cara gentil e atencioso. Talvez aquilo tudo fosse só uma fachada pra mídia.

- E eu não sei o que você tem, que por mais irritante que você seja, eu não consigo te odiar. - Falo o encarando e ele faz uma careta me fazendo rir.

O garoto se aproxima devagar e como sempre o sangue em meu corpo reage se acumulando totalmente em minha bochecha.
Suas mãos tocam minha bochecha, meu pescoço, meus ombros e braços, deixando um rastro quente onde seus dedos tocavam, seus olhos castanhos me fitavam, me hipnotizando, então ele me puxa me colando contra seu corpo e me beijando, seu piercing gelado se choca contra meus dentes, sua língua disputa espaço com a minha, suas mãos entram em minha blusa encontrando a minha pele, ele aperta minha cintura me puxando ainda mais contra si, eu consigo sentir ele endurecendo com nosso contato, o beijo de Tom, era completamente diferente do Bill, era bruto, quente, animado e excitante, minha pele suava com seu contato e nossa respiração ficava cada vez mais ofegante, cedo demais ele se afasta me deixando querendo mais.

- Posso me acostumar com isso. - ele fala ainda me mantendo perto e beijando minha testa, eu encosto minha cabeça em seu peito.

- Pode se acostumar com uma única boca e um único beijo? - pergunto o relembrando da sua fama.

- Bom, vou decepcionar várias fãs, mas é um ponto a se pensar. - ele debocha

- Convencido. - falo mostrando língua

Ficamos ali, perdidos em um mundo que acabamos de criar, Tom não era nem de longe o escroto pegador que a mídia mostrava, na verdade ele era intenso e clichê.
Mas uma coisa era certa, ele sempre conseguia o que queria.
O sol começa a se por no horizonte, e eu tiro uma foto.

- Você sempre tem que registrar tudo né? - Ele pergunta observando.

- Eu preciso ter certeza de que tudo isso é real quando eu acordar amanhã. - Falo sorrindo.
Tom me puxa pra mais um beijo, e eu me perco completamente naqueles lábios vorazes de tanto desejo, vivendo meu próprio clichê adolescente com o guitarrista da minha banda favorita...

Los Angeles era simplesmente sensacional.

***

< Notas da autora>

Amores, me perdoem, minha mamãe tá doente e passou o dia no hospital, se tiver ruim ou com algum erro me desculpem, mas estava totalmente sem cabeça pra escrever, só vim para não matar vcs de ansiedade, amo vcs. Até amanhã ❤️